quarta-feira, 27 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
LIBERDADE PARA APREENDER SEM O ESTADO
HOMESCHOOLING
Recentemente, no Brasil, criou-se um movimento contra a doutrinação ideológica escolar. O Escola Sem Partido luta pela pluralidade que o ambiente escolar deveria proporcionar. Cada indivíduo, a partir do conhecimento imparcial, seria capaz de escolher, para si, as idéias que estejam de acordo com seus princípios, pensamentos e forma de ver o mundo.
Criticam-se professores doutrinadores, livros didáticos tendenciosos e modelos de gestão escolar. Mas o problema da doutrinação pode ter uma raiz mais funda. Uma raiz mais profunda do que ideologias político-partidárias instauradas no ensino superior, nos intelectuais e nas escolas de ensino básico e fundamental.
Talvez o grande problema esteja na grande ilegitimidade presente na sociedade, o Estado. O Estado toma para si a responsabilidade de ensinar. Uma suposta educação é pregada como um direito. Entretanto, a idéia de direito no Brasil é deturpada. Temos o direito à educação da mesma maneira como temos o direito ao voto. Isso significa que somos obrigados a exercer um direito.
No que tange o campo educacional, crianças são obrigadas a estudar. Famílias com uma renda um pouco mais alta que a média nacional, conseguem matricular seus filhos em colégios privados (que também não estão livres de doutrinação). O restante da população disputa concorridas vagas em poucas escolas públicas de qualidade. A maior parte estuda, se estuda, em condições completamente adversas à aprendizagem. Não se fala aqui em ausência de alimentos, de estrutura escolar, de material pedagógico, de vestuário. A condição pior é aquela na qual o professor finge que ensina e os alunos fingem que aprendem. Soa como piada, mas tal realidade pode ser constatada.
Se a maior parte do povo educa-se através do Estado, e o Estado (que é ilegítimo) quer manter-se vivo, então, obviamente, haverá doutrinação escolar. Os brasileiros conhecem bem a doutrinação. No período de ditadura estudava-se uma disciplina interessante, Educação Moral e Cívica. Somente um estado doutrinador demandaria ensinar aos seus súditos a moral e conduta que espera de cada um. Todos decoravam datas comemorativas e hinos patrióticos. O culto ao Estado estava pronto.
Com o término da ditadura, os novos poderosos não podiam perder o monopólio da doutrinação. Não podiam e não perderam. A constituição de 1988 tratou de conceber a educação básica como um direito. A ajuda da iniciativa privada também foi inserida, desde que submetida às regulamentações estatais. A responsabilidade dividiu-se entre Estado, família e sociedade. A família é obrigada a matricular seus filhos, o Estado educará os futuros cidadãos, e a sociedade será furtada, digo, irá contribuir financeiramente, para que todo cidadão receba instrução estatal.
Em 1996 o Estado publica a Lei de Diretrizes e Bases, vinculando o ensino médio à educação básica. De acordo com a LDB, o ensino médio ?deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social? (Art.1º § 2º da Lei nº 9.394/96). O ensino passa a ter um caráter técnico. O cidadão precisa ocupar uma vaga no mercado de trabalho, ao mesmo tempo que demanda uma maneira certa de viver em sociedade.
Não é necessário muito esforço para perceber que, ideologicamente, muitos podem apropriar-se dessas diretrizes educacionais. Um Estado regulador é um estado coercitivo. O grupo que detiver o poder em mãos será sempre levado a pensar nos benefícios de uma educação centralizada.
Seria possível reivindicar uma pluralidade de idéias nas escolas brasileiras se toda e qualquer mudança depende de burocratas? Quando o ensino é privado, os pais conseguem se mobilizar. Livros didáticos podem ser trocados ou quem sabe até professores. Ocorre que existe um abismo enorme entre a posição ideológico-pedagógica de determinada escola com a prática docente de portas fechadas. A questão não é privar o professor de sua liberdade de cátedra. Seria melhor perguntar: Quem é o melhor professor para o meu filho?
A questão acima pode suscitar diversas respostas, a saber, um colégio religioso, uma escola pública, um colégio privado qualquer, um colégio tradicional, um colégio moderno ou um professor particular. Quando há um sistema de livre-mercado, a educação é vista de forma diferente. Uma sociedade que possua uma livre concorrência entre escolas é capaz de promover pluralidade. Os pais poderiam matricular seus filhos na instituição que desejar. Haveriam colégio voltados ao ensino técnico, às artes, à certas visões políticas. A diversidade incitaria a responsabilidade pela escolha do colégio, e o mercado fecharia, em pouco tempo, instituições que não atendessem ao ensino desejado pelos pais.
Entretanto, ao retomarmos a questão anterior, sobre o melhor professor para nossos filhos, esbarramos com uma outra resposta possível. O melhor professor pode ser eu mesmo. Só existe uma maneira de uma família ter absoluta certeza de que não há doutrinação no aprendido pelos filhos. Somente saberá a família que tomar para si a responsabilidade de educar seus filhos em casa.
O ensino doméstico, ou homeschooling, seria a solução para os pais que desejam retirar seus filhos da doutrinação estatal. Infelizmente, no Brasil, o homeschoolingnão é assegurado por lei. A LDB e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) obrigam a matrícula de toda a criança na escola. Para o Estado, a educação só pode ser assegurada dentro de um sistema escolar.
Recentemente um casal mineiro foi processado pelo crime de abandono intelectual e por descumprir o ECA. Retiraram seus filhos do falido sistema público de ensino e passaram a ministrar aulas em casa. Após a denúncia, os doutrinadores não perderam tempo em obrigar os dois filhos do casal a fazerem uma prova elaborada por diversos professores. Apesar do alto grau de dificuldade os meninos saíram-se bem e puderam provar que o ensino doméstico é uma saída possível.
O Estado nunca deixará de tentar doutrinar o povo. Exigir uma educação estatal plural e neutra não é a solução. Sempre haverá demanda por burocracia. Ministérios e secretarias caminham na criação de mais regras. Regulamentar uma pluralidade é destruí-la. Nesse sentido, seria necessário alocar mais recursos e burocracia para a educação. O primeiro passo na direção de uma separação entre Estado e educação seria a desregulamentação, favorecendo os reais interessados no aprendizado dos filhos. O homeschooling é uma ótima bandeira a ser defendida, apesar de somente com o término do monopólio estatal sobre a educação é que a doutrinação escolar avistaria seu declínio.
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
OBSERVAÇÕES ADCIONAIS SOBRE O MITO ESTADO
"...Nasce o
Mito do Estado do Bem Estar Social."
O estado tem como dever defender a
propriedade privada seja ela do corpo do individuo contra a violência de outrem
ou a propriedade que resguarda o convívio familiar e de proteger o fruto
agregado oriundo do trabalho. O estado clássico tem como finalidade ultima assegurar
a liberdade e garantias individuais.
O P.H. D em economia Walter Edward
Williams; Afirmava em suas palestras em Harvard que a maior propriedade que ele
possuía era ele próprio. A escravidão, a violência, o estrupo é a maior das violências.
Pois atenta contra a propriedade do próprio corpo. Quanto mais o individuo
atomizado é descaracterizado em nome do coletivismo. A empatia pelo outro se
torna distante e indiferente. O individuo se desumaniza no coletivo. O homem então
é comparado a ratos ou a animais como seu deu no socialismo ou nos regimes de escravidão.
O individuo vira coisa e o opressor se torna uma fria engrenagem na indústria do
próximo holocausto.
A “função social” é a palavra de
ordem do Mito Estado que se proclama defensor de uma coletividade qualquer.
