MAQUIAVEL
PEDAGOGO
Ou
O ministério da reforma
psicológica
Uma revolução pedagógica baseada nos resultados da pesquisa
psicopedagógica está em curso no mundo inteiro. Ela é conduzida por
especialistas em Ciências da Educação que, formados todos nos mesmos meios
revolucionários, logo dominaram os departamentos de educação de diversas
instituições internacionais: Unesco, Conselho da Europa, Comissão de Bruxelas e
OCDE. (P.6)
O estudo dos
documentos em que tal ética está definida não deixa margem a qual quer dúvida:
sob o manto da ética, e sustentada por uma retórica e por uma dialética frequentemente notáveis,
encontra-se a ideologia comunista, da qual apenas a aparência e os modos de
ação foram modificados. A partir de uma mudança de valores, de uma modificação
das atitudes e dos comportamentos, bem como de uma manipulação da cultura, pretende-se
levar a cabo a revolução psicológica e, ulteriormente, a revolução social.
(p.6)
Essa revolução pedagógica
visa a impor uma “ética voltada para a criação de uma nova sociedade” e a
estabelecer uma sociedade intercultural. A nova ética não é outra coisa senão uma sofisticada
representação da utopia comunista. (P.9)
A prioridade é, já não a
formação intelectual, mas o ensino “não cognitivo” e a “aprendizagem da vida
social”. Também aqui o objetivo é modificar os valores, as atitudes e os
comportamentos dos alunos (e dos professores). Para isso, são utilizadas
técnicas de manipulação psicológica e de lavagem cerebral. (P. 11).
Os ensinos formal e
intelectual são negligenciados em proveito de um ensino não cognitivo e
multidimensional, privilegiando o social. A reforma pedagógica introduzida no
Ensino Médio tende igualmente a uma profunda modificação das práticas
pedagógicas e de conteúdo do ensino. (P.11)
CAPÍTULO I
AS TÉCNICAS
DE
MANIPULAÇÃO
PSICOLÓGICA
A submissão à
autoridade
Em uma série de
experiências célebres, o professor Stanley Milgram evidenciou de
maneira espetacular o papel da submissão à autoridade no
comportamento humano. Milgram9 repetiu suas experiências com 300
mil pessoas, experiências estas que foram reproduzidas em
numerosos países. Os resultados obtidos são indiscutíveis. A
experiência de base envolve três pessoas: o pesquisador, um
suposto aluno, que na verdade é um colaborador do pesquisador, e o
verdadeiro objeto da experiência, o professor. A experiência
pretende supostamente determinar a influência das punições no
aprendizado. O professor deve então mostrar ao suposto estudante extensas
listas de palavras e, em seguida, testar sua memória. Em caso de erro,
uma punição precisa ser imposta ao colaborador. O objeto da
experiência ignora, naturalmente, o status real do colaborador,
e crê que este, como ele próprio, não tem qualquer relação com a
organização da experiência. As punições consistem em descargas
elétricas de 15 a 450 volts, as quais o próprio professor deve acionar
contra o suposto estudante, situado em uma peça vizinha. A
voltagem das descargas aumenta a cada erro cometido. O
colaborador, é claro, não recebe essas descargas, contrariamente
ao que acredita o professor – este é quem recebe, no início do
experimento, uma descarga de 45 volts, para “assegurar-se de que o
gerador funciona”. As reações que o colaborador deve simular são
estritamente codificadas: a 75 volts ele começa a murmurar; a 120
volts, ele reclama; a 150 volts ele pede que parem com a experiência e,
a 285 volts, ele lança um grito de agonia, depois do qual se cala
completamente. É assegurado ao professor que os choques são
dolorosos mas não deixam sequelas. O pesquisador deve zelar para que
a experiência chegue a seu termo, tratando de encorajar o
professor, caso este venha a manifestar dúvidas quanto à inocuidade
da experiência ou caso deseje encerrá-la. Também esses
encorajamentos são estritamente codificados: à primeira
objeção do professor, o pesquisador lhe responde: “Queira
continuar, por favor”; na segunda vez: “A experiência exige que você
continue”; na terceira vez: “É absolutamente essencial que você
continue”; na quarta e última vez: “Você não tem escolha. Deve
continuar”. Se o professor persiste em suas objeções após o quarto
encorajamento, a experiência é encerrada. O resultado da
experiência é espantoso: mais de 60% dos professores levam-na até o
final, mesmo convencidos de que estão realmente administrando
correntes de 450 volts. Em alguns países, a taxa chega a alcançar 85%.
