quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A REVOLUÇÃO COMO UMA CRISE



A REVOLUÇÃO COMO UMA CRISE



A REVOLUÇÃO COMO UMA CRISE


O atributo do pecado é individual. Coletivos quaisquer cometem crimes que, no entanto, são praticados por pessoas impulsionadas pela fé na política e na obediência a líderes messiânicos e carismáticos. Os crimes, assim como o pecado, são cometidos por indivíduos. Os genocídios contra a humanidade, são cometidos por pessoas valendo-se do poder que lhes confere um determinado aparato burocrático. Pessoas se utilizam desse poder dado pelo estado para manipular outros indivíduos, de forma a agirem sob seu comando obedecendo um escopo de poder e sob a égide de determinada ideologia que a tudo justifica.

Genocídios perpetrados por indivíduos sob o comando de governo marxista são vários na história, como por exemplo os Hutus que assassinaram semelhantes pertencente à etnia Tutsis em Ruanda. Crimes coletivos são perpetrados em nome da obediência cega a um líder ou feiticeiro, em síntese. As pessoas se tornaram desumanizadas por sofrerem como insumos o processo revolucionário gradual das tendências-ideias e fatos. Indivíduos se transformaram em “ferramentas automáticas” e autômatos de uma engrenagem burocrática governamental assassina. Assassinatos perpetrados coletivamente são praticados por indivíduos que abriram mão de sua individuação em nome de um coletivo qualquer.

Cito genocídios e assassinatos já ocorridos no século XX para deixar bem claro aonde a crise que descrevo nos poderá conduzir. Lembrando a citação de Edmund Burke: “Para a vitória do mal apenas basta que os bons nada façam”.  Mas que crise será esta?

Toda ação coletiva é uma ação humana praticada por pessoas. O ser humano é um ser social que interage e se relaciona no mais profundo mutualismo. Onde influências de personalidades, vivências e troca de valores são realizadas em uma quantidade praticamente infinita de informações. Daí pode se concluir que apesar do pecado ser um atributo individual ele inspira outros a o cometer como em uma cadeia de fatos, citando o exemplo do ilustre pensador católico Dr. Plinio Correa de Oliveira, que descreve a crise revolucionaria como um incêndio em uma floresta que apesar de ter um foco determinado espalha-se de tal forma que se torna praticamente impossível determinar onde surgiu a faísca responsável.

As causas do comportamento humano se pautam em ações individuais praticadas por pessoas. Estas nascem como bárbaros necessitando serem alimentados e educadas dentro de uma tradição ética e moral que no mundo ocidental se pauta sobretudo nos valores morais defendidos pela tradição moral do judeu-cristianismo. Tradição esta que comprovadamente justifica a lei natural onde o ‘amor ao próximo’ e o ‘não matarás’ são regras comuns da humanidade civilizada.

A teoria de Rousseau, do bom selvagem, cai por terra, bem como a de todos os “intelectuais ungidos”, lembrando assim a terminologia do intelectual americano Thomas Sowell ao qualificar pensadores de esquerda. O ser humano não nasce bom e nem a sociedade o corrompe. O ser humano nasce para ser polido e educado dentro da ética e da moral. O ser humano sem educação não irá possuir elementos para se defender e sobreviver recorrendo inevitavelmente à animalidade de seus instintos primários que sem recursos interpessoais só lhe resta a violência. Portanto, o recurso do pecado.

Para se entender a crise que aqui chamo de revolução vejo a necessidade de citar o pensador católico Prof. Plínio Correa de Oliveira em sua obra profética e magistral “Revolução e Contrarrevolução: “O orgulho leva ao ódio a toda superioridade, e, pois, à afirmação de que a desigualdade é em si mesma, em todos os planos, inclusive e principalmente nos planos metafísico e religioso, um mal. É o aspecto igualitário da Revolução. ”

“A sensualidade, de si, tende a derrubar todas as barreiras. Ela não aceita freios e leva à revolta contra toda autoridade e toda lei, seja divina ou humana, eclesiástica ou civil. É o aspecto liberal da Revolução. ”

A crise que dissertamos é igualitária e liberal e nasce do orgulho. O ódio resultante da hierarquia, da monarquia, da autoridade é impulsionado pelo orgulho que deriva outros sentimentos em cadeia como o ressentimento. Este último tão bem usado por líderes populistas que jogam nações contra nações, raças contra raças e classes contra classes com o fim apenas de concentrar poder orgulhosamente para si mesmo e de forma eterna.

A natureza humana não é perfeita nem em moral e nem em ética, portanto suas sociedades são indubitavelmente imperfeitas. A Moral e a Ética socialmente edificadas estão em conflito com os instintos vis e primários do homem. Toda vez que o indivíduo peca ele agride a lei natural e a tradição ocidental. O pecado é a abolição do próprio homem. O homem se animaliza no pecado, portanto, fé na política e em uma sociedade idílica perfeita se traduz em sua prática administrativa em hecatombes vistas no século passado.

Utopias diversas visam manipular sentimentos do orgulho, da sensualidade e do ressentimento. Esse foco de incêndio revolucionário está nas tendências demasiadamente humanas do pecado.

A crise da revolução nasce nas tendências humanas contra a retidão da ética e da moral. Citando Prof Plínio Corre de Oliveira: “Como vimos, essa Revolução é um processo feito de etapas, e tem sua origem última em determinadas tendências desordenadas que lhe servem de alma e de força propulsora mais íntima”

“Assim, podemos também distinguir na Revolução três profundidades, que cronologicamente até certo ponto se interpenetram. ”

“A primeira, isto é, a mais profunda, consiste em uma crise nas tendências. Essas tendências desordenadas, que por sua própria natureza lutam por realizar-se, já não se conformando com toda uma ordem de coisas que lhes é contrária, começam por modificar as mentalidades, os modos de ser, as expressões artísticas e os costumes, sem desde logo tocar de modo direto - habitualmente, pelo menos - nas ideias. ”

Quando o psiquiatra e escritor Theodore Dalrymple em suas inúmeras visitas a presídios destaca que o criminoso no que se refere a seus crimes em sua grande maioria apenas lamenta sua situação se vitimando sem demonstrar arrependimento algum. Apenas ressentimento e contorcionismo cerebral para justificar o crime que cometera. Demonstra o quão profunda é a análise do intelectual católico ao descrever que é nas tendências que se situa a fonte de todo mal, ou seja, no próprio pecado que é cometido individualmente. É na justificação desta brutalidade do orgulho e do ressentimento que em sua acepção mais profunda nasce o arcabouço ideológico das utopias ou das religiões seculares que pregam a idolatria ao estado justificando assim todo o mal.

