Propriedade privada palavra tão odiada pelos coletivistas, planejadores e engenheiros sociais pela simples razão de que se alguém tem, o outro inadvertidamente não irá ter. Já começa daí a dialética da inveja mumificada do marxismo.Qual o motivo dessa palavra ser tão odiada pelos Neoludistas do século XX amantes de teorias conspiratórias e passadistas do Século XIX. A propriedade privada é fonte da desigualdade e da miséria dos tempos atuais?
O modo de produção Asiático das primeiras civilizações do Egito e da Mesopotâmia tinha como fonte da riqueza o individuo, mas quem acondicionava esta riqueza eram déspotas divinizados como o Faraó que determinava aos súditos o que deveriam plantar, colher e comer. Resultado a maioria ficava na penúria, sem escolha, dependendo de favores dos entes divinizados para poder sobreviver. Advinha daí o clientelismo onde o pequeno servo era agraciado com migalhas em troca da obediência e aceitação da autoridade despótica. Pratica esta que se repete na modernidade.
No modo de produção Feudal já tivemos uma diminuição da concentração do poder, pois a propriedade privada fora diluída pela nobreza. Fica caracterizado então que a fonte de poder era a propriedade. Logo ficou provado que quanto maior concentração de propriedade maior o poder. O imaginário medieval com seu fundamentalismo religioso foi o ensejo para as perseguições às liberdades individuais e não o sistema de propriedade privada. Já no absolutismo da era moderna tivemos a submissão da nobreza, a concentração de propriedade e logo retorno do poder total dos reis.
Essa pequena digressão histórica deixa claro que a propriedade é fonte de liberdade e não de opressão. As sociedades modernas com maior índice de IDH são justamente as que oportunizam maior acesso à propriedade privada com leis de mercado baseados nas leis de oferta e procura, portanto, refuta-se a idéia simplista que a propriedade privada dos meios de produção são fonte de miséria. Assim sendo é justamente a concentração dela nas mãos de tiranos e do estado que são os geradores da mesma. Quando maior oportunidade de acesso à propriedade, naturalmente, maior liberdade e oportunidade de crescimento pessoal.
A desigualdade econômica é um mal per si ou o mal se encontra na servidão e categorização do individuo em uma massa amorfa, sem vida. Realmente a propriedade gera desigualdades. É justamente isto que evita a tirania que padroniza comportamentos sociais por os tornar então previsíveis. O fato de que nem todos têm acesso a ela é mais um causador das liberdades individuais, pois o ser humano ao possui múltiplas necessidades produz por conseqüência diversidade, heterogeneidade cultural e maior disputa que são conseqüências positivas da própria fragmentação da propriedade privada.
No respeitado livro; “O mundo pós Americano”. O autor deixa claro que as nações que atingiram o maior grau de desenvolvimento, melhorando a qualidade de vida de seus povos, foram justamente às nações que não concentraram a propriedade privada nas mãos do estado e que firmaram seus princípios econômicos na concorrência e livre mercado.
Para invejosos marxistas, amantes de regimes opressivos fica o ódio à propriedade privada e sua conseqüente liberdade. Aliás, o que esta doutrina pretende trazer em sua práxis é uma reedição do modo de produção Asiático, mas isto é outra história.
Escrito por Prof Daniel Rocha às 22h45
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