quarta-feira, 19 de outubro de 2016

COMO DEBATER COM UM ESQUERDISTA





 "Ditador Coreano exemplo de esquerdista"

 
Lenin dizia que, quando você tirou do adversário a vontade de lutar, já venceu a briga. Mas, nas modernas condições de “guerra assimétrica”, controlar a opinião pública tornou-se mais decisivo do que alcançar vitórias no campo militar. A regra leninista converte-se portanto automaticamente na técnica da “espiral do silêncio”: agora trata-se de extinguir, na alma do inimigo, não só sua disposição guerreira, mas até sua vontade de argumentar em defesa própria, seu mero impulso de dizer umas tímidas palavrinhas contra o agressor. 

O modo de alcançar esse objetivo é trabalhoso e caro, mas simples em essência: trata-se de atacar a honra do infeliz desde tantos lados, por tantos meios de comunicação diversos e com tamanha variedade de alegações contraditórias, com frequência propositadamente absurdas e farsescas, de tal modo que ele, sentindo a inviabilidade de um debate limpo, acabe preferindo recolher-se ao silêncio. Nesse momento ele se torna politicamente defunto. O mal venceu mais uma batalha. 

A técnica foi experimentada pela primeira vez no século XVIII. Foi tão pesada a carga de invencionices, chacotas, lendas urbanas e arremedos de pesquisa histórico-filológica que se jogou sobre a Igreja Católica, que os padres e teólogos acabaram achando que não valia a pena defender uma instituição venerável contra alegações tão baixas e maliciosas. Resultado: perderam a briga. O contraste entre a virulência, a baixeza, a ubiquidade da propaganda anticatólica e a míngua, a timidez dos discursos de defesa ou contra-ataque, marcou a imagem da época, até hoje, com a fisionomia triunfante dos iluministas e revolucionários. Pior ainda: recobriu-os com a aura de uma superioridade intelectual que, no fim das contas, não possuíam de maneira alguma. A Igreja continuou ensinando, curando as almas, amparando os pobres, socorrendo os doentes, produzindo santos e mártires, mas foi como se nada disso tivesse acontecido. Para vocês fazerem uma ideia do poder entorpecente da “espiral do silêncio”, basta notar que, durante aquele período, uma só organização católica, a Companhia de Jesus, fez mais contribuições à ciência do que todos os seus detratores materialistas somados, mas foram estes que entraram para a História – e lá estão até hoje – como paladinos da razão científica em luta contra o obscurantismo. (Se esta minha afirmação lhe parece estranha e – como se diz no Brasil – “polêmica”, é porque você continua acreditando em professores semi-analfabetos e jornalistas semi-alfabetizados. Em vez disso, deveria tirar a dúvida lendo John W. O’Malley, org., The Jesuits: Cultures, Sciences, and The Arts, 1540-1773, 2 vols.,
University of Toronto Press, 1999, e Mordecai Feingold, org., Jesuit Science and the Republic of Letters, MIT Press, 2003). 

Foi só quase um século depois desses acontecimentos que Alexis de Tocqueville descobriu por que a Igreja perdera uma guerra que tinha tudo para vencer. Deve-se a ele a primeira formulação da teoria da “espiral do silêncio”, que, em extensa pesquisa sobre o comportamento da opinião pública na Alemanha, Elizabeth Noëlle-Neumann veio a confirmar integralmente em The Spiral of Silence: Public Opinion, Our Social Skin (2ª. ed., The University of Chicago Press, 1993). Calar-se ante o atacante desonesto é uma atitude tão suicida quanto tentar rebater suas acusações em termos “elevados”, conferindo-lhe uma dignidade que ele não tem. As duas coisas jogam você direto na voragem da “espiral do silêncio”. A Igreja do século XVIII cometeu esses dois erros, como a Igreja de hoje os está cometendo de novo. 

A sujidade, a vileza mesma de certos ataques são planejadas para constranger a vítima, instilando nela a repulsa de se envolver em discussões que lhe soam degradantes e forçando-a assim, seja ao silêncio, seja a uma ostentação de fria polidez superior que não tem como não parecer mera camuflagem improvisada de uma dor insuportável e, portanto, uma confissão de derrota. Você não pode parar um assalto recusando-se a encostar um dedo na pessoa do assaltante ou demonstrandolhe, educadamente, que o Código Penal proíbe o que ele está fazendo. 

As lições de Tocqueville e Noëlle-Newman não são úteis só para a Igreja Católica. Junto com ela, as comunidades mais difamadas do universo são os americanos e os judeus. Os primeiros preferem antes pagar por crimes que não cometeram do que incorrer numa falta de educação contra seus mais perversos detratores. Os segundos sabem se defender um pouco melhor, mas se sentem inibidos quando os atacantes são oriundos das suas próprias fileiras – o que acontece com frequência alarmante. Nenhuma entidade no mundo tem tantos inimigos internos quanto a Igreja Católica, os EUA e a nação judaica. É que viveram na “espiral do silêncio” por tanto tempo que já não sabem como sair dela – e até a fomentam por iniciativa própria, antecipando-se aos inimigos. 

A única reação eficaz à espiral do silêncio é quebrá-la – e não se pode fazer isso sem quebrar, junto com ela, a imagem de respeitabilidade dos que a fabricaram. Mas como desmascarar uma falsa respeitabilidade respeitosamente? Como denunciar a malícia, a trapaça, a mentira, o crime, sem ultrapassar as fronteiras do mero “debate de ideias”? Quem comete crimes não são ideias: são pessoas. Nada favorece mais o império do mal do que o medo de partir para o “ataque pessoal” quando este é absolutamente necessário. Aristóteles ensinava que não se pode debater com quem não reconhece – ou não segue – as regras da busca da verdade. Os que querem manter um “diálogo elevado” com criminosos tornam-se maquiadores do crime. São esses os primeiros que, na impossibilidade de um debate honesto, e temendo cair no pecado do “ataque pessoal”, se recolhem ao que imaginam ser um silêncio honrado, entregando o terreno ao inimigo. A técnica da “espiral do silêncio” consiste em induzi-los a fazer precisamente isso. 
                  
Como a esquerda vence o debate
Só a vitória interessa. 

Esta é uma mensagem que parece ter sido perdida entre os conservadores, que estão constantemente focados na virtude de suas mensagens, na honestidade intelectual de sua causa, e na frustração de que ninguém se importa com ambas.
Mas é devido aos conservadores não pensarem a respeito de como vencer que eles perdem constantemente. 

Tomemos, por exemplo, a eleição de 2012.
Os conservadores perderam a eleição de 2012 por uma razão flagrantemente óbvia. Não foi apenas porque sua tecnologia não era boa, embora a campanha de Obama possuísse uma evidente vantagem tecnológica. Não foi somente porque os conservadores desenvolveram um trabalho pobre com a mídia, embora eles o tenham feito de fato. 

A razão pela qual os conservadores perderam a eleição de 2012 foi espantosamente simples: a maioria da população americana não acompanha a política tão de perto. O que eles vêm sobre os vários candidatos é o que os candidatos dizem um sobre o outro, e o que a mídia diz a respeito dos candidatos. 

Então, vamos assumir por um momento que você seja um típico eleitor Americano: você se preocupa mais com Miley Cyrus dançando no Video Music Awards do que você com as excentricidades do Obamacare. Vamos assumir que o que você realmente tenha visto sobre as eleições foi a cobertura da principal corrente da imprensa e o que os candidatos disseram um ao outro durante os debates. 

O que exatamente os candidatos disseram um do outro durante os debates? 

Aqui está o que o candidato Mitt Romney disse a respeito de Barack Obama: Barack Obama não é um bom Presidente. Ele disse que Barack Obama não faz um bom trabalho na economia, disse que a política externa de Obama tem um monte de furos, disse que Obama tem feito um trabalho muito deficiente em todos os sentidos do modelo bipartidário. Mas, Romney acrescentou, Obama é um bom sujeito. Ele é um bom homem de família, um bom marido, um homem que acredita nos princípios básicos esposados pela Declaração de Independência e a Constituição. Ele não é alguém que você deveria temer de modo algum. Essencialmente, o slogan de campanha de Romney foi: “Obama: bom sujeito, mau Presidente”. 
 
E aqui está o que Barack Obama e seus representantes disseram sobre Mitt Romney: Mitt Romney é o pior sujeito desde Mussolini. Mitt Romney é o sujeito que “prende cachorros em cima dos carros”. Mitt Romney é o tipo de sujeito que deseja “colocar todos vocês de volta na cadeia”. Mitt Romney está liderando um “guerra contra as mulheres” e, na verdade, tem compilado uma pasta cheia de mulheres que ele pode então usar para prosseguir em sua guerra. Mitt Romney é o tipo de sujeito que demitiria especificamente um empregado, tanto que cinco anos antes sua esposa (do funcionário) morreu de câncer graças a falta de um seguro de saúde. Mitt Romney pegaria seu dinheiro e o depositaria em contas no exterior especificamente para privar a população Americana de dinheiro. O slogan de campanha de Obama: “Romney: Rico, Sexista, Idiota Racista”. 

Agora, voltemos ao eleitor Americano. Vamos assumir que você tenha assistido a esta batalha de mensagens, e agora você tem duas escolhas: Barack Obama, um presidente não muito bom vs Mitt Romney, o pior sujeito de todos os tempos. Em quem você votaria? A maioria das pessoas escolheria “bom sujeito, mau político” contra Mussolini. E eles o fizeram. 

As pesquisas finais mostraram que nas principais questões do dia, os Americanos concordavam com Mitt Romney. Eles não gostaram dos antecedentes de Obama em emprego, economia, Obamacare. Mas quando veio a questão chave – qual candidato se preocupa mais com pessoas como eu? - Romney explodiu, 81% a 18%. 

Agora, isto não é devido a Barack Obama ser um cara afetuoso e suave. Mesmo aqueles que cercam Barack Obama diariamente descrevem-no como um peixe frio. Obama não é alguém que lhe trará uma tigela de sopa de galinha quando você estiver gripado: não é nem mesmo o cara que te levará ao aeroporto quando isto o incomodar. Ainda, de algum modo, ele foi considerado o mais simpático dos dois candidatos. Por que? Porque Romney foi percebido como um homem maldito. 
 
Nenhuma surpresa que a esquerda procure evitar o debate político a qualquer custo. Por que se preocupar? Os integrantes da esquerda não estão interessados em ter um debate sobre política. Não estão interessados em debater o que é certo e errado para o país. Estão interessados em debater você pessoalmente. Estão interessados em castigá-lo como um ser humano nefasto porque ocorre de você discordar. Isto é o faz dos esquerdistas... esquerdistas: um imerecido senso de superioridade moral sobre você. E se eles puderem infundir aquele senso de superioridade moral em outros tornando você o cara mau, eles o farão. As pessoas da esquerda são ensinadas desde a infância que eles são melhores que os conservadores – isto faz com que se sintam bem ao odiar conservadores. E que o ódio é justificado porque, afinal, conservadores são intolerantes. 

Por isto é tão confortável ser de esquerda: aquele imerecido senso de superioridade moral. Imerecido, porque as pessoas de esquerda não fizeram nada de positivo por décadas. O senso moral de retidão dos estudantes colegiais não resulta de realizações – resulta da crença de que você é uma pessoa má. Você é racista e sexista, eles não. Isto faz deles bons sujeitos, mesmo que eles não façam caridade, nunca tenham encontrado uma pessoa negra, apoiem políticas que empobrecem comunidades minoritárias através dos EUA e fortaleçam os odiadores da América ao redor do globo. Não importa se eles te apontarem como membro da KKK, você terá que atravessar o terreno para nocauteá-los, a fim de que eles sejam moralmente superiores você deve ser moralmente inferior. Chamar-te de racista e sexista, intolerante e homofóbico, dá a eles um senso de satisfação com seu status no universo, mesmo que eles nunca tenham ajudado um único ser humano individual. 

Esta é uma tática intimidadora (bullying). Quando alguém te chama de racista, sexista, intolerante e homofóbico devido ao fato de você discordar dele a respeito de política tributária, ou casamento homossexual ou aborto, é bullying. Quando alguém te insulta porque acontece de você discordar dele a respeito de mudanças climáticas ou paralisação do governo, é bullying. Quando alguém te rotula como um ser humano mal porque ele discorda de você, ele está te intimidando (bullying). Estão atacando seu caráter sem justificativa. Isto é asqueroso. Na verdade, isto torna-os asquerosos.  

O controle Institucional 

As intimidações esquerdistas têm tomado o controle da maioria das instituições dos EUA.
O sistema universitário tem sido monopolizado por um grupo de pessoas que acreditam não ser mais necessário debater a evidência das taxas de impostos, ou se a curva de Laffer está correta, ou se as políticas Keynesianas realmente promovem crescimento econômico. Eles não desejam debater estas questões. O que eles desejam ensinar de fato é que você é pessoalmente ignorante, intolerante, corrupto, e isto significa que você discorda deles. As opiniões deles não são opiniões, são fatos. 

Isto é distintivo de estar preso numa bolha. As pessoas que se ocupam da docência não tiveram que trabalhar num trabalho real – um trabalho com consequências no mundo real – por mais de trinta anos. Eles têm vivido num campus onde todos concordam com eles, convencendo-os de que suas crenças são sustentadas universalmente. Qualquer um que discorde é um “adepto da terra plana”. Qualquer um que discordar é um monstro. Você é um monstro. 

Eles costumam chamar isto de síndrome Pauline Kael. Pauline Kael foi colunista do New Yorker. No passado, em 1972, escrevendo sobre a vitória esmagadora na eleição George McGovern/ Richard Nixon, ela observou famosamente: “ Vivo num mundo bastante especial. Só conheço uma pessoa que votou em Nixon. Onde eles estão eu não sei. Eles estão fora da minha compreensão. Mas às vezes quando estou no teatro posso senti-los”. Ela podia sentir o mal fluindo daquelas pessoas. 
 
No nível universitário esta perspectiva é lugar comum – e isto conduz à discriminação ideológica. Esta discriminação geralmente não se manifesta como propositadamente dando notas ruins para os conservadores, a maioria dos professores tenta ficar fora disto, exceto por umas poucas, mas não tão raras, exceções. Os professores avaliarão para baixo, entretanto, as perspectivas conservadoras, inconscientemente, porque eles acreditam que tais perspectivas estão erradas, e as pessoas que as defendem são más. É por isso que quando eu estava no colégio, escrevia como um comunista em meus exames – obrigado Deus pelos almanaques! Eu colocaria meu número de registro de estudante em meus almanaques, e eu seria agora indistinguível de um membro do Spartacus Club. Recomendo esta estratégia a todos os alunos conservadores em organizações e universidades de esquerda: não há razão para sacrificar suas notas porque o professor é um idiota. 

Este tipo de intimidação não está presente apenas na universidade. Ele assumiu a mídia indiscriminadamente. Para a mídia, todos os argumentos são argumentos de caráter. Se você discorda dos membros da mídia a respeito de algo, você é fundamentalmente um mau ser humano. O mesmo é eminentemente verdade em Hollywood, onde a narrativa moral é o “coração” do negócio. Hollywood é incrivelmente engenhosa a respeito de promover sua narrativa. Eles criaram um conjunto de personagens nos quais você acredita, gosta e deseja sair para passear com eles; você deseja voltar e sair junto com aqueles personagens semana após semana. Então, Hollywood distorce seus amigos recém-descobertos em exemplos de comportamento absolutamente irresponsável, representantes de um comportamento que você pessoalmente descobre intragável. Mas você gosta do personagem – e então, o apelo emocional de Hollywood estende-se, você imagina gostar do que ele ou ela fazem. Este é o argumento de Hollywood para o casamento homossexual: você gosta de certos personagens, logo se você não gosta do comportamento deles é porque você é maldoso e desagradável. Isto é o que Hollywood faz melhor. 
 
Se você assiste Friends, por exemplo, e você não acha que é moral para Rachel ser promíscua e ter uma criança fora do casamento – especialmente porque ela está na verdade apaixonada pelo pai de sua criança – então é porque você é intolerante. Se você acha que quando Murphy Brown tem uma criança fora do casamento é errado pintá-la como uma santa, como apontou Dan Quayle, se você diz que Murphy Brown incitou a mentira de que não há consequências negativas reais na vida por criar um bebê sem um marido, você é castigado como sendo um ignorante intolerante, como Quayle foi. Agora, vinte anos depois, Candice Bergen que interpretou Murphy Brown, admitiu que Quayle estava certo, mas à época, Quayle estva concorrendo à reeleição, então ele tinha que estar errado. A esquerda não mais constrói argumentos a respeito de efetividade das políticas. Seu único argumento é o assassinato do caráter. 
 
Quando debater com um esquerdista 

Antes de chegar a como debater como um esquerdista, a primeira questão a ser levantada é por que debater com um esquerdista. Nem toda luta vale a pena. Você deve selecionar suas lutas, há apenas determinadas horas num dia, se você gastá-las combatendo seu ex companheiro de quarto hippie da Universidade Estadual da Califórnia, você lamentará em seu leito de morte ter gasto aquelas horas. 

Existem apenas três situações nas quais vale a pena debater com algum esquerdista. Primeiro, você deve: sua nota depende disso, ou seu garçom ameaça dividir sua refeição a menos que você diga a ele porque o casamento homossexual é prejudicial à civilização Ocidental. Segundo, você encontrou um esquerdista honesto verdadeiramente desejoso de ser convencido por uma argumentação sólida. Parabéns! Você encontrou-o. Ele verdadeiramente deseja sentar-se e ter com você um diálogo baseado em evidências, e você deseja ter com ele uma conversa baseada em evidências. Tudo é verdadeiramente satisfatório! Então você iniciará sua separação dos unicórnios.Terceiro, você deveria debater com um esquerdista se houver uma audiência. O objetivo do debate não será vencer ou convencer o esquerdista, ou ser amigável com ele. Aquela pessoa já discorda de você, e eles não serão convencidos por suas palavras de sabedoria e sua reluzente e florida retórica. O objetivo é demolir e destruir tão publicamente como for humanamente possível. 

Aqui está como você fará isto. 

As onze regras para debater com um esquerdista Regra #1: Caminhe em direção ao fogo. Esta é uma regra que aprendi com meu antigo mentor Andrew Breitbard. Ele era um estrategista engenhoso que entendia a luta a nível visceral: ele entendeu que política é uma guerra por outros meios, e você tem que lidar com ela como numa guerra. 
 
Andrew costumava dizer que você tem que abraçar a luta, caminhar em direção ao fogo. Ele explicaria que você será atingido pelos estilingues e flechas de maneira ultrajante não importa que caminho você tome. Você pode tentar esconder-se dos ataques da esquerda, você pode tentar fugir deles, tentar ignorá-los, fingir que a esquerda tenha alcançado algum tipo de “quase consenso no qual eles vivem” e deixam viver. Isto vai durar até que manifestantes estejam na porta de sua empresa, reguladores do governo estejam na porta de sua casa, ou os administradores estejam dentro da sala de aula de seus filhos. Então você perceberá que enquanto você esteve desejando deixar viver, a esquerda simplesmente não estava. 

Não há trégua. Trégua não existe. Não importa quão agradável ou educado você seja, eles virão atrás de você. Mitt Romney aprendeu isto da maneira difícil. Mitt Romney é uma dos sujeitos mais corteses que já concorreu à presidência. Isto não impediu Mitt Romney de ser acusado de ser o pior ser humano do mundo. John McCain é grande amigo de pessoas como o Senador Chuck Schumer (NY) – e isto não teve a importância de uma vírgula quando chegou a hora de McCain concorrer. McCain foi chamado de direitista radical e foi pintado como um insano velho maluco para a vasta maioria do público Americano. 
 
A esquerda sabe que isto é uma guerra. E eles sabem que você é o inimigo. Você será castigado. Você será esmurrado. E será desta maneira porquê é deste modo que a esquerda vence: através da intimidação e da crueldade. Você tem que assimilar o golpe, você tem que menosprezá-lo. Você tem que estar desejando assimilar o golpe. 

Regra #2: Ataque primeiro. Não leve o primeiro golpe. Ataque primeiro. Ataque forte. Ataque onde importa. Mike Tyson costumava dizer: “Todo mundo tem um plano até que leve um soco”. Isto é rigorosamente correto. Mas lançar o primeiro golpe requer estratégia. Atravessando a porta, você tem uma tacada – uma! - para derrubar alguém e abrir a contagem no início do debate. Se feito adequadamente, qualquer debate de um simples tópico pode terminar dentro de trinta segundos. 

Isto exige pesquisa. Você tem que conhecer seu oponente. Você tem que saber o que ele dirá, quais são suas táticas preferidas, e qual será sua posição predefinida. Você precisa entender seu opositor pelo avesso. Se você puder praticar com um dublê antes de um debate, faça-o: há uma razão para que ambos, Romney e Obama, tenham feito isto antes dos debates presidenciais. Na maioria dos debates, que não são presidenciais, seu oponente se dedicará igualmente ao debate com clareza. Não há substituto para a preparação. Conheça as tendências de seu oponente, particularmente se ele tem uma tendência a baixar a guarda. É onde você ataca. 

Regra #3: Enquadre seu oponente: Tenho argumentado que a cartilha inteira da esquerda consiste numa simples peça: personificar a oposição. Isto é inacreditavelmente eficaz. E o único modo de ficar acima de argumentos ad hominem é enquadrar seu oponente – faça com que seja nocivo para seu oponente difamar você. Então, esperançosamente, você pode deslocar o debate para território mais significativo. 

Este primeiro passo é vital. É o único primeiro passo. Esta é a razão pela qual a direita consistentemente perde os votos dos negros e hispânicos – não porque as políticas de direita sejam detestáveis para negros e hispânicos, mas porque negros e hispânicos foram ensinados por gerações que conservadores os odeiam. 

Não há modo de convencer alguém de que você não o odeia. Você pode convencêlo, entretanto, que seu oponente é mentiroso e odioso. Quando um esquerdista chama um conservador de racista, a tendência conservadora é defender-se explicando o motivo de não ser um racista.  Esta é uma batalha perdida. Na verdade, você perdeu o argumento no momento em que se engajou nele. A resposta adequada a uma acusação de racismo é não, “eu não sou racista”. Nunca fui. Tenho amigos negros, chefes negros, empregados negros”.  Você ainda terá recebido suprimentos por dignificar a acusação com uma resposta. A resposta adequada para uma acusação de que você bate em sua esposa não é explicar que você não bate em sua esposa e na verdade é um feminista ardente: é apontar que fazer acusações sem evidências faz de seu oponente um pedaço de lixo. A verdade é que seu oponente, que te rotula de racista sem evidência, é o verdadeiro racista: é ele que dilui o termo racismo até que perca o significado para rotular como racista qualquer argumento com o qual  ele discorde. 

Nenhuma conversação racional é possível com alguém que insiste que você não é digno do debate. Na verdade, se o seu oponente pensa que você não é digno do debate, ele não é digno do debate. Se o seu oponente deseja ingressar num mundo no qual podemos ter conversações racionais a respeito de custos e benefícios de políticas particulares, você está feliz por fazê-lo. Se não, a conversação acabou. Não haverá diálogo no qual você me acusa de racista, e eu explico porquê não sou. Esta é uma conversa para idiotas. 

Agora, há um outro ponto