Voltando ao Dr. Plínio Correa De Oliveira:

A REVOLUÇÃO NAS IDÉIAS

“Assim, inspiradas pelo desregramento das tendências profundas, doutrinas novas eclodem. Elas procuram por vezes, de início, um modus vivendi com as antigas, e se exprimem de maneira a manter com estas um simulacro de harmonia que habitualmente não tarda em se romper em luta declarada. ”

Aqui temos o desdobramento das tendências como o orgulho que seriam as ideias revolucionárias. Impressionante que a dissonância cognitiva do igualitarismo, das utopias e das ideologias visam, todas, desconstruir a ética moral do judeu-cristianismo chegando a radicalizar-se a tal ponto, por exemplo, de justificar atos inúmeros contra a vida como defender o terrorismo inspirado pela heresia fundamentalista do islamismo somente por esta almejar em vão desconstruir o pilar ético e moral do Judeu-Cristianismo, ou seja, do mundo ocidental.

As ideias revolucionárias surgem, pois, para dar justificativas às tendências desordenadas da natureza humana. O interesse em sobrevalorizar a originalidade dar triunfo à superficialidade das ideias e aos instintos primários.

O homem bestializado não possui a independência necessária para realizar escolhas da ação humana enquanto indivíduo livre dotado de maturidade adulta logo necessita ser tutelado como uma criança mimada. Entrega ao estado, não apenas sua alma, mas a sua liberdade.

Daí nasce a cultura da mediocridade que tem em sua raiz o orgulho e a sensualidade de si mesmo. Os meios de comunicação e profissionais diversos por preguiça mesmo incentivam a difusão de uma revolução da soberba que ao sobrevalorizar a originalidade rompem com a tradição expondo o prazer do avilte ao decoro e as virtudes do bom senso e da cordialidade do trato humano.

Toda a revolução no campo das ideias necessita impor seu desprezo pela tradição e pela moral. Ao desconstruir com falácias o que foi construído por séculos pela tradição judaico-cristã, as utopias revolucionárias buscam impor fé na política construindo sua visão de mundo uma cosmovisão verdadeiramente totalitária.

O estado de bem-estar social promete o maná para esses indivíduos perturbados e vis que almejam serem tutelados. Estes lobotomizados na mediocridade coletiva almejam receber benefícios sociais e privilégios pelo simples fato de sentirem ressentidos e vitimados como se o mérito de alguns outros fosse uma agressão a suas pusilânimes existências.

Ao assumir as rédeas do poder, os agentes da revolução buscam a tudo planejar em um verdadeiro caminho da servidão citando Frederick Von Hayek que afirma em seu famoso livro de mesmo nome que ao buscar planejar a vida econômica da sociedade o estado na verdade começa progressivamente o processo de solapar gradualmente as liberdades e garantias individuais.

Em nome de minorias manipuladas pelo ressentimento os agentes revolucionários concentram poder em mãos do seu líder messiânico e do seu deus pagão [O estado de bem-estar social]. Este, por sua vez, irá por sua vez concentrar privilégios nas mãos de seus agentes revolucionários distribuindo com seu assistencialismo o maná do “homem-gado”. Isso através do confisco e dos impostos sobre os indivíduos que restam ainda livres e independentes que geram a riqueza através de suas ações individuais. O estado agigantado e hipertrofiado, em nome de uma função social qualquer, rouba dos indivíduos dotados de mérito a dignidade da pessoa humana a despersonalizando.

Para entendimento da crise revolucionária deixo a excelente discrição do Filósofo Prof Brasileiro Olavo de Carvalho: “Essa crise, evidentemente, não afeta somente a alta cultura, mas afeta profundamente a vida pessoal. Não é só uma crise de inteligência superior, não. É uma crise de entendimento da vida no dia a dia. A pessoa não entende o que está acontecendo; não entende a sua própria vida, e, portanto, não chega ao mínimo de maturidade para tomar decisões, entender o que se passa. O resultado é o estado permanente de exasperação emocional. Onde todo mundo se sente ofendido o tempo todo. E todo mundo fica buscando compensações. E a vida, com isso, vai piorando cada vez mais. O pior, essa imaturidade, essa exasperação emocional hoje é explorada politicamente. São correntes políticas que estão interessadas em fazer as pessoas se sentirem cada vez mais oprimidas, cada vez mais injustiçadas para dizer: ‘eu vou proteger vocês; eu vou defendê-los dos malvados, etc.’ E com isso estão criando um inferno. Estão transformando o ódio de todos contra todos. E para perceber isso, e perceber qual é a raiz do mal, a gente precisa ter alguma maturidade, alguma experiência de vida. ”

Do campo das ideias surge os fatos. Da fé na política e da imaginação totalitária surge o banho de sangue da revolução. O caminho deste grande incêndio que é a revolução nasce nas tendências humanas que são justificadas pelas ideias e em seu terceiro estado os fatos à ação - A revolução propriamente dita.

A sobrevalorização da originalidade sem elos com a tradição e sem identidade alguma com os costumes conduz ao avilte a moral ocidental. A agressão revolucionária das rupturas se locupleta de neologismos para escamotear sua verdadeira finalidade que é a tomada de poder.

A mente esquerdista orgulhosa e ressentida busca a acomodação infantil da tutela do aparelho burocrático assistencialista. Tudo o que deseja os agentes da revolução gado em vez pessoas, crianças mimadas em vez de adultos.

O banho de sangue das incontáveis vidas humanas das revoluções como a Francesa e a Russa não se justificam em nenhuma hipótese. Traçando um paralelo com a Revolução Inglesa que buscou soluções dentro da tradição e da identidade nacional alcançando seus objetivos na constitucionalidade da Monarquia propiciando, pois, à nação inglesa o advento da revolução industrial. Muito diferente da ruptura, da falta de empatia e do triunfo da superficialidade das revoluções.