Moloch faz o “bem” de todos trazendo a “justiça social”. É obvio que quando o
governo começa a planejar cada vez mais setores do cotidiano das vidas
privadas. Ele, por conseguinte concentra mais poder tirando de uns para dar aos
seus devotos escolhidos. Definitivamente ele não gera riqueza. O Mito Estado
começa a amarrar o individuo em nome de uma coletividade eleita então como injustiçados
históricos. Elege seus beneficiários para serem súditos e próximas vitimas.
Os fieis mais calorosos são protegidos
pela sua servidão. Nasce daí as cotas e as politicas afirmativas que destroem a
isonomia de direitos e a meritocracia retirando dos mais aptos os frutos do seu
esforço. Deposita aos seus escolhidos os favores para quando achar de bom grado
os retirar. O Mito Estado quer encher seu ventre infernal com o sacrifício dos
inocentes úteis. Doa benesses de acordo com as oportunidades do momento. O Mito
Estado pretende devorar até mesmo seus súditos mais age de acordo com as variantes
politicas do momento.
Josef Stalin ficou conhecido por
centralizar todas as funções no estado. Criando o Mito do Estado em seu viés
personalista. Aproveitou da criação do Mito Estado do seu antecessor Lenin,
apoiando-se em sua polícia opressiva a Cheka. Implantou a coletivização da
agricultura, matou a dita elite intelectual, e no grande expurgo perseguiu seus
próprios partidários, como bem relatados por Alexander Soljenítsin em seu
magistral “arquipélago Gulag”. Outro exemplo foi à revolução francesa que apesar
de ser inspirado pelos grandes pensadores do iluminismo pecou com a possessão de
Robespierre que em pleno poder permitiu-se dominar pelo Moloch. Desandou no
tirano assassino do período de maior terror revolucionária da guilhotina.
Robespierre infelizmente executou tecnicamente
diversos “oponentes” e partidários. Implantou a engenharia social como se indivíduos
fossem engrenagens de um Mito criado por idealistas cheio de “boas” intenções. A
maioria dos maiores genocídios ocorridos contra indivíduos na historia do gênero
humano ocorreu em nome de um “ideal”, de uma “função social”, de uma “coletividade”.
Ao final não existe este tal de social. Existe indivíduos, eu e você.
O estado natural do homem é ser pobre.
A zona de conforto e a prosperidade atual só foram possíveis devido ao nível de
criatividade obtida pela independência criativa da genialidade espontânea e
acumulada por gerações de livre pensadores. Que suscitaram os avanços médicos e
tecnológicos. Não houve uma hegemonia imposta, um governo regulamentando conceitos
e pensamentos. Nem censores da espontaneidade.
A ciência em sua busca eterna, empírica repleta
de tentativas e erros é postulada exatamente ao contrapor a inverdade axiomática
do dogma postulado pela epistemologia da revelação supersticiosa do dogma. O
fundamentalismo e sua consequente ortodoxia do erro é típico de regimes que
cultuam o coletivismo e seu “bezerro de ouro” o Mito Estado.
Moloch devora a todos e a historia é
repleta de exemplos disto. Onde planejamento gradual das atividades laborais e
ou cotidianas são submetidas à engenharia social do Mito. Sempre em nome do “bem”,
de uma ideologia ou crença irá a seu discurso estabelecer uma sociedade do
perdido empíreo. Onde os “hereges”, e do outro lado os devotos serão ao final
devorados.
A busca pelo éden divide as pessoas. As mais devotas
se tornam pessoas “melhores” no regime do que a grande maioria de infiéis. As
mais virtuosas são alinhadas dentro de uma moral criada pelo Mito. Dai nasce à nomenclatura
do Mito que se alimenta do produto derivado do Mito; O sangue dos infiéis. O
insumo do Moloch é o sacrifício dos não alinhados que, por sua vez, devora os infiéis.
A classe de empreendedores devem se submeter à
nova religião do estado para obter vantagens competitivas seja na extorsão fiscal
como o da facilidade de obtenção de empréstimos cedidos pelo Mito com o
dinheiro usurpado dos contribuintes então dizimistas coagidos pela violência do
Mito Estado. O capitalismo de estado então explora a massa de incrédulos dos que
não são “amigos” do Deus Mito.
"...
Libertarianismo
O libertarianismo é o credo político que mais cresce hoje em dia. Antes de julgar e avaliar o libertarianismo, é vitalmente importante descobrir acuradamente o que faz parte da sua doutrina e, mais particularmente, o que não faz. É especialmente importante clarificar algumas concepções errôneas sobre o libertarianismo, mantidas principalmente por conservadores. Nesse ensaio, irei enumerar e analisar criticamente os mitos mais comuns que são imputados ao libertarianismo. Quando esses mitos forem esclarecidos, as pessoas irão então poder discutir o libertarianismo livre de mitos e concepções rudes, e lidar com ele corretamente, de acordo com seus méritos ou deméritos.
MITO #1: LIBERTÁRIOS ACREDITAM QUE CADA INDIVÍDUO É UM ÁTOMO ISOLADO E HERMETICAMENTE FECHADO, QUE AGE EM UM VÁCUO SEM INFLUENCIAR UNS AOS OUTROS.
Essa é uma caricatura comum, embora seja extremamente enigmática. Após toda uma vida lendo literatura libertária e liberal clássica, nunca me deparei com um único teórico ou escritor que sequer chegue perto dessa postura.
A única possível exceção talvez seja o fanático Max Stirner, um individualista alemão de meados do século XIX que, no entanto, teve influência mínima no libertarianismo da época e desde então. Ademais, Stirner, com sua explícita filosofia de "o poder faz o certo" e seu repúdio a todos os princípios morais, inclusive os direitos individuais, como sendo "fantasmas na cabeça", dificilmente o qualificam como um libertário em qualquer sentido do termo. Com exceção de Stirner, entretanto, não há nenhum corpo de opiniões que seja sequer remotamente semelhante a essa acusação comum.
Libertários certamente são individualistas metodológicos e políticos. Eles acreditam que somente indivíduos - e não o coletivo - pensam, valoram, agem e escolhem. Eles acreditam que cada indivíduo tem o direito de ser dono de seu próprio corpo, livre de quaisquer interferências coercivas. Mas nenhum individualista nega que as pessoas influenciam constantemente umas às outras em seus objetivos, valorações, buscas e ocupações.
Como F.A. Hayek demonstrou em seu notável artigo The Non-Sequitur of the 'Dependence Effect', o ataque feito por John Kenneth Galbraith à economia de livre mercado em seu best seller A Sociedade Afluente baseava-se na seguinte proposição: a ciência econômica assume que cada indivíduo define por conta própria sua escala de valores, sem estar sujeito à influência de ninguém mais. Porém, como Hayek retrucou, a realidade é oposta: a maioria das pessoas não cria suas próprias valorações, porém elas são influenciadas por outras pessoas a adotá-las.[1]
Nenhum individualista ou libertário nega que as pessoas estão influenciando umas às outras a todo o momento, e certamente não há nada de errado com esse processo inevitável. Os libertários não se opõem à persuasão voluntária; eles se opõem sim à imposição coerciva de valores pelo uso da força e do poder policial. Os libertários de modo algum se opõem à cooperação voluntária e à colaboração entre indivíduos: somente à pseudo-"cooperação" compulsória imposta pelo estado.
MITO #2: LIBERTÁRIOS SÃO LIBERTINOS: ELES SÃO HEDONISTAS QUE ANSEIAM POR "ESTILOS DE VIDA ALTERNATIVOS".
Esse mito foi apresentado por Irving Kristol (o fundador do neoconservadorismo), que identificou a ética libertária com o "hedonismo" e afirmou que os libertários "veneram catálogos de grifes e modas, bem como todos os 'estilos de vida alternativos' que a riqueza capitalista lhes permite escolher".[2]
O fato é que o libertarianismo não é e nem pretende ser uma teoria estética ou moral completa; ela é apenas uma teoria política - que é o importante subconjunto da teoria moral que lida com a função apropriada da violência na vida social.