É preciso acrescentar que a experiência é extremamente penosa
para os professores, e que eles vivenciam uma forte pressão
psicológica mas seguem, não obstante, até o fim. Há algo, porém, ainda
mais inquietante. No caso de o professor limitar-se a simplesmente
ler a lista de palavras, enquanto as descargas são enviadas por
outra pessoa, mais de 92% dos professores chegam a concluir
integralmente a experiência. Assim, uma organização cuja
operação é setorizada pode-se tornar um cego e temível mecanismo:
“Esta é talvez a lição fundamental de nosso estudo: o comum dos
mortais, realizando simplesmente seu trabalho, sem qualquer
hostilidade particular, pode-se tornar o agente de um processo de
destruição terrível”.
O conformismo
A tendência ao
conformismo foi estudada por Asch,11 em sua célebre experiência. Ao
sujeito avaliado, apresenta-se uma linha traçada sobre uma folha;
além dela, três outras linhas de comprimentos diversos. Em seguida, se
lhe pede para apontar, entre essas três linhas, aquela cuja medida é
igual à da linha-padrão. Por exemplo: esta última mede quatro
polegadas, enquanto as linhas que devem ser a ela comparadas medem,
cada qual, três, cinco e quatro polegadas. À experiência estão
presentes indivíduos associados ao pesquisador, que devem
igualmente responder à questão. Estes, cujo papel real na
experiência é ignorado pelo avaliado, dão, nos ensaios válidos, a
mesma resposta errônea, combinada anteriormente à experiência.
O indivíduo testado tem duas alternativas: ou dar uma resposta
errônea ou se opor à opinião unânime do grupo. A experiência é
repetida diversas vezes, com diferentes linhas-padrão e linhas para
comparar. Há ocasiões em que os colaboradores respondem de modo
correto (ensaios neutros). Aproximadamente três quartos dos
indivíduos realmente avaliados deixam-se influenciar nos
ensaios válidos, dando uma ou várias respostas errôneas. Assim,
32% das respostas dadas são errôneas, mesmo que a questão não
ofereça, naturalmente, qualquer dificuldade. Na ausência de pressões,
o percentual de respostas corretas chega a 92%.
Normas
de grupo
A célebre experiência
de Sherif12 sobre o efeito autocinético evidencia a influência
exercida por um grupo sobre a formação das normas e atitudes de seus
membros. A experiência desenrola-se assim: tendo-se instalado um
indivíduo, sozinho, em uma sala escura, pede-se-lhe que descreva os
movimentos de uma pequena fonte luminosa, a qual, na verdade,
acha-se imóvel. O sujeito, não encontrando nenhum ponto de
referência, logo começa a perceber movimentos erráticos (efeito
autocinético). Após algum tempo, passa a considerar que a
amplitude dos movimentos oscila em torno de um valor médio, que
varia de indivíduo para indivíduo. Se, ao contrário, a experiência
é realizada com vários indivíduos observando a mesma fonte
luminosa e partilhando
Pé na porta
Freedman e Fraser, em
1966,13 trazem à luz um fenômeno conhecido como pé-naporta. Tratemos
brevemente de duas de suas experiências. Com a primeira delas, se
buscava conhecer, em função da maneira como era formulada a
pergunta, o percentual de donas de casa dispostas a responder a uma
enquete a respeito de seus hábitos de consumo. Estimando que tal
enquete deveria ser longa e aborrecida, somente 22% aceitaram dela
participar quando se lhes convidou a isso diretamente. Mas os autores,
dirigindo-se a uma segunda amostragem, fizeram preceder à pergunta
um processo preparatório bastante simples: três dias antes de
formulá-la, telefonaram aos membros desse grupo, solicitando-lhes
que respondessem a oito perguntas acerca de seus hábitos de consumo
em matéria de produtos de limpeza. Quando, três dias mais tarde, se
lhes pediu para que se submetessem à mesma enquete que fora feita com
os membros da primeira amostragem, a taxa de aceitação elevou-se a 52%.
Chama a atenção o fato de que um procedimento tão simples possua
tamanho poder.