REVOLUÇAO NOS FATOS – A REVOLUÇAO RUSSA





As ideologias utópicas que idealizam sociedades perfeitas para um homem imperfeito foram premissas de contestações que buscaram rupturas com identidades culturais além do rompimento total e brusco da tradição, dos hábitos e da continuidade do desenvolvimento que estas culturas iriam construindo durante séculos.

Na Revolução Russa vimos primeiro uma tradição monárquica de três séculos se acabar de forma brusca inicialmente por erros da autocracia ultrapassada de uma família real: a família Romanov que não soube gerir sua derrota na guerra contra o Japão, depois sua entrada equivocada na Primeira Guerra Mundial aliada ao seu sistema econômico interno baseado em latifúndios e com sua industrialização ainda incipiente. Além desses fatores políticos e econômicos a má gerência em administrar conflitos por parte do Czar Nicolau II, que sequer teve visão política ao não deter a violência de seus cossacos no conhecido domingo sangrento.

Em fevereiro de 1917 tivemos a primeira ruptura com a deposição do Czar Nicolau II e a implantação de uma república parlamentarista encabeçada pelo socialista moderado Alexander Kerensky que amenizou o problema da fome devido ao fim do inverno, no entanto manteve a Rússia na guerra. Esse governo tíbio foi o combustível que faltava para que o ódio ideológico contra as classes médias, “burguesas”, se desencadeasse por populares organizados então sobre os “sovietes” conselhos manipulados pelo partido bolchevique, este inspirado pelo ideário marxista – leninista do seu líder Lenin.

Em 17 outubro de 1917, contrariando os autores da religião política do utopismo socialista, como afirma Richard Pipes em seu livro “História concisa da Revolução Russa” dá-se o golpe político naquele país. Os bolcheviques chegam ao poder obrigando o líder menchevique fugir para a Inglaterra.

De imediato o líder Lenin porta voz do discurso ideológico do marxismo organiza sua polícia política assassina, a Cheka, e fuzila imediatamente intelectuais, poetas, membros da classe média, produtores rurais. O seu governo toma para si todas as empresas e, no campo, as fazendas. Obriga civis a trabalharem forçado nas fazendas coletivas do estado. E para iniciar seu período de governo que levou à morte milhares pela fome assassina e por fuzilamento toda a família real, sendo quatro princesas adolescentes (Olga, Tatiana, Maria, Anastácia), a Czarina Alexandra, o Czar Nicolau II e o, então hemofílico, príncipe herdeiro Alexis com 13 anos de idade.

A revolução não considera a individualidade da vida humana e em nome de uma ideologia utópica que busca o paraíso na terra tenta remodelar com violência a realidade ao implantar sua engenharia social utilizando de pessoas como verdadeiras “massas de modelar”.

Ao morrer, Lenin deixa preparado todo o aparelho repressivo da burocracia estatal. Bastando que o paranoico Stalin, então secretário geral do partido Bolchevique, assumisse o poder após sua morte para então implantar o pior genocídio da história causado pelo terrorismo estatal e pela fome sendo responsável por 40 milhões de mortes. Infelizmente as ideologias que prometiam o paraíso terrestre nos trouxe apenas o inferno.

Havendo, como na Inglaterra, a promulgação de uma constituição que proclamasse a igualdade jurídica, a democracia e a monarquia parlamentar, não teríamos a ruptura e a violência características das ideologias que desumanizam individualidades por categoriza-las em raças ou classes e sim a continuidade do desenvolvimento nacional com respeito e tolerância a religiões e opiniões além de manter a sua cultura e tradição então seculares.

A democracia e a liberdade de mercado não são perfeitas, porém não prometem um paraíso terrestre e sequer perseguem aqueles que não se enquadram no perfil das ideologias que os manipulam. O respeito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa, à tolerância, à diversidade, à propriedade privada, ao livre mercado e, em suma, à defesa das garantias e liberdade individuais, poderiam evitar o genocídio do século passado que, segundo O Livro Negro do Comunismo, ceifou 100 milhões de vidas.

CARACTERISTICAS DA CRISE




De acordo com o intelectual católico Plinio Correa de Oliveira em sua magistral obra, “Revolução e Contra Revolução”, a revolução teria como características:

 “É TOTAL
Considerada em um dado país, essa crise se desenvolve numa zona de problemas tão profunda, que ela se prolonga ou se desdobra, pela própria ordem das coisas, em todas as potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios, enfim, da ação do homem.

 É DOMINANTE
Encarados superficialmente, os acontecimentos dos nossos dias parecem um emaranhado caótico e inextricável, e de fato o são sob muitos pontos de vista.
Entretanto, podem-se discernir resultantes, profundamente coerentes e vigorosas, da conjunção de tantas forças desvairadas, desde que estas sejam consideradas do ângulo da grande crise de que tratamos.

Com efeito, ao impulso dessas forças em delírio, as nações ocidentais vão sendo gradualmente impelidas para um estado de coisas que se vai delineando igual em todas elas, e diametralmente oposto à civilização cristã. ”

É PROCESSIVA - Essa crise não é um fato espetacular e isolado. Ela constitui, pelo contrário, um processo crítico já cinco vezes secular, um longo sistema de causas e efeitos que, tendo nascido, em momento dado, com grande intensidade, nas zonas mais profundas da alma e da cultura do homem ocidental, vem produzindo, desde o século XV até nossos dias, sucessivas convulsões. ”

O Prof Plinio Correa De Oliveira destaca também o caráter Uno e Total do processo revolucionário. Uno pois nasce no pecado que é um atributo individual, mas que se alastra a todo ser, gerando as ideologias e filosofias desconstrucionistas que pelejam em implantar a revolução cultural na tentativa de justificar todo o desregramento das paixões que sonham em destruir o pilar ético e moral da civilização ocidental. Abolindo o homem de si para sensualizar e hipervalorizar a brutalidade de si.

Essa crise dominada pelo utopismo, por ideologias coletivistas e filosofias desconstrucionistas, visam destruir os pilares do homem ocidental que são a moral e a ética judaico-cristã, a filosofia grega e a herança clássica da civilização e do direito romano. O afã de destruir a civilização ocidental permitiu a seus agentes revolucionários a tudo justificar e a criar doutrinas que tornem justificáveis, por exemplo, o atentado a vida. Pois para os agentes das ideologias exóticas a única coisa que lhes valem é a causa revolucionária.