Teoria política lida com aquilo que é adequado ou inadequado para o governo fazer, e o governo é um ente distinto de todos os outros grupos da sociedade por ser a instituição que detém o monopólio da violência organizada. O libertarianismo afirma que a única função adequada da violência é defender o indivíduo e a propriedade contra a violência iniciada por terceiros, e que qualquer uso da violência que vá além dessa legítima defesa é por si só agressiva, injusta e criminosa. O libertarianismo, portanto, é uma teoria que afirma que todos os indivíduos devem estar imunes a qualquer usurpação violenta, e devem ser livres para fazer o que acharem melhor, desde que não transgridam a pessoa ou a propriedade de terceiros. O que uma pessoa faz com sua vida é algo vital e importante, mas é simplesmente irrelevante para o libertarianismo.
Não deve ser surpresa, portanto, que haja libertários que de fato são hedonistas e devotos de estilos de vida alternativos, e que também haja libertários que são firmes partidários da moralidade convencional "burguesa" ou religiosa. Existem libertários libertinos e existem libertários que aderem firmemente às disciplinas das leis naturais e religiosas. Existem também outros libertários que não têm teoria moral alguma além do imperativo da não violação dos direitos alheios. Isso é porque o libertarianismo per se não possui uma teoria moral que seja geral ou pessoal.
O libertarianismo não oferece um estilo de vida; ele oferece liberdade, de modo que cada pessoa é livre para adotar - e agir de acordo com - seus próprios valores e princípios morais. Os libertários concordam com Lord Acton quanto este diz que "a liberdade é o maior fim político" - embora não seja necessariamente o maior fim na escala pessoal de valores de cada um.
Entretanto, não há dúvidas quanto ao fato de que o subconjunto de libertários que são economistas livre-mercadistas tende a se deleitar quando o livre mercado leva a uma vasta e diversificada oferta de opções para os consumidores, consequentemente aumentando seu padrão de vida. Inquestionavelmente, a ideia de que a prosperidade é melhor do que a pobreza opressiva é uma proposição moral, e ela adentra o âmbito da teoria geral da moralidade - mas essa ainda não é uma proposição da qual eu esteja disposto a fazer apologia.
MITO #3: LIBERTÁRIOS NÃO CREEM EM PRINCÍPIOS MORAIS; ELES SE LIMITAM A ANÁLISES DE CUSTO-BENEFÍCIO NA CRENÇA DE QUE O HOMEM É SEMPRE RACIONAL.
Esse mito obviamente está relacionado à precedente acusação de hedonismo, e parte dela pode ser respondida da mesma maneira. De fato existem libertários, principalmente economistas da escola de Chicago, que se recusam a acreditar que a liberdade e os direitos individuais sejam princípios morais, e que, ao invés disso, tentam defender políticas públicas por meio de uma ponderação entre supostos custos e benefícios sociais.
Em primeiro lugar, a maioria dos libertários é "subjetivista" em termos econômicos, isto é, eles creem que as utilidades e os custos que cada bem gera para diferentes indivíduos não podem ser adicionados ou mensurados - como faz a economia neoclássica. Assim, o próprio conceito de custos e benefícios sociais é ilegítimo. Mas, ainda mais importante, a maioria dos libertários baseia seus argumentos em princípios morais, na crença de que cada indivíduo possui direitos naturais sobre sua pessoa e sobre sua propriedade honestamente adquirida. Eles, portanto, acreditam na absoluta imoralidade da violência agressiva e na absoluta imoralidade do ataque a esses direitos naturais ao próprio corpo ou à propriedade, independentemente de qual pessoa ou grupo cometa tal violência.
Longe de serem imorais, os libertários simplesmente aplicam uma ética humana universal ao governo da mesma forma que quase todos os indivíduos aplicariam tal ética para todas as outras pessoas ou instituições da sociedade. Em particular, como já observei anteriormente, o libertarianismo, como uma filosofia política que lida com o papel adequado da violência, utiliza a mesma ética universal que a maioria de nós adota em relação à violência e a aplica destemida e indistintamente para o governo.
Assim, longe de serem indiferentes ou hostis aos princípios morais, os libertários são o único grupo disposto a estender esses princípios uniformemente para o próprio governo.[3]
É verdade que os libertários permitiriam que cada indivíduo escolhesse seus valores e agissem de acordo com eles, e consentiriam a cada pessoa o direito de ser moral ou imoral como ela quisesse. O libertarianismo se opõe ferrenhamente à imposição de qualquer credo moral sobre qualquer pessoa ou grupo pelo uso da violência - exceto, é claro, a proibição moral contra a violência agressiva. Mas deve ser entendido que nenhuma ação pode ser considerada virtuosa a menos que ela seja empreendida livremente, de acordo com o consentimento voluntário do indivíduo.
Como disse Frank Meyer:
Os homens não podem ser forçados a ser livres, e tampouco podem ser forçados a serem virtuosos. Até um certo ponto, é verdade, eles podem ser forçados a agir como se fossem virtuosos. Mas virtude é o fruto da liberdade bem usada. E nenhum ato que seja em parte coagido pode partilhar de virtude - ou de vício.[4]
Se uma pessoa é forçada por meio de violência ou da ameaça de violência a realizar uma determinada ação, então não mais está havendo uma escolha moral de sua parte. Uma ação é moral apenas quando ela é livremente efetuada; uma ação dificilmente pode ser classificada como moral se alguém é obrigado a realizá-la sob a mira de uma arma.
Obrigar ações morais ou proibir ações imorais, portanto, não é algo que irá fomentar a difusão de moralidade ou virtude. Pelo contrário, a coerção atrofia a moralidade, pois ela retira do indivíduo a liberdade de ser moral ou imoral, e, portanto, priva forçosamente as pessoas da chance de serem morais. Assim, paradoxalmente, uma moralidade compulsória rouba de nós a própria oportunidade de sermos morais.
Ademais, é particularmente grotesco colocarmos a guarda da moralidade nas mãos do aparato estatal - isto é, da organização de policiais, soldados e demais agentes estatais. Colocar o estado no controle dos princípios morais é o equivalente a colocar a proverbial raposa no controle do galinheiro.
Não importa o que mais possamos dizer deles, os controladores da violência organizada na sociedade jamais se distinguiram pelo seu alto temperamento moral ou pela precisão com que defendem e preservam princípios morais.
MITO #4: O LIBERTARIANISMO É ATEÍSTA E MATERIALISTA, E NEGLIGENCIA O LADO ESPIRITUAL DA VIDA.
Não há nenhuma conexão decisiva entre a posição religiosa de uma pessoa e o fato de ela ser a favor ou contra o libertarianismo. É verdade que muitos, senão a maioria, dos libertários são ateus, mas isso está correlacionado ao fato de que a maioria dos intelectuais, das mais variadas convicções políticas, são também ateus.
Existem muitos libertários que são teístas, judeus ou cristãos. Entre os liberais clássicos - os ancestrais do moderno libertarianismo em uma época mais religiosa - havia uma miríade de cristãos: de John Lilburne, Roger Williams, Anne Hutchinson e John Locke no século XVII, até Cobden e Bright, Frédéric Bastiat e os liberais laissez-faire franceses, e o grande Lord Acton.
Os libertários acreditam que a liberdade é um direito natural dentro de um conjunto de leis naturais que determinam o que é correto e justo para a humanidade, de acordo com a natureza do homem. De onde vem esse conjunto de leis naturais - se puramente natural ou originado por um criador - é uma questão ontológica importante, porém irrelevante para a filosofia social ou política.