“Porta na
cara”
Técnica complementar à
precedente, a “porta na cara”15 consiste em apresentar, de início, um
pedido exorbitante, que naturalmente será recusado, depois do que
se formula um segundo pedido, então aceitável. Em uma experiência
clássica, Citaldini et al. solicitaram a alguns estudantes que
acompanhassem, por duas horas, um grupo de jovens delinquentes em uma
visita ao zoológico. Formulada diretamente, essa solicitação
obteve somente 16,7% de aceitação. Entretanto, colocando-a após um
pedido exorbitante, a taxa elevou-se a 50%. Naturalmente, um “pé na
porta” ou uma “porta na cara” podem ser úteis para se extorquir um ato
custoso, o qual, por sua vez, consistirá em um ato aliciador, no caso
de um próximo pé na porta. Com tal expediente, é possível obter comprometimentos
cada vez mais significativos. Essa técnica de “bola de neve” é
efetivamente aplicada.
Dissonância cognitiva ou o
espiritualismo dialético
A teoria da dissonância
cognitiva, elaborada em 1957 por Festinger,16 permite perceber o
quanto nossos atos podem influenciar nossas atitudes, crenças,
valores ou opiniões. Se é evidente que nossos atos, em medida mais ou
menos vasta, são determinados por nossas opiniões, bem menos claro
nos parece que o inverso seja verdadeiro, ou seja, que nossos atos
possam modificar nossas opiniões. A importância dessa constatação
leva-nos a destacá-la, para que, a partir dela, se tornem visíveis as
razões profundas da reforma do sistema educacional mundial.
Verificamos anteriormente que é possível induzir diversos
comportamentos, apelando-se à autoridade, à tendência ao
conformismo ou às técnicas do “pé na porta” ou da “porta na cara”. Os
fundamentos que servem de base a esses atos induzidos repercutem em
seguida sobre as opiniões do sujeito, modificando-as (dialética
psicológica). Assim, encontramo-nos diante de um processo extremamente
poderoso, que permite a modelagem do psiquismo humano e que, além
disso, constitui a base das técnicas de lavagem cerebral.
Iniciação
sexual de moças
Para participar de
discussões em grupo acerca da psicologia sexual, algumas jovens
foram levadas a passar por diversas “provas iniciáticas”.20 Ao
primeiro grupo impôs-se uma iniciação severa e fastidiosa,
psicologicamente aliciadora, portanto. Ao segundo, impôs-se uma
iniciação superficial. O grupo testemunho, por fim, foi admitido
sem qualquer iniciação. A discussão fora preparada para ser
extremamente tediosa e desinteressante. Constatou-se, ao final,
que as jovens que declararam haver gostado da discussão foram
justamente aquelas que passaram pela iniciação mais severa. Nesse
caso, a dissonância cognitiva era provocada pela contradição entre
o investimento psicológico necessário para suportar uma
iniciação severa e a ausência de qualquer benefício daí obtido.
A avaliação
(dos alunos e dos professores)
A avaliação23 consiste
em outro meio extremamente eficaz para conduzir à interiorização
de valores e de atitudes. Não é possível esclarecer os seus
fundamentos recorrendo-se a outras teorias da psicologia social
que não a do engajamento. Suas conclusões podem ser resumidas em
poucas palavras, dizendo-se que, por força do exercício do poder
personificado pelo avaliador, o sujeito da avaliação é levado a
interiorizar normas sociais. Esse processo está na base da
reprodução social ou – se se altera a escala da avaliação – da
modificação de valores. A avaliação formativa, conforme seu nome
indica, visa expressamente a ensinar o sujeito
A filosofia política
claramente manipulatória que fundamenta tais práticas pressupõe um desprezo
absoluto pela liberdade e dignidade humanas e pela democracia. (P.40)
Porém, mais que disposições
e comportamentos, são os valores, que fundamentam um e outro, que devem ser
subvertidos. (P.43)
Uma mudança de valores
constitui uma revolução psicológica muito mais profunda que uma revolução
social. (P.44)
Toda revolução psicológica
requer uma revolução cultural. (P.47)
O professor deveria ter mais
possibilidades de se engajar em atividades no exterior da escola e fora do
curriculum, de guiar e de aconselhar os alunos e seus pais, e de organizar as
atividades de seus alunos durante o lazer (Unesco).