A revolução segue duas velocidades, a saber, a cruenta e a incruenta. A rápida caracterizada por rupturas na ordem anteriormente constituída e a gradual. Exemplo de revolução cruenta temos a tomada de poder na revolução de outubro de 1917, na Rússia, que em suas práxis fora um golpe. Porém em respeito à terminologia aqui usada foi uma revolução. Antes da revolução bolchevique tivemos a revolução incruenta dos mencheviques que destituíram o Czar e mantiveram as instituições do czarismo, porém preparou o terreno pela sua inação e tibieza a revolução cruenta dos bolcheviques.

Através das ferramentas da guerra político-ideológica, do marketing político e da baldeação ideológica inadvertida. A revolução gradualmente vai ganhando o espaço vital para seus desmandos. Tudo para o poder e pelo poder.

Ao notar que a noção do bem se relativiza e a fascinação do mal e de sua torpeza se engrandecem na turba. A revolução se torna mais rápida e cruenta. Ela sempre age de forma a dar “dois passos para frente uma para trás. ”

[“A REVOLUÇÃO, O ORGULHO E A SENSUALIDADE - OS VALORES METAFÍSICOS DA REVOLUÇÃO”

Segue em sua magistral obra, (Revolução e contra Revolução) Dr Plinio Correa De Oliveira;
 “... Duas noções concebidas como valores metafísicos exprimem bem o espírito da Revolução: a igualdade absoluta, liberdade completa. E duas são as paixões que mais a servem: o orgulho e a sensualidade...”

“Orgulho e Igualitarismo”
“... A pessoa orgulhosa, sujeita à autoridade de outra, odeia primeiramente o jugo que em concreto pesa sobre ela...”


“.... Num segundo grau, o orgulhoso odeia genericamente todas as autoridades e todos os jugos, e mais ainda o próprio princípio de autoridade, considerado em abstrato...”
“...E porque odeia toda autoridade, odeia também toda superioridade, de qualquer ordem que seja...”


“.... Este ódio a qualquer desigualdade tem ido tão longe que, movidas por ele, pessoas colocadas em alta situação a têm posto em grave risco e até perdido, só para não aceitar a superioridade de quem está mais alto...”

“.... Mais ainda. Num auge de virulência o orgulho poderia levar alguém a lutar pela anarquia, e a recusar o poder supremo que lhe fosse oferecido. Isto porque a simples existência desse poder traz implícita a afirmação do princípio de autoridade, a que todo o homem enquanto tal - e o orgulhoso também - poder ser sujeito...”

“...O orgulho pode conduzir, assim, ao igualitarismo mais radical e completo...”

 “...Igualdade econômica: nada pertence a ninguém, tudo pertence à coletividade. Supressão da propriedade privada, do direito de cada qual ao fruto integral de seu próprio trabalho e à escolha de sua profissão...”


“...Igualdade nos aspectos exteriores da existência: a variedade redunda facilmente em desigualdade de nível. Por isso, diminuição quanto possível da variedade nos trajes, nas residências, nos móveis, nos hábitos etc.”

“...Igualdade de almas: a propaganda como que padroniza todos as almas, tirando-lhes as peculiaridades, e quase a vida própria. Até as diferenças de psicologia e atitude entre sexos tendem a minguar o mais possível. Por tudo isto, desaparece o povo que é essencialmente uma grande família de almas diversas, mas harmônicas, reunidas em torno do que lhes é comum. E surge a massa, com sua grande alma vazia, coletiva, escrava...”

“...Igualdade na ordem internacional: o Estado é constituído por um povo independente exercendo domínio pleno sobre um território. A soberania é, assim, no Direito Público, a imagem da propriedade. Admitida a ideia de povo, com características que o diferenciam dos outros, e a de soberania, estamos forçosamente em presença de desigualdades: de capacidade, de virtude, de número etc. Admitida a ideia de território, temos a desigualdade quantitativa e qualitativa dos vários espaços territoriais. Compreende-se, pois, que a Revolução, fundamentalmente igualitária, sonhe em fundir todas as raças, todos os povos e todos os Estados em uma só raça, um só povo e um só Estado...”

  “...as desigualdades provenientes de acidentes como a virtude, o talento, a beleza, a força, a família, a tradição, etc., são justas e conformes à ordem do universo...”
 
“...Ora, essa liberdade para o mal é precisamente a liberdade para o homem enquanto “revolucionário” em seu interior, isto é, enquanto consente na tirania das paixões sobre sua inteligência e sua vontade...”

“...liberdade engendrará a desigualdade, a Revolução, por ódio a esta, deliberou sacrificar aquela. Daí nasceu sua fase socialista. Esta fase não constitui senão uma etapa. A Revolução espera, em seu termo final, realizar um estado de coisas em que a completa liberdade coexista com a plena igualdade...”

“...assim, historicamente, o movimento socialista é um mero requinte do movimento liberal. O que leva um liberal autêntico a aceitar o socialismo é precisamente que, neste se proíbem tiranicamente mil coisas boas, ou pelo menos inocentes, mas se favorece a satisfação metódica, e por vezes com aspectos de austeridade, das piores e mais violentas paixões, como a inveja, a preguiça, a luxúria. E de outro lado, o liberal entrevê que a ampliação da autoridade no regime socialista não passa, dentro da lógica do sistema, de meio para chegar à tão almejada anarquia final...”

“...os entrechoques de certos liberais ingênuos ou retardados, com os socialistas, são, pois, meros episódios superficiais no processo revolucionário, inócuos que pro quo que não perturbam a lógica profunda da Revolução, nem sua marcha inexorável num sentido que, bem vistas as coisas, é ao mesmo tempo socialista e liberal...”