Como o padre Thomas Davitt declarou: "Se a palavra 'natural' tem algum significado, este se refere à natureza do homem; e quando utilizada conjuntamente com 'lei', 'natural' se refere a uma ordem que é manifestada nas propensões naturais de um homem, e nada mais. Por conseguinte, entendida por si própria, não há nada de religioso ou teológico na 'Lei Natural' de São Tomás de Aquino"[5]
Ou, como escreveu D'Entrèves sobre o jurista protestante holandês Hugo Grócio:
Sua [de Grócio] definição de lei natural não tem nada de revolucionária. Quando ele afirma que a lei natural é aquele corpo de regras que o homem é capaz de descobrir pelo uso da razão, ele nada mais faz do que reformular a noção escolástica de que a ética possui uma fundação racional. Com efeito, seu objetivo é na verdade restaurar aquela noção que foi abalada pelo extremo augustinismo de certas correntes protestantes. Quando ele declara que essas regras são válidas por si próprias, independentemente do fato de Deus tê-las determinado, ele está repetindo uma declaração que já havia sido feita por alguns dos escolásticos...[6]
O libertarianismo tem sido acusado de ignorar a natureza espiritual do homem. Mas pode-se facilmente chegar ao libertarianismo partindo-se de uma posição religiosa ou cristã: enfatizando a importância do indivíduo, de sua liberdade de escolha, dos direitos naturais e da propriedade privada. Entretanto, também é possível chegar a todas essas mesmas posições utilizando uma abordagem secular e baseada nas leis naturais, pela convicção de que o homem pode chegar a uma compreensão racional da lei natural.
Ademais, em termos históricos, não está nem um pouco claro que a religião fornece uma base mais firme para conclusões libertárias do que a lei natural secular. Como Karl Wittfogel nos relembrou em seu livro Oriental Despotism, a união entre trono e altar tem sido utilizada por séculos para consolidar um reinado de despotismo sobre a sociedade.[7]
Historicamente, a união entre estado e igreja foi em várias ocasiões uma coalizão que se reforça mutuamente em prol da tirania. O estado utilizou a igreja para santificar e pregar obediência à sua autoridade supostamente sancionada pelo Divino; a igreja utilizou o estado para obter renda e privilégio.
Os anabatistas coletivizaram e tiranizaram a cidade de Münster em nome da religião cristã.[8]
E, já perto do século XX, o socialismo cristão e o evangelho social [movimento intelectual protestante, mais eminente em fins do século XIX e início do XX, que aplicava a ética cristã a problemas sociais, especialmente justiça, desigualdade, alcoolismo, criminalidade, tensões raciais, favelas, falta de higiene, trabalho infantil, sindicatos, escolas] tiveram papel fundamental na caminhada rumo ao estatismo. O papel apologético da Igreja Ortodoxa na Rússia soviética ficou demasiado claro. Alguns bispos católicos na América Latina já até mesmo proclamaram que o único caminho para o Reino do Céu é através do marxismo. E, se eu quisesse ser maldoso, poderia dizer que o reverendo Jim Jones, além de ser um leninista, também proclamava ser a reencarnação de Jesus.
Ademais, agora que o socialismo já fracassou de maneira fragorosa, tanto politicamente quanto economicamente, os socialistas recuaram e passaram a utilizar argumentos "morais" e "espirituais" como última linha de defesa para sua causa. O economista socialista Robert Heilbroner, ao argumentar que o socialismo terá de ser coercivo e terá de impor uma "moralidade coletiva" sobre o público, opina que: "A cultura burguesa está focada na conquista material do indivíduo. A cultura socialista, por sua vez, deve se concentrar na sua conquista moral ou espiritual."
Deve ser notado aqui que o socialismo se torna especialmente despótico quando se propõe a substituir os incentivos "econômicos" ou "materiais" por incentivos supostamente "morais" ou "espirituais"; quando ele simula estar promovendo uma indefinida "qualidade de vida" ao invés da prosperidade econômica.
Quando o pagamento de um salário é feito de acordo com a produtividade, há uma liberdade consideravelmente maior, bem como um maior padrão de vida. Porém, quando a dependência é colocada unicamente na devoção altruísta à pátria-mãe socialista, essa devoção tem de ser regularmente garantida e reforçada pelo chicote. Uma ênfase crescente no incentivo material ao indivíduo significa uma ênfase maior na propriedade privada e no direito de se manter aquilo que se obteve por meio do trabalho, e traz consigo uma liberdade pessoal consideravelmente maior, como visto na Iugoslávia em contraste com a Rússia soviética.
O despotismo mais horripilante já visto sobre a face da terra nos últimos anos foi indubitavelmente aquele ocorrido no Camboja sob a ditadura comunista de Pol Pot, na qual o "materialismo" foi suprimido de tal modo que até o dinheiro foi abolido pelo regime. Com o dinheiro e a propriedade privada abolidos, cada indivíduo tornou-se totalmente dependente das doações de alimentos racionados pelo estado; e a vida tornou-se um inferno absoluto. Devemos ter cuidado antes de desdenharmos objetivos ou incentivos "meramente materiais".
A acusação de "materialismo" dirigida contra o livre mercado ignora o fato de que toda e qualquer ação humana envolve a transformação de objetos materiais pelo uso da energia humana e em conformidade com as ideias e propósitos dos agentes. É impermissível separar o "mental" ou o "espiritual" do "material".
Todas as grandes obras de arte, todas as grandes emanações do espírito humano, tiveram de empregar objetos materiais: fossem eles telas, pinceis e tinta, papel e instrumentos musicais, ou tijolos, lajes e materiais de construção para igrejas. Não há nenhuma divisão entre o "espiritual" e o "material"; portanto, qualquer despotismo e interferência sobre o material irá também debilitar o espiritual.
MITO #5: OS LIBERTÁRIOS SÃO UTÓPICOS QUE ACREDITAM QUE TODAS AS PESSOAS SÃO BOAS, E QUE, PORTANTO, O CONTROLE ESTATAL NÃO É NECESSÁRIO.
Os conservadores tendem a afirmar que, considerando-se que a natureza humana é parcialmente ou totalmente perversa, uma forte regulação estatal torna-se necessária para a sociedade.
Essa é uma crença muito comum a respeito dos libertários, embora seja difícil saber a origem desse mito. Rousseau, o locus classicus da ideia de que o homem é naturalmente bom mas acaba sendo corrompido pelas instituições, dificilmente era um libertário. Exceto os escritos românticos de alguns poucos anarco-comunistas, os quais eu não consideraria libertários de modo algum, não conheço nenhum libertário ou liberal clássico que tenha apresentado essa visão.
Ao contrário, a maioria dos escritores libertários argumenta que o homem é uma mistura de bem e mal, e que, portanto, é importante que instituições sociais estimulem o bem e desencorajem o mal. O estado é a única instituição social que obtém sua renda e riqueza fazendo uso da coerção; todas as outras precisam vender um produto ou serviço para seus clientes ou, no máximo, receber doações voluntárias. E o estado é a única instituição que pode utilizar as receitas obtidas desse roubo organizado para se arvorar o direito de controlar e regular a vida e a propriedade das pessoas. Consequentemente, a instituição estado estabelece um canal socialmente sancionado e legitimado para que pessoas más façam coisas ruins, cometam roubos regularizados e exerçam poderes ditatoriais.
O estatismo, por conseguinte, estimula o mal - ou ao menos os elementos criminosos da natureza humana. Como Frank H. Knight vigorosamente colocou: "A probabilidade de as pessoas que estão no poder serem indivíduos que não gostariam de possuir e exercer esse poder é a mesma de uma pessoa extremamente sensível e bondosa aceitar a função de açoitar escravos em um campo de trabalhos forçados."[9]
Uma sociedade livre, ao não estabelecer esse canal de roubo e tirania legitimados, desencoraja as tendências criminosas da natureza humana e estimula as pacíficas e voluntárias. A liberdade e o livre mercado desestimulam a agressão e a coerção, e encorajam a harmonia e o benefício mútuo das trocas interpessoais voluntárias - econômica, social e culturalmente.