(P.53)
A escola deve, portanto,
veicular um ensino de ordem e ética:
Assim,
é absolutamente imprescindível e essencial incluir a questão dos valores e
acatar seu discursão no âmbito da escola, dos saberes que ela transmite e que
faculta aos alunos construir, das condições dessa transmissão e dessa
construção, do seu funcionamento como instituição. (Conselho da Europa) (P.60)
Trata-se da de uma nova moral, pretensamente universal, e a
qual se considera como elaborada cientificamente:
Portanto é uma nova
ética que se deve desenvolver, com o auxílio da educação e da transformação
[tanto isso é verdadeiro, que a objetividade desta é um ideal de outra era], a
fim de modificar as atitudes e os comportamentos. Possuir uma concepção global
do nosso mundo é pensar globalmente para agir localmente. (Unesco)
Toda adoção de
valores morais de crenças deve ser realizada cientificamente. Devemos colocar e
resolver todos os problemas a partir da pesquisa científica; particularmente, a
questão da escolha e da adoção das ideias e das crenças deve ser considerado de
maneira cientifica e com atitudes cientificas. (Unesco) (P.60)
No caso da educação
familiar, na maior parte do tempo, essa transmissão não é consciente. Os
conselhos e as ordens dados pelos pais, pelos avós, pelos vizinhos, além de
possivelmente contraditórios, não tornam o indivíduo, assim educado, consciente
de sua liberdade pessoal e das escolhas éticas que ele poderia fazer.
Em resumo, para
superar esse modo pouco seguro de transmissão, para seguir rumo a uma tomada de
consciência pessoal e a uma escolha de valores universalmente válidos, é
necessária uma educação formal que explicite esses valores. Essa explicitação
pode e deve ser feita pela escola. O espírito crítico [das crianças], tendo por
objeto os valores morais, e a reflexão ética são, portanto, os objetivos da
educação formal nas instituições escolares, a fim de que cada criança, cada
jovem possa, livremente, formar uma consciência ética, a qual lhe permita
discernir o justo do in justo e desenvolver atitudes e comportamentos fundados
sobre o respeito ao outro, sobre a compreensão do bem comum à humanidade: os
direitos humanos e a paz. (Unesco)66
O jovem está inserido em uma
rede de instituições e de poderes que contribuem para a sua formação e que, ao
mesmo tempo, colaboram e disputam entre si para impor sua influência, seu modo
de pensar, suas normas.
O multiculturalismo está sendo introduzido nos IUFMS e no
ensino escolar, como o prova, entre outros documentos, o catálogo do CNDP
(Centro Nacional de Documentação Pedagógica). A cultura francesa é colocada no
mesmo nível que as dos povos mais distantes de nós, tanto fisicamente quanto
psicologicamente. As citações em seguida mostram a verdadeira face do
multiculturalismo:
A África do Sul, o
Canadá e a República Federal da Alemanha, entre outros países, oferecem o
exemplo do modo como um go verno pode manipular a cultura. Colocam-se então
questões capitais sobre o plano teórico: uma educação multicultural para quê?
Quais são os alvos e os objetivos dessas medidas? Que tipo de sociedade se tem
em vista? (Conselho da Europa)73
O intercultural afeta, assim, o conjunto
da instituição educacional: o ensino pré-escolar, as línguas, a elaboração dos
programas,
Os manuais e outras
ferramentas pedagógicas, a administração, os exames, o controle e a avaliação,
as atividades extraescolares, os laços entre a escola e a comunidade, os
serviços de orientação e os serviços auxiliares, a preparação para a vida
adulta, a formação inicial e contínua dos professores, a luta contra a
xenofobia e o racismo. (Conselho da Europa)81
A educação para a paz,
a concórdia entre as nações, o desarmamento, o civismo pacífico, a fraternidade
humana, a consciência da interdependência entre as nações e “a experiência da
vida em uma sociedade multicultural” não se poderiam satisfazer com o ensino da
história como é feito atualmente.
No que concerne às medidas a tomar, foram feitas as seguintes
proposições: - elaboração de um manual de história geral da Europa, bem como um
manual de história universal, com a ativa participação de comitês de
historiadores dos países interessados. (Unesco, 4a Conferência dos Ministros da
Educação)86
Esse
processo contínuo de alterações aplicava-se não somente a jornais, mas também a
livros, periódicos, panfletos, cartazes, folhetos, filmes, registros sonoros,
caricaturas, fotografias; era aplicado a toda espécie de literatura ou documentação
que tivesse qualquer significado político ou ideológico. Dia a dia, e quase
minuto a minuto, o passado era atualizado. Desta forma, era possível
demonstrar, com prova documental, a correção de todas as profecias do Partido.
Jamais permanecia no arquivo qualquer notícia, artigo ou opinião que entrasse
em conflito com as necessidades do momento. Toda a história era um palimpsesto,
raspado e reescrito tantas vezes quantas fossem necessárias. Em nenhum caso se
ria possível, uma vez feita a operação, que se provasse qualquer fraude.
(Orwell, 1984)P90
Como já se pode pressentir, a promoção dos novos
conteúdos (know how, valores, atitudes, concepção do mundo) e a sua integração
nos planos de estudos implicam uma revisão vasta e profunda do sistema
educacional, já que isso afeta, a um só tempo, as estruturas, a formação de
professores, as atitudes e as mentalidades. (Unesco)92 O aperfeiçoamento da
formação dos professo res, tanto a inicial quanto a continuada, a revisão dos
manuais [mais particular mente de história] e a produção de novos materiais e
de publicações pedagógicas auxiliares, interdisciplinares e atualizados, são de
uma importância crucial em se tratando de inculcar nos alunos os valores e princípios
enunciados na Recomendação sobre a Educação para a Compreensão, a Cooperação e
a Paz Internacionais e a Educação Relativa aos Direitos do homem e às
Liberdades Fundamentais adotada pela Unesco em 1974 [em seu período abertamente
prócomunista]. Importa que os professores de todas as matérias recebam uma
formação que os torne aptos a proceder segundo uma abordagem humanista.
(Unesco, 4ª Conferência dos Ministros da Educação)P93.
Todos, dos diretores e administradores aos
empregados de escritório e os demais não docentes, têm necessidade de uma
reciclagem no que [Concerne ao interculturalismo]. Esse grupo empregou, em
seguida, um certo número de estratégias visando a vencer a resistência à
mudança, e propôs modelos de programas de formação de pessoal. (Conselho da
Europa)99
No término de sua formação,
os professores devem ensinar o novo curriculum com a ajuda de pedagogias
ativas. Escondendo-se atrás dos direitos humanos, cuja definição eles se furtam
a dar – direitos que, estendidos, dissimulam as reivindicações comunistas.
(P.80)
Numerosas vozes se elevaram,
tanto na direita como na esquerda, para pregar a descentralização ou a
desconcentração do sistema educacional francês. Os pontos principais desta
reforma são os seguintes:
◆ conceder autonomia aos chefes de estabelecimento;
◆ descentralizar para permitir a participação das
coletividades territoriais e dos agentes econômicos;
◆ dotar os professores de uma
maior confiança.
Como já o vimos, a reforma
pedagógica que ocorre atualmente em numerosos países quer substituir os
ensinamentos clássicos e cognitivos por um ensino “multidimensional e não
cognitivo” que toque em todos os componentes da personalidade: ético, afetivo,
social, cívico, político, estético, psicológico.
Com o ensino se
“aperfeiçoando”, a avaliação dos estudantes deve ser igualmente modificada. Em
detrimento do acadêmico e do cognitivo, o ensino torna-se desde já
“multidimensional” e incumbido, por isso mesmo, de todos os componentes da
personalidade: ético, afetivo, social, político, estético, psicológico.
A avaliação visa fundamentalmente
a interiorizar os valores, as atitudes e os comportamentos desejados pelos
governantes:
A Nova Ordem Mundial instala
seus representantes sobre cada continente – chamado “região” pelos iniciados –
e em cada país. Assim se cria uma casta de tecnocratas, separada do povo, coisa
que os europeus já conhecem.
A Nova Ordem Mundial
trabalha sobre a reprodução social, no que reside o do mínio das ciências
sociais que estudam, particularmente, os “fatores que favorecem a mudança
social”, o que, traduzido da língua de pau globalista, significa: as técnicas
de influência e de controle social que conduzem à revolução silenciosa e doce
(menchevique).
A revolução psicopedagógica
é, portanto, essencialmente totalitária. Nascida nos meios revolucionários.
A opressão psicológica, da
qual vimos os primeiros sintomas, baseia-se nas ideias de Skinner sobre os
modos de controle “não aversivos”, que não suscitam oposição. Sendo por isso
mesmo difícil de combater, ela deve ser inicialmente desmascarada e denunciada,
mostrando-se o que ela é: uma ditadura psicológica.
Prof Marcelo A De Queiroz.