“Com efeito, a utopia anárquica do marxismo consiste em um estado de coisas em que a personalidade humana teria alcançado um alto grau de progresso, de tal maneira que lhe seria possível desenvolver-se livremente numa sociedade sem Estado nem governo. ”

“Afirmamos, isto sim, que, historicamente, esta Revolução teve sua primeira origem em uma violentíssima fermentação de paixões. E estamos longe de negar o grande papel dos erros doutrinários nesse processo. ”

“Quando esse ódio começou a dirigir as tendências mais profundas da História do Ocidente, teve início a Revolução cujo processo hoje se desenrola e em cujos erros doutrinários ele imprimiu vigorosamente sua marca. Ele é a causa mais ativa da grande apostasia hodierna. Por sua natureza, é ele algo que não pode ser reduzido simplesmente a um sistema doutrinário: é a paixão desregrada, em altíssimo grau de exacerbação”

“Afirmamos tão somente que o processo revolucionário, considerado em seu conjunto, e também em seus principais episódios, teve por germe mais ativo e profundo o desregramento das paixões. ”

“Pelo contrário, à medida que o homem decai na virtude e se entrega ao jugo dessas paixões, vai minguando nele a objetividade em tudo quanto com as mesmas se relacione. De modo particular, essa objetividade fica perturbada quanto aos julgamentos que o homem formule sobre si mesmo”

“Por isto, em concreto, é necessário reconhecer que a democratização geral dos costumes e dos estilos de vida, levado aos extremos de uma vulgaridade sistemática e crescente, e a ação proletarizante de certa arte moderna, contribuíram para o triunfo do igualitarismo tanto ou mais do que a implantação de certas leis, ou de certas instituições essencialmente políticas. ”

Esta profunda guerra cultural revolucionária originada pelos agentes da revolução como a desenvolvida pelo filósofo italiano marxista Antônio Gramsci busca sempre impor a hegemonia do “novo” pensamento ao desconstruir o que fora erigido pela tradição. E para isso relativiza ao criar neologismos que condenam conceitos outrora aceitos pelo senso comum do povo como o senso da caridade e da virtude.


AGENTES DA REVOLUÇÃO



Os agentes da revolução integram a seita política esquerdista, pois têm crença na política como se esta tivesse a capacidade de resolver todos os problemas e implantar o paraíso terrestre junto à adoração ao estado. Fé na política e idolatria estatal é o binômio dogmático desta seita.


Os agentes revolucionários de forma bem clara se dividem em categorias: os primeiros, no ápice da pirâmide seriam os narcisos que cheios de si ambicionam o poder a todo custo, são os líderes totalitários carismáticos e populistas. Seguidos então pelos bajuladores intelectuais que se acreditam em ungidos de uma revelação qualquer embebecidos da vaidade se veem como donos de uma visão irrestrita disseminam suas doutrinas ideológicas visando justificar pela propaganda a maldade de seus líderes. Na base da pirâmide temos a turba de repetidores que cheios de ressentimentos e orgulho se submergem na mediocridade pusilânime de suas vidas fazendo ecoar sua adoração ao estado na esperança de em troca de suas liberdades receberem as migalhas do seu deus estatal. Entidade está que devora seus próprios filhos nas tiranias totalitárias assim como Belial recebia seus crentes em sacrifício na outrora Sodoma e Gomorra.


Destaco aqui o papel de “intelectuais” como agentes da revolução como citado em várias obras de verdadeiros intelectuais como Thomas Sowell em (INTELECTUAIS E A SOCIEDADE e CONFLITO DE VISÕES). Assim como o historiador inglês Paul Johnson, (OS INTELECTUAIS), temos o de Tony Judt (PASSADO IMPERFEITO, UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A INTELECTUALIDADE FRANCESA NO PÓS-GUERRA) e para finalizar a excelente obra de Jean Servillia, (O TERRORISMO INTELECTUAL: DE 1945 AOS NOSSOS DIAS). Todas estas obras citadas acima deixam mais que evidente o papel de “intelectuais” como agentes revolucionários que justificavam regimes criminosos.

Tony Judt descreve, por exemplo, o “intelectual “ Sartre no livro citado acima. Sartre escreveu: "Nós podemos ficar indignados ou horrorizados diante da existência desses campos [de concentração soviéticos]; nós podemos até ficar obcecados por eles, mas por que eles deveriam nos constranger?" Mais tarde, em 1973, o maoísta Sartre ainda é mais "coerente": "Um regime revolucionário deve descartar um certo número de indivíduos que o ameaçam, e não vejo outro meio para isso, a não ser a morte. Sair de uma prisão sempre é possível. Os revolucionários de 1793 provavelmente não mataram o suficiente". Antes, em 1950, Sartre distorcia a história: "Eu procurei, mas não consigo encontrar qualquer evidência de um impulso agressivo por parte dos russos nas últimas três décadas". Na mesma obra Tony Judt ainda absolve outro intelectual que servira a causa socialista o Albert Camus, em 1949, segundo a autora ele escreveu: "Uma das coisas que lamento é ter feito concessões demais à objetividade. A objetividade é, às vezes, uma acomodação. Hoje, as coisas estão claras, e temos que chamar de ‘concentracional’ o que o é, mesmo que se trate do socialismo. Em um certo sentido, eu nunca mais serei polido". Camus se arrependia, publicamente, de ter sido cordeiro dos comunistas.

Foram poucos intelectuais que fizeram autocrítica como o Albert Camus em sua grande maioria eram adeptos da estatolatria termo este alcunhado por Pio XI na encíclica “Mit. Brennender Sorge” de 1937.

“Intelectuais” se submetiam às benesses de regimes criminosos em troca de luxo e conforto quando em visita a estes “presídios-nação” divulgação de suas obras nestas e por estas tiranias e por fim recebiam dinheiro pago pelos tiranetes como divulgação e propaganda dos seus ponerológicos regimes. Citando a obra de Andrew N. Loobaczewski (PONEROLOGIA - PSICOPATAS NO PODER).

Lamento que “intelectuais” não sejam responsabilizados criminalmente por serem cúmplices de regimes criminosos e manipuladores. O Intelectual americano Thomas Sowell deixa claro que estes “intelectuais que são ‘ungidos’ por uma revelação qualquer, portanto adeptos de uma visão irrestrita possuem a forte crença que o estado tudo pode resolver e que através da engenharia social, o igualitarismo e a planificação econômica se chega a justiça social dos paraísos utópicos. No entanto a história já demonstrou o caos que foram essas filosofias com os genocídios do século XX. Foram verdadeiras distopias. ”

Não podemos deixar citar o agente revolucionário; “Antônio Gramsci” tão em voga hoje no continente americano graças ao Foro de São Paulo. Organização esta que visa, reunindo as organizações de esquerda implantar a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), de caráter “bolivariana e socialista” que não seria da mais que uma espécie de ‘União Soviética’, pós 1989, na América do Sul.