Dado que um sistema de liberdade iria estimular o voluntarismo e desencorajar a malfeitoria, além de remover o único canal que legitima o crime e a agressão, seria factível esperarmos que uma sociedade livre fosse de fato sofrer menos com crimes violentos e agressões, embora não haja justificativas para supormos que ambos iriam desaparecer por completo. Isso não é utopia, mas sim uma implicação lógica de uma mudança naquele sistema que hoje é considerado socialmente legítimo, e de uma mudança também na estrutura de premiação e punição da sociedade.
Podemos abordar essa nossa tese por outro ângulo. Se todos os homens fossem bons e nenhum possuísse tendências criminosas, então não haveria nenhuma necessidade de termos um estado, como os próprios conservadores admitem. Porém, se, por outro lado, todos os homens fossem maus, então o argumento em defesa do estado seria igualmente fraco, já que não haveria motivo algum para imaginar que aqueles homens que formariam o governo, e que estariam em posse de todas as armas e de todo o poder para coagir a população, seriam magicamente imunes a toda a ruindade inerente às outras pessoas que ficaram de fora do governo.
Thomas Paine, um libertário clássico frequentemente tido como ingenuamente otimista em relação à natureza humana, retrucou esse argumento pró-estado dos conservadores da seguinte maneira: "Se toda a natureza humana é corrupta, seria insensato reforçar a corrupção estabelecendo-se uma sucessão de reis, os quais por mais vis que venham a ser, ainda terão de ser obedecidos..." Paine acrescenta que "NENHUM homem, desde o pecado original, mostrou-se digno da confiança de ser dotado de poder sobre todos ou outros."[10]
E como o libertário F. A. Harper certa vez escreveu:
Ainda utilizando o mesmo princípio de que o controle político deveria ser empregado na mesma proporção do grau de maldade do homem, teríamos então uma sociedade na qual se faria necessário o completo controle político sobre todas as questões íntimas de cada indivíduo... Um homem iria mandar em todos. Mas quem seria o ditador? Não importa como ele viesse a ser selecionado e colocado no trono político, ele certamente seria uma pessoa maléfica, uma vez que todos os homens são maus. E essa sociedade seria então regida por um ditador totalmente perverso, dotado de um poder político total. E como, em nome da lógica, poderia disso resultar algo que não fosse a mais completa perversidade? Como é possível crer que tal arranjo seria melhor do que não ter absolutamente governo nenhum nessa sociedade?[11]
Finalmente, dado que, como já vimos, os homens são na realidade uma mistura de bem e mal, um regime de liberdade serve para estimular o bem e desencorajar o mal - pelo menos no sentido de que o voluntário e o mutuamente benéfico são bons e o criminoso é mau. Portanto, em absolutamente nenhuma teoria sobre a natureza humana - seja ela uma teoria sobre a bondade, a ruindade, ou uma mistura de ambas -, pode o estatismo ser justificado.
No decurso de seu esforço em negar que era um conservador, o liberal clássico F.A. Hayek disse que: "O principal mérito do individualismo [o qual Adam Smith e seus contemporâneos propugnavam] é ser um sistema sob o qual os homens maus causam danos mínimos. É um sistema social cujo funcionamento não depende da necessidade de encontrarmos bons homens para geri-lo, ou de todos os homens terem de ser melhores do que são hoje; é apenas um sistema que faz bom uso de todas as variedades e complexidades encontradas nos homens..."[12]
É importante observar o que diferencia os libertários dos utopistas, no sentido pejorativo. O libertarianismo não tem a intenção de remodelar a natureza humana. Já um dos principais objetivos do socialismo é criar - o que na prática implica métodos totalitários - um novo homem socialista, um indivíduo cuja maior meta será trabalhar diligentemente e altruisticamente para o coletivo.
O libertarianismo é uma filosofia política que diz que, dada qualquer natureza humana existente, a liberdade é o único sistema político moral possível, além de ser o mais eficaz.
Obviamente, o libertarianismo - bem como qualquer outro sistema social - irá funcionar melhor quanto mais pacíficos e menos criminosos e agressivos forem os indivíduos. E os libertários, em conjunto com a maioria das outras pessoas, gostariam de alcançar um mundo em que há muito mais indivíduos bons do que criminosos. Mas essa não é a doutrina do libertarianismo per se, a qual diz que, independente de qual seja a composição da natureza do homem a qualquer época, a liberdade é a melhor solução.
MITO #6: OS LIBERTÁRIOS ACREDITAM QUE CADA PESSOA SABE MELHOR DO QUE NINGUÉM QUAIS SÃO SEUS PRÓPRIOS INTERESSES
Assim como a crítica anterior afirma que os libertários acreditam que todos os homens são perfeitamente benevolentes, este mito acusa-os de acreditar que todos são perfeitamente sábios. Entretanto, como isso obviamente não verdade, a suposição automática é a de que o estado deve intervir.
Porém, da mesma forma que o libertário não crê na perfeita benevolência, ele também não pressupõe a perfeita sabedoria. Há um certo senso comum ao se afirmar que, em sua grande maioria, um indivíduo está melhor informado sobre suas próprias necessidades e objetivos do que terceiros em relação a ele próprio. Mas não há qualquer motivo para se supor que todo mundo sempre sabe o que é melhor para si próprio. Ao contrário, o libertarianismo afirma que cada indivíduo deveria ter o direito de buscar seus próprios interesses da maneira que julgar melhor. O que está sendo defendido é o direito de cada um agir segundo sua própria pessoa e utilizando a sua propriedade; não se está necessariamente defendendo a sabedoria de tal atitude.
Também é verdade, entretanto, que o livre mercado - em contraste com o governo - possui mecanismos intrínsecos que permitem que as pessoas sejam livres para procurar especialistas que possam lhes dar sólidos conselhos sobre como melhor buscar seus próprios interesses. Como já vimos antes, indivíduos livres não estão hermeticamente isolados uns dos outros; e, no livre mercado, qualquer indivíduo, quando em dúvida sobre quais podem ser seus reais interesses, é livre para contratar ou consultar especialistas que possam lhes dar conselhos baseados em seus conhecimentos possivelmente superiores. O indivíduo pode contratar tais especialistas e, no livre mercado, pode continuamente testar a solidez e a eficácia de seus conselhos.
No mercado, portanto, os indivíduos tendem a favorecer aqueles especialistas cujos conselhos são comprovadamente os mais bem sucedidos. Bons médicos, advogados ou arquitetos serão recompensados no livre mercado, ao passo que os medíocres serão mal sucedidos. Porém, quando o governo intervém, os especialistas estatais (burocratas) adquirem suas receitas por meio de tributos compulsórios sobre os cidadãos indefesos. Não há um genuíno teste de mercado para mensurar o sucesso dos conselhos dados por esses burocratas às pessoas. Eles, os burocratas, precisam apenas ter a habilidade de adquirir o apoio político da máquina de coerção estatal.
Assim, o especialista contratado por meios privados irá prosperar proporcionalmente à sua qualidade, ao passo que um burocrata do governo irá prosperar proporcionalmente à sua capacidade de bajular políticos. Ademais, esse burocrata estatal não será mais virtuoso que o especialista privado; sua única habilidade superior está em saber como ganhar favores daqueles que possuem poder político. Porém, a diferença crucial entre ambos é que o especialista privado tem todos os incentivos pecuniários para se preocupar com seus clientes ou pacientes, e fazer o seu melhor por eles. Já o burocrata estatal não possui esse incentivo; ele obtém sua receita de um jeito ou de outro, independente dos resultados. Consequentemente, o indivíduo consumidor será melhor atendido no livre mercado.