Cadernos do Cárcere


 Antônio Gramsci foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921. Cadernos do Cárcere é sua obra-prima, escrita durante sua prisão na Itália, de 1926 a 1935. “Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coreia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte. (...)”.

Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária. (...) A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de ‘ditadura do proletariado’ por ‘hegemonia do proletariado’ e ‘ocupação de espaços’, cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser, primeiramente, político e intelectual.

Outro conjunto de “intelectuais” revolucionários ficaram conhecidos como a Escola de Frankfurt adeptos da revolução incruenta. A “Escola de Frankfurt” - Famosa escola (de pau) de pesquisa sociológica alemã, da década de 1920, deu ênfase, entre outras pesquisas, à “personalidade autoritária” da sociedade e à “teoria crítica” ou contracultura, de modo a destruir instituições tradicionais, como a família e a religião, dentro do conceito do “politicamente correto”. Tinha entre seus teóricos Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Eric Fromm, Walter Benjamin, Marx Horkheimer, Jürgen Habermas, Eric Hobsbawn, Umberto Eco. Tomando como ideal o “homem livre” (um tema sem teor científico, um mero sonho), deveria explicar por que, depois do Iluminismo e de Marx – agora, que pela primeira vez na história, a sociedade industrial estava finalmente organizada socialmente –, o mundo produzia ainda tantas personalidades autoritárias, líderes e seus vassalos. A chamada “Escala F” do livro Personalidade Autoritária (coproduzido por Max Horkheimer) “media” os traços da personalidade autoritária: 1) passividade automática ante os valores convencionais; 2) cega sujeição à autoridade; 3) inimigo da introspeção; 4) rígido; 5) pensamento mediante clichês; enfim, tudo se destinava a determinar e quantificar o antissemitismo, o racismo, o conservadorismo econômico etc. Horkheimer e Adorno foram diretores da Escola. Na década de 1930, a Escola transferiu suas atividades para os EUA, fugindo do Nazismo, primeiro para a Universidade de Colúmbia, em Nova York, e depois para a Califórnia. Após a II Guerra Mundial, a Escola voltou a seu lugar de origem, Frankfurt. A Escola de Frankfurt foi “erguida com o dinheiro de Hermann Weil, capitalista e explorador do trigo (e da mão-de-obra barata) argentino. Da cátedra da Escola, os seus integrantes mais notáveis (alguns deles filhos de banqueiros e milionários), diante da crescente supremacia do capitalismo, atiram sofisticados petardos contra o que julgam ser a ‘estrutura dominante’ da sociedade industrial contemporânea. Um dos seus mais destacados mentores, Theodor Adorno (1903-1969) -, era taxativo em afirmar (Dialética Negativa, 1966), por meio da ‘ênfase dramática’, que o mundo e as consciências viviam alienados e não tinham mais salvação, apontando a concentração do capital, como forças destruidoras das liberdades individuais. Apontam sempre o capitalismo como a raiz de todos os males pois é justamente este sistema sócio econômico que preserva as garantias e liberdades individuais e a ética do homem ocidental.

Agentes da revolução apontam a concentração e o capital como fonte de todos os males quando não uma categoria humana qualquer seja uma raça ou classe social esquecendo de má fé que é o estado em seu aparelho burocrático que concentra armas e mata.

   

AGENTES REVOLUCIONÁRIOS NA IGREJA CATÓLICA


8 de setembro de 1907 o Papa Pio XI em sua, “Enclica Pascendi Dominici” condena o que chama ser a síntese de todas as heresias o Modernismo. Seguindo Pio XI [ “Os “modernistas” rejeitaram submeter-se à autoridade...

“Os modernistas representam o sumo da obstinação, e com eles são inúteis as medidas brandas: Esperávamos que os modernistas algum dia se emendassem. Por isto, de início, usamos em relação a eles medidas suaves, como se faz com filhos, e depois medidas severas; por fim, e muito a contragosto, empregamos repreensões públicas. Não ignorais, Veneráveis Irmãos, a esterilidade de Nossos esforços: eles curvam por momentos a cabeça, para a levantar novamente com orgulho ainda maior”. Enclica Pascendi Dominici Pio XI

Uma das raízes mais importantes deste lamentável estado de espírito, com efeito, é o orgulho:

“O orgulho! Ele está, na doutrina dos modernistas, como em sua própria casa; aí encontra ele por toda parte algum alimento, e se expande então em todos os seus aspectos. Orgulho, por certo, esta confiança em si mesmos, que os leva a se erigirem em regra universal. Orgulho, essa vanglória que os apresenta a seus próprios olhos como os únicos detentores da sabedoria; que os leva a dizer, arrogantes e repletos de si mesmos: não somos como os outros homens; e que, para realmente não serem como os outros, os impele às mais absurdas novidades. Orgulho, o que os faz repelir toda sujeição e os leva a uma conciliação da autoridade com a liberdade. Orgulho, essa pretensão de reformar o próximo, esquecendo-se de si mesmos; essa absoluta falta de consideração para com a autoridade, inclusive a autoridade suprema. Não, realmente, nenhum caminho há que conduza mais rápida e diretamente ao modernismo do que o orgulho. Que nos deem um leigo, ou um sacerdote, que tenha perdido de vista o princípio fundamental da vida cristã — a saber, que devemos renunciar a nós mesmos, se queremos seguir Jesus Cristo — e que não tenha extirpado de seu coração o orgulho: esse leigo, esse sacerdote estará maduro para todos os erros do modernismo. Eis por que, Veneráveis Irmãos, vosso primeiro dever é resistir a esses homens soberbos, e empregá-los em funções ínfimas e obscuras: que sejam postos tanto mais baixo quanto mais alto pretendam subir, e que seu próprio rebaixamento lhes tire a ocasião de fazer mal”. Enclica Pascendi Dominici, Pio XI

Assim agem os agentes da revolução se infiltrando, caluniando e disseminando a dúvida. A história da Igreja Católica é um exemplo disto primeiro os modernistas. Depois da revolução de outubro de 1917 a então KGB organiza e dissemina dentro da Igreja a Teologia da Libertação criação intelectual da antiga URSS. Todas as teorias revolucionárias visam justificar o orgulho e descontruir a civilização ocidental abolindo o homem do próprio homem.

Um ex-membro do Serviço Secreto da Romênia comunista que fugiu para o Ocidente nos anos 1970, Ion Pacepa autor do livro (DESINFORMAÇÃO) na qual descreve como a KGB (serviço secreto e polícia política soviética) teria criado a Teologia da Libertação. Desinformação, Ion Pacepa.

“O movimento nasceu na KGB e tinha um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação”, afirma Pacepa. E conta como Krushev e um general russo infiltraram agentes no Conselho Mundial das Igrejas e por esse meio manobraram um grupo de bispos sul-americanos reunidos em Medellin, Colômbia, em 1968. ” 

Embora não se possa descartar a ação de Moscou na difusão desse movimento revolucionário, a realidade, no entanto, é muito mais complexa: a Teologia da Libertação foi fruto de um longo processo no interior de setores da Igreja, trabalhados pelo Modernismo acima descrito e pelas filosofias imanentistas modernas, bem como pela influência do protestantismo libertário.

AGENTES DA REVOLUÇÃO OS PSICOPATAS NARCISOS.


“A soberba precede à ruína e o orgulho, à queda “

O orgulho de si mesmo é a fonte de todo o mal na pessoa humana. Aqui não poderia ser diferente, a conduta antissocial tem origem no próprio orgulho. O Narcisismo psicopático é a incapacidade em estabelecer relações empáticas, não existe capacidade de identificar valores morais, não existe capacidade de compromisso com os outros, não há sentimento de culpa. Manifestam-se condutas antissociais regularmente. E suas características gerais são:

1 - Encanto superficial e manipulação (nem todos os psicopatas são encantadores, mas é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e, consequentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência social.

Através do encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada. Talvez seja esse processo de coisificação a chave para compreendermos a absoluta falta de sentimentos do psicopata para com seus semelhantes ou para com os sentimentos de seu semelhante. Transformando seu semelhante numa coisa, ela deixa de ser seu semelhante.

O encanto, a sedução e a manipulação são fenômenos que se sucedem no psicopata. Partindo do princípio de que não se pode manipular alguém que não se deixe manipular, só será possível manipular alguém se esse alguém foi antes seduzido.

2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.

Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.

O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.

Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.

É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar à realidade à sua imaginação, a sua personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade narcisística. Esse indivíduo pode se converter na personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

3. - Ausência de Sentimentos Afetuosos

Desde criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou sensibilidade por nada e se mantém normalmente indiferente aos sentimentos alheios.
Os laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros, mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista emocional.

4. - Amoralidade

Os psicopatas são portadores de grande insensibilidade moral, faltando-lhes totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.

5. - Impulsividade

Também por debilidade do Superego e por insensibilidade moral, o psicopata não tem freios eficientes à sua impulsividade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas, unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer brutalidades, crueldades e crimes.

Essa impulsividade reflete também um baixo limiar de tolerância às frustrações, refletindo-se na desproporção entre os estímulos e as respostas, ou seja, respondendo de forma exagerada diante de estímulos mínimos e triviais. Por outro lado, os defeitos de caráter costumam fazer com que o psicopata demonstre uma absoluta falta de reação frente a estímulos importantes.

6. - Incorrigibilidade

Dificilmente ou nunca o psicopata aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da correção. Podem dissimular, como dissemos, durante algum tempo seu caráter torpe e antissocial, entretanto, na primeira oportunidade volta à tona com as falcatruas de praxe.

7. Falta de Adaptação Social

Já nos primeiros contatos sociais o psicopata, desde criança, manifesta uma certa crueldade e tendência a atividades delituosas. A adaptação social também fica comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo e egoísmo, características estas percebidas pelos demais e responsável pelas dificuldades de sociabilidade. Mesmo no meio familiar o psicopata tem dificuldades de adaptação. Durante o período escolar tornam-se detestáveis tanto pelos professores quanto pelos colegas, embora possam dissimular seu caráter sociopático durante algum tempo. Nos empregos a inconstância é a característica principal.

Traços comuns entre os líderes totalitários e tiranos diversos como o Robespierre, Mao, Pol Pot, Hitler, Stalin e tantos outros na história infeliz da humanidade. Andrew Lobaczewski em seu excelente livro PONEROLOGIA: PSICOPATAS NO PODER, nos deixa partes importantíssimas das quais destaco a seguir:

Sobre a manipulação dos inocentes úteis, ele diz: “Em uma civilização deficiente no conhecimento psicológico, indivíduos hiperativos direcionados pelas suas dúvidas internas, que são causadas por uma sensação de ser diferente, encontram facilmente um eco pronto nas consciências pouco desenvolvidas de outras pessoas. Tais indivíduos sonham em impor seu poder e seus diferentes modos de experimentar sobre seus ambientes e sua sociedade. Infelizmente, em uma sociedade ignorante psicologicamente, seus sonhos têm uma boa chance de se tornar realidade para eles e um pesadelo para os outros”

Aqui o autor destaca a ferramenta utilizada pelos psicopatas das doutrinas utópicas e revolucionárias: “Essas doutrinas e ideologias mostram suas falhas básicas, no tocante ao entendimento das personalidades humanas e das diferenças entre as pessoas, de maneira muito clara se observadas à luz da nossa linguagem natural dos conceitos psicológicos, e mais ainda à luz da linguagem objetiva”

“...tal indivíduo se sente então traído e inundado de dúvidas que podem impedi-lo de atingir a auto realização. Seus pensamentos desviam-se das suas dúvidas para um mundo de fantasia, ou para assuntos que são de maior interesse para ele; no seu mundo de devaneios, ele é o que deveria e o que merece ser. Tal pessoa sempre sabe se o seu ajustamento social ou profissional tomou uma direção descendente; ao mesmo tempo, contudo, se ela falha em desenvolver uma capacidade crítica saudável em relação aos limites superiores de seus próprios talentos, seus devaneios podem “entender” uma visão de mundo injusto onde “tudo o que você necessita é poder”. As ideias revolucionárias e radicais encontram um solo fértil entre tais pessoas em adaptações sociais descendentes”.
Sobre a capacidade manipuladora se apercebe os psicopatas e continua o autor; “Uma das coisas mais perturbadoras que as pessoas normais têm que lidar em relação aos psicopatas é o fato de que eles aprendem, muito cedo, como suas personalidades podem ter efeitos traumatizantes sobre as personalidades daquelas outras pessoas normais, e como levar vantagem desse terror com o propósito de atingir os seus objetivos. Essa dicotomia de mundos é permanente e não desaparece, mesmo se eles forem bem-sucedidos em realizar o seu sonho de juventude, ganhando poder sobre a sociedade das pessoas normais”

O paraíso revolucionário e falta de tolerância as imperfeiçoes humanas fazem parte do arcabouço da mente narcisa-psicopática segue Lobaczweski: “No psicopata, um sonho emerge como um tipo de utopia de um mundo “feliz” e de um sistema social que não os rejeite, nem os force a se submeter a leis e costumes cujo significado é incompreensível para eles. Eles sonham com um mundo no qual seu modo simples e radical de experimentar e perceber a realidade fosse o modo dominante, onde eles poderiam, é lógico, garantir segurança e prosperidade. Nesse sonho utópico, eles imaginam que aqueles “outros”, diferentes, mas também tecnicamente mais habilidosos do que eles, deveriam ser colocados para trabalhar de forma a atingir esse objetivo para os psicopatas e outros do seu tipo. “Nós”, eles dizem, “afinal de contas, criaremos um novo governo, de justiça”.

Desta forma os psicopatas seguem construindo governos, em seu afã revolucionário arquitetam planejar e controlar todos os setores da vida econômica, social e até mesmo privada das pessoas. Instigando a delação de uns para com outros, manipulando ressentimentos assim como minorias marginalizadas, estimulando a autocomiseração, impondo o terror, e moldando as vidas humanas a seu bel proveito já que para os psicopatas do poder estas nada valem. 

Parai implantar sua engenharia social assassina, os agentes revolucionários narcisos buscam manipular os ressentidos. Estes através da vitimização escondem seus fracassos pessoais colocando culpa no meio social em que vivem. 

O marxismo buscou lançar operários contra os burgueses, porém com o aumento da qualidade de vida da classe trabalhadora devido ao progresso significativamente das economias capitalistas. Este setor social foi ficando cada vez mais avesso ao discurso socialista. Daí que os psicopatas, utilizando da cultura ideológica do marxismo, apropriaram o seu discurso às minorias marginalizadas usando-as como receptoras de suas falácias, por exemplo os homossexuais.

Aumentando o palavreado, criando eufemismos e neologismos, valendo-se de palavras como homofobia, heteronormatividade, empoderamento etc. desconstrói a ética ocidental lançando esta minoria contra a sociedade e as instituições.

Não podemos deixar de destacar que os homossexuais sofreram atentados contra a vida no nazismo e em vários países comunistas a exemplo da Rússia e em Cuba. O revolucionário Che Guevara era um assassino declarado de homossexuais.

O caso mais gritante é o do mundo Islâmico onde extremistas islamitas enforcam e lançam por cima de prédios os homossexuais. Porém, no Ocidente por parte de homossexuais manipulados nada se diz, nenhum grito de condenação, apenas absoluto silêncio. É de se observar daí que a revolução em seu processo valora acima da vida humana à sua causa que é a destruição do mundo ocidental em seus valores éticos, a destruição do livre mercado assim como das garantias e liberdades individuais existentes no estado-nação.


OBJETIVOS DA Revolução: ENGENHARIA SOCIAL DA ANIMALIZAÇÃO.


O professor Plinio Correa De Oliveira escreve em seu livro (REVOLUÇÃO E CONTRA REVOLUÇÃO); 

[“Revolução e tribalismo: uma eventualidade”

“Como? - É impossível não perguntar se a sociedade tribal sonhada pelas atuais correntes estruturalistas dá uma resposta a esta indagação. O estruturalismo vê na vida tribal uma síntese ilusória entre o auge da liberdade individual e do coletivismo consentido, na qual este último acaba por devorar a liberdade. “Segundo tal coletivismo, os vários “eus” ou as pessoas individuais, com sua inteligência, sua vontade e sua sensibilidade, e consequentemente seus modos de ser, característicos e conflitantes, se fundem e se dissolvem na personalidade coletiva da tribo geradora de um pensar, de um querer, de um estilo de ser densamente comuns. ”

“Bem entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal tem de passar pela extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade individuais, gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberação e sensibilidade cada vez mais coletivos. É, portanto, neste campo que principalmente a transformação se deve dar. ”

“A crescente ojeriza a tudo quanto é raciocinado, estruturado e metodizado só pode conduzir, em seus últimos paroxismos, à perpétua e fantasiosa vagabundagem da vida das selvas, alternada, também ela, com o desempenho instintivo e quase mecânico de algumas atividades absolutamente indispensáveis à vida. ”

“A aversão ao esforço intelectual, notadamente à abstração, à teorização, ao pensamento doutrinário, só pode induzir, em última análise, a uma hipertrofia dos sentidos e da imaginação”]

Muito bem descrito nos excertos acima, o objetivo da revolução é implantar uma sociedade onde a noção de bem e mal, a sensualidade, a animalização do homem em seus instintos primários e o regresso a uma vida tribal sem a complexidade e o conforto de uma vida civilizada. Da mesma forma, visa à valoração da espiritualidade animista e da idolatria pagã ao deus-estado e aos sacerdotes, os seus agentes psicopatas.

O Estado-Nação constituído com seu conjunto de leis organicamente constituído pelos costumes e tradições daria ao lugar; “A Republica Universal” governada por um grande bloco burocrático. Sonho este de praticamente todos utopistas e agentes revolucionários.

A mediocridade, a superficialidade, a vulgaridade, a ruptura das tradições e a selvageria escatológica tidas como espontaneidades traçam o perfil da nova sociedade abjeta que se edifica na nova hegemonia edificada pela revolução cultural.

Neste mundo de perfeição revolucionária o homem se comprazeria de si mesmo se deleitando na sensualidade do seu próprio orgulho. Bestializado seria governado por narcisos psicopatas. A consciência individual se permitiria sucumbir na vontade desregrada da turba coletiva e o valor da vida humana se desintegraria no prazer de seus líderes psicopatas assim que a engrenagem animalizada da engenharia social fosse acionada.

“Qual é o rumo espontâneo do caos senão uma indecifrável acentuação de si próprio? ”  Prof Plínio Correa De Oliveira.