CONCLUSÃO
Espero que esse ensaio tenha ajudado a esclarecer e remover o entulho de mitos e falsos juízos sobre o libertarianismo. Os conservadores e todo o resto deveriam educadamente ser informados de que os libertários não creem que todas as pessoas são boas, nem que todas são extremamente iluminadas quanto aos seus próprios interesses, nem que cada indivíduo é um átomo isolado e hermeticamente fechado. Os libertários não são necessariamente libertinos ou hedonistas, tampouco são necessariamente ateus; e, principalmente, os libertários acreditam enfaticamente em princípios morais.
O autor
Marcello Mazzilli é um produtor e diretor de audiovisual. Ele é um dos fundadores do Movimento Libertário italiano e um atuante ativista político libertário. É também o autor de L'isola, um romance sobre uma ilha libertária fictícia, publicado inteiramente no Facebook. http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=434
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O MITO DO ESTADO PARTE II
O mito do estado
A propriedade advém do trabalho acumulado seja pela primeira apropriação, e pela herança. Esta ultima muito criticada pelos defensores do igualitarismo coletivista por não entender que na acumulação do saber, do entendimento e do conhecimento enquanto epistemologia processual que perpassa o seu próprio espaço tempo.
O trabalho Possui valor inerente ao esforço que incorpora bens para futuras gerações. O valor agregado do trabalho por conseguinte, traz o próprio nível de conforto advindo do progresso científico e tecnológico da nossa civilização. Esta teve como raiz de seu progresso; A liberdade na propriedade privada e a liberdade do indivíduo em gerir o esforço do seu próprio labor .
O Mito Estado solta grunhidos verborragicos proclamando a liberdade dentro da igualdade. Buscando desta forma ser adorado em sua tirania de déspota. Moloch anseia em ter o fruto do esforço laboral de seus súditos.
Uma sociedade livre deve ser compreendida por inúmeras oportunidades de trabalho a disposição .O sujeito Não satisfeito com a atividade. Deve pois encontrar um outro. É o fim de trabalhar décadas se lamuriando do serviço e prestando péssimo atendimento. Em um ambiente de livre mercado deve haver a otimização entre oferta e demanda. Uma realidade de pleno emprego exige um alto grau de educação profissional capaz de suprir as exigências de um ambiente competitivo.
Hoje o Brasil destina mais de 5% do PIB para esta finalidade. Isto é muito recurso que infelizmente não chega as instituições, nem aos docentes. Mas afaga o estômago do Mito Estado que já gordo ainda é empanturrado por bajuladores e tantos tributos.
A violência a propriedade privada citando a prática da reforma agrária socialista e confiscatória. É fato comprovado que historicamente suas consequências desencadearam a tirania D o uso da violência das desapropriações e conseqüentemente a escravidão do campo. Tornando áreas produtivas em favelas rurais. Vide as fazendas coletivas oriundas do Stalinismo e das comunas Chinesas. A Reforma Agrária socialista confiscatória trouxe a fome fratricida da Ucrânia na década de 30 ,hoje na Coreia Do Norte e alhures.
Socialismo ou o "Estado de Bem Estar Social” dos sociais democratas e esquerdistas "champanhes" como são denominados os bajuladores "light", do Moloch. O excesso de planejamento do Mito Estado conduz inexoravelmente para a planificação da reengenharia social. Nela o indivíduo se torna o nada. Será eliminado em nome de uma fugaz felicidade enjaulada e coletiva imaginada por uma elite de ideólogos facínoras.
A grande maioria das terras devolutas são pertencentes ao próprio Leviatã agora citando Hobbes. Deste ninguém ousa fala em desapropriar. Inclusive o "Leviatã", proíbe sua desapropriação mesmo em nome da eufemística função social. A reforma Agraria visa apenas às terras particulares já aradas. Para eliminar as garantias individuais ainda remanescentes.
Igualdade é inversamente proporcional à liberdade individual. Não existe criatividade, pioneirismo, investimento, emprendedorismo, meritocracia, iniciativa, oferta e demanda em um regime de igualdade. Só pasto para rebanho como imaginado pelos ideólogos sacerdotes de Moloch. A massa será moldada de acordo com seus delírios perversos. Para este complô igualitário, se faz necessário o controle da imprensa e da mídia em todas as suas formas. Além do incentivo pela propaganda da delação premiada seja a de familiares ou de vizinhos. A caça as bruxas então solta. “Kraken”, o monstro mitológico grego que devora tudo e todos por fim a seus próprios filhos.
É inegável que a civilização ocidental conseguiu maior avanço cientifico e desenvolvimento tecnológico, qualidade de vida em todas as suas matizes, melhor índice de desenvolvimento humano, pois foi justamente a civilização que obteve maior grau em suas liberdades individuais que propiciaram, por sua vez, este mesmo progresso. Filosofia Na Grécia, Escolarização e disciplina militar em Roma, antibióticos , anestésicos, astronomia; satélites espaciais. Engenharia, Sociologia, Física, Matemática, Química, enfim tudo que conhecemos no mundo definido como civilizado. Isto se deve a uma única verdade evidente: A liberdade criadora do Homem Ocidental que soube por meio da resistência ao culto do Mito Estado e de inúmeras lutas cotidianas. Empreender mantendo seu grau de liberdade necessária ao processo civilizador.
A própria noção de propriedade nasceu nas civilizações ocidentais e se edificou na Revolução Gloriosa no século XVII, onde a constituição do parlamento limitou o absolutismo monárquico; Do Rei João Sem Terra. Permitindo anos mais tarde o advento da Revolução Industrial.
Varias nações orientais vítimas da servidão, do seu modo de produção asiático, aliadas ao despotismo de senhores Títeres, da divinização dos déspotas, ainda da submissão a tiranos que verdadeiros mandingueiros subjugam a maioria não instruída integradas em suas crenças religiosas muitas vezes animistas. Ainda hoje sofre no atraso e na bolha econômica da corrupção e na estagnação típicas de nações que cultuam o Mito Estado.
A América latina depois de décadas de hiperinflação, se perde na dívida pública, nos discursos de um nacionalismo demagógico e de um ufanismo proxeneta tipicamente estatista com vetores anacrônicos de um socialismo bolivariano. Como se em pleno período de globalização solução seria o isolacionismo das reservas de mercado. Colocam o desenvolvimentismo nacional em uma bolha xenófoba e burra.
Não havendo trocas consentidas, pacíficas e voluntárias de insumos, produtos e principalmente de conhecimento. Negando valorizar a troca de informações com nações de maior capital humano. A nação então desanda para a bancarrota do desabastecimento. O Mito irá buscar filhos para devorar. Mas o parasita não irá sobreviver a morte de seu hospedeiro. Por fim a economia destrói o Mito.
CHEGA DE CATEGORIZAR INDIVÍDOUS
BASTA DE CATEGORIZAR INDIVÍDUOS
O erro em categorizar indivíduos nasce das ideologias, que são construções teóricas que se baseiam em outras teorias e não na experiência científica do método formal e da prática empírica de como as coisas se realizam ipso facto. E das religiões que categorizam os indivíduos em fies e infíes, santos e pecadores. Entretanto o pecado é um atributo individual e não coletivo. Apenas o estado pode de forma coercitiva forçar a grande massa ao erro coletivo.
As ideologias classificam os indivíduos em raças, classes sociais os definindo como um corpo único que possui comportamentos previsíveis que podem ser controlados por uma política de planejamento. Nasce daí a engenharia social e o totalitarismo.Um judeu pode nascer em uma família judia e ser ateu como o próprio Marx, outro pode ser um burguês e viver como proletário. Cada um vive como quer, bastante contrario do que os coletivistas acreditam.
Não foi isso o que achou o Nazismo ao colocar todos os judeus em campos de concentração e Stalin ao colocar todos os intelectuais e burgueses nos Gulags, muito bem definido pelo exilado russo Alexander Soljenitsin em seu livro “arquipélago Gulag”. O individuo passou a ser julgado pela raça, pela classe ou pela religião. Não foi de forma ingênua que Sigmund Freud foi banido da União Soviética, pois foi um dos primeiros a analisar o individuo, enquanto universo holístico de um microcosmo.Mesmo que fossem julgados enquanto indivíduos não mereciam esse destino.
Não foi sem motivo que as nações ocidentais conseguiram maior grau de desenvolvimento em relação aos seus vizinhos africanos e orientais. Conseguiram se apropriar das boas heranças dessas nações e difundir para o mundo sua sabedoria, pois contavam com maior grau de liberdade individual que não existia nos países orientais que tinham adoração aos seus lideres tidos como Deuses despóticos. Basta ver o livro, historia antiga, de Fustel de Colanges que relata o clima de liberdade que se vivia no paganismo romano, inclusive dotado de arcabouço jurídico.
Durou ainda a fase do império com seus loucos tiranos e conseqüentemente queda pelas invasões bárbaras. O oriente também cresceu quando o ocidente parou ao advir à limitação da criatividade pela teocracia da Católica na chamada Idade Média. Cresceu a astronomia e a matemática, por sua vez, nos países árabes...
Hoje na ambiente acadêmico ainda assistimos discursos baseado na luta de classes ou na demonização do homem ocidental. Chama de roubo a apropriação do ocidente do que havia de bom no oriente (chega a ser ridículo). Categorizam o ser humano em rótulos, onde pessoas são avaliados pela classe, pela cor e não pelo fato de serem, pessoas humanas individuais dotadas de emoção, sentimentos e idéias. Não somo robôs autônomos, somos pessoas!
CUIDADO COM A BANALIZAÇÃO DO MAL, POIS COLETIVISMO É ESCRAVIDÃO !
Prof Daniel Rocha.
LIBERTÁRIO
LIBERTÁRIO
"NINGUÉM TEM O DIREITO DE LHE DIZER O QUE DEVE OU NÃO SER FEITO. AS ESCOLHAS SÃO SUAS. VOCÊ IRÁ ASSUMIR COM MAIOR SATISFAÇÃO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS". ISTO NÃO TEM PREÇO !
"NINGUÉM TEM O DIREITO DE LHE DIZER O QUE DEVE OU NÃO SER FEITO. AS ESCOLHAS SÃO SUAS. VOCÊ IRÁ ASSUMIR COM MAIOR SATISFAÇÃO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS". ISTO NÃO TEM PREÇO !
O MITO DO ESTADO
“Se o governo significa, a cada ato e a cada transação ser notado, registrado, matriculado, taxado, rotulado, medido, numerado, avaliado, habilitado, autorizado, admoestado, proibido, emendado, corrigido, punido. E sob o pretexto da utilidade publica e em nome do interesse geral, ser posto na condição de contribuinte, instruído, redimido, explorado, monopolizado, coagido, espremido, mistificado, roubado; então, a primeira palavra de reclamação, ser reprimido, multado, desprezado, assediado, perseguido, afrontado, golpeado, desarmado, asfixiado, aprisionado, julgado, condenado, fuzilado, deportado, sacrificado, vendido, traído, e, para coroar isso tudo, ridicularizado, ultrajado e desonrado.” PROUDHON, Pierre- Joseph.
Para iniciar é importante diferenciar dois termos que serão muito citados ao longo desta missiva. O sujeito Estado aqui quando fitado terá teu significado clássico baseado na divisão tripartiste de Montesquieu e finalidade definida por outro pensador do iluminismo John Locke. " o de proteger a liberdade e a propriedade" Sendo inclusive defendido por este que é dever do cidadão derrubar o governo quando este se tornar tirânico. Outro conceito é o do Estado Mito que se configura pela crença adamantina. Intolerante de que este "deus" irá redimir os problemas sócias e de que só ele será capaz de trazer a justiça social então idealizada.
O culto ao Mito Estado prefigura toda a definição de seita religiosa; um conjunto de crenças que padronizam comportamentos, baseada na verdade revelada e não empírica, que visa a redenção do indivíduo e o submete a um conjunto de dogmas. Tendo como líderes pessoas carismáticas que prefiguram modelos de santidade a serem seguidos dentro de normas por ele mesmo são interpretadas e ou postuladas.
Acabou a inviabilidade do indivíduo perante o Mito Estado, as palavras do anarquista Proudhon já profetizava o discurso do fim da liberdade. O Mito Estado, quer ser adorado como um Deus Despótico. A Hidra aspira em ser cultuada na prefiguração de uma ideologia ou de mais um mito que categoriza o ser em um amontoado disforme de religiões, raças, classes ou um social qualquer. Magareth Thatcher já afirmava; "Não existe este tal de sociedade, existem indivíduos, homens e mulheres, e existem as famílias." Mas para este ser mítico apenas que interessa é ser retroalimentado. Ele come suas próprias crias como o antigo deus dos amonitas na antiga península arábica. Moloch que sacrificava suas próprias crianças.
O estado fora criado para proteger, dar segurança aos mais frágeis dos organismos; o próprio individuo. John Locke cita baseada no jus naturalismo que antecede o liberalismo clássico que inclusive é dever do individuo lutar contra a tirania e derrubá-lo. Pois o estado deve assegurar as garantias e liberdades individuais sem jamais em nome da segurança ser o ladrão praticante da extorsão do individuo em seus direitos fundamentais. O estado tem como única função parafraseando Ayn Rand; "... Apenas o poder de encarcerar criminososo". Problema surge quando para ampliar o próprio poder ele cria diversas leis e uma insegurança jurídica capaz de trasnformar a maioria dos indivíduos em "criminosos". A vários exemplos como o da tributação excessiva onde além de encarecer tributos objetivando dificultar a quitação do devedor. O "demônio mítico", cria dificuldades e entraves burocráticos até mesmo para se saldar os tributos mesmo com solvência do pagante. Arremessando este a uma infeliz e indesejada criminalidade. O Mito Estado então em nome de uma "segurança" se torna o algoz. Ele é o próprio criminoso.
O Mito Estado desvirtuado de sua finalidade como estado virou um, “Big Brother” Orwelliano, que tudo classifica e tudo ver. Para o nascituro uma certidão, para uma empresa outra, inclusive com inúmeros impostos e taxações. Tudo focado para inibir o espirito criador e empreendedor dando vazão, ao espirito sórdido dos que lucram com o ócio. Os grandes "capitalistas" que se encostam no Mito Estado para obter beneses diversas. Criam preteridos ao mito que o bajulam.
Os seguidores do Moloch, Apenas viciam o processo dinâmico realizado pelo indivíduo que, por iniciativa ou vontade própria, procura identificar, analisar, planear e implementar produtos. Com a ação individual. Pessoas contribuem para o bem comum. Pois a troca voluntária e consentida é algo natural ao indivíduo. O mito estado combate a natureza humana, deseja destruir a ação humana e almeja sua submissão.
Esta criação humana do Mito Estado dificulta o livre mercado, a livre iniciativa. Portanto coroe a meritocracia em um joguete espúrio baseado no clientelismo, no tráfico de influências, corroborando portanto ao advento do socialismo ou como quiser chamar; Capitalismo de estado.
Nem precisa dizer que o Mito possui vários tentáculos que gradualmente através do planejamento da vida privada se torna potencialmente e gradualmente cada vez mais corrupto. O mito Governa baseado no assistencialismo, “ me ajude que eu te ajudo”, no fisiologismo, clientelismo, e na politicagem mais espúria. Quanto mais os devotos do Moloch possuem bajuladores mais ele cresce, e amplia seus tentáculos buscando ampliar seu alcance de poder.
Moloch Cresce de tal forma que hipertrofia. Todos trabalham e vendem para ele. Ele tudo regula. Chega o momento de devorar seus fiéis. Começa a quebradeira de empresas e o desabastecimento. Moloch acusa seus próximos de traição e os devora se cercando de novos bajuladores. Começando então novo ciclo de sua engenharia social.
O mito sabe que ele não irá sobreviver a economia planificada e para se manter como parasita. Ele opera a mutação do seu discurso que no entanto, mantém os mesmos objetivos. Moloch então labora discursos para ser aceito pela opinião pública e para ficar bem na "fita", Defende o ecologismo pseudo científico, crenças esotéricas, uma política indigenista, reparações políticas embasado nos favorecimentos . Visando quebrar com a isonomia de oportunidades, favorecendo uns e discriminando outros tantos. Tudo que o Moloch doa a seus discípulos irá sacrifica de outros. Para depois tirar de seus fiéis efetuando a redistribuição aos noviços de seu culto atendendo a sua vociverada função "social".
Através do diálogo ecumênico O Mito Estado esta medusa maldita, busca aceitação de seus propósitos. Moloch anseia por mais crianças para fome insaciável. Justamente através do diálogo com outras crenças ela perpetra a baldeação ideológica inadvertida. Fato este visto em vários momentos da história. Lapsos em que forças produtivas e da liberdade sucumbiram ao se permitirem olhar a face da demoníaca deusa. Isto foi visto Com o encontro que traria a "paz" entre Neville Chamberlain com Hitler, do esfacelamento do Partido Liberal no Brasil. Hoje estão arrasadas em estátuas de pedra.
Moloch possui a força do carisma aliada ao simplismo e a preguiça intelectual típica dos idiotas lobotomizados. O poder de atração do seu diálogo pode até mesmo baldear ideologicamente pessoas cultas e preguiçosas que anseiam por uma zona de conforto. As vantagens oferecidas ao oponente medíocre são facilmente destronadas pela concentração de esforços de possíveis pontos comuns. Retirando passo a passo resistências dos outros pontos.
Morfeu Utilizando métodos de programação Neurolinguística sujeita o inocente útil a hegemonia do discurso do Mito. A hegemonia cultural do discurso apaga na mente do agora noviço antigas discrepâncias de consciência. Hoje o noviço se torna uma engrenagem do seu novo deus. Ele apenas obedece se metamorfoseou em um burocrata sem individualidade. A banalidade do mal esta em ser um fiel útil que aguarda sua vez de ser devorado pelo seu amado deus Morfeu. Moloch já sente o sabor de mais uma entranha de individualidade a ser devorada.
Todos os mitos Seja Loki, Morfeu,Moloch; Possuem como características de suas personalidades o fato de se transmutarem em seres diferentes. Sempre com o objetivo de baldear pelo diálogo possíveis rivais. Para depois os devorarem. O Mito Estado anseia em impor o domínio cultural da linguagem. Sempre no intuito de subjugar o indivíduo ao coletivo e de arrefecer o direito da propriedade privada. Como observaremos mais abaixo.
O Grande Historiador Richard Edgar Pipes da universidade Harvard em seu livro, “Propriedade e Liberdade”. Deixa claro o que é fundamental dar limite ao tirano. Essa barreira está na instituição da propriedade privada. Ela detém os limites territoriais e naturais ao estado totalitário protegendo a pessoa humana em sua integridade física e espiritual.
O tirano busca varias formas de moldar o individuo seja clamando para a religião ou para as classes. Regulamentando, planificando e passando seu rolo compressor em um verdadeiro, “Caminho da Servidão”, tão bem descrito pelo magnifico, Frederick August Von Hayek. O Mito Estado criado por homens para garantir a sua segurança, a liberdade e a propriedade privada. Começa gradativamente limitando em nome de uma função social, de um "bem" maior as garantias e liberdades individuais. Em nome da segurança o Mito Estado começa a proibir o uso de armas matando seu direito a legitima defesa. Em nome da saúde ele proíbe por exemplo o consumo de carne.
O estado cria o discurso hegemônico de um "politicamente correto" onde, por exemplo, em nome das mulheres feias que se sentem agredidas ele proíbe as mulheres de serem belas, de frequentarem academias ou impõe o uso da burka islâmica. O estado entra nos lares domésticos; planejando, impondo regras de comportamento, e gradualmente vai edificando cercas em torno das liberdades e quando se der conta o indivíduo já esta preso em uma redoma de arame farpado. O estado em sua formatação tem como finalidade assegurar a propriedade privada e as liberdades individuais. O problema é que em nome da perfeição de um conceito abstrato de "bem" ele começa a limitar a liberdade individual, impondo a engenharia social aos indivíduos. Em nome de um coletivo qualquer ele deixa de ser estado e vira o Mito Estado fadado ao fracasso e ao esquecimento como os antigos mitos. Antes de sua derrocada ele deixa seu rastro de sangue como o que deixou no século XX.
Toda violência gerida pelo governo começa primeiro descaracterizando o indivíduo . Ao desconstruir o humano, deshumanizando ele consegue dar fim a empatia pelo próximo. Então esmaga as consciências. O Deus Estado compara o indivíduo a uma classe, raça inferior, mesmo a um animal e em nome de um, "bem", uma ideologia, ele assassina milhões que por algum motivo qualquer são para os seus desígnios um incômodo. Para o Mito os fins sempre justificarão os meios.
Os algozes tem a consciência apagada por se tornarem instrumentos em nome desse "bem", dessa burocracia que sucumbe em nome do dever as consciências individuais. Hannah Arendt cita o conceito da "banalidade do mal", Afirmando sobre ocasião do julgamento do criminoso de guerra; A. Eichmann que foi medíocre e culpado ao permitir que o regime controlasse sua consciência. Pois o que difere os homens dos animais é a capacidade de reflexionar, de pensar. Esta confusão mental imposta aos algozes se confunde também com o medo de se tornarem as próprias vitimas ou de simplesmente de perder o cargo dado pelo Tirano.
Os governos preferem admitir para seus quadros os idiotas, os medíocres pois não são questionadores e problemáticos. Ele deseja animais que obedecem ou melhor não perguntam antes de atirar. O Mito Estado, Por conseguinte, se torna o maior empregador de medíocres e irresponsáveis. O regime então emprega uma turba de incompetentes que em nome da fidelidade ao seu senhor é capaz de aniquilar suas consciências entorpecidas para manter sua zona de conforto, seu quinhão de soldo.
O estado configura a criação de eufemismo, para que a opinião publica aceitem aberrações contra a lei natural permitido então que seus agentes normatizam a vida cotidiana do indivíduo. Tornando-o escravos de forma gradual, em uma engenharia social, muito bem pensado e mal intencionado pelo intelectual Italiano Antônio Gramsci.
Em nome de minorias fazem restrições a liberdade de pensamento, coibindo o humor, a sátira e a critica a determinados grupos lobistas que impõe o terror, o medo à maioria da população que nada pode criticar e satirizar. Pois o cárcere dos algozes aproveita-se de uma legislação que funciona como uma metamorfose ambulante permitindo, por conseguinte; a dubiedade nas interpretações. A insegurança jurídica limita o livre linguajar. O tirano Vigia com seu verdadeiro patrulhamento repressivo à liberdade de expressão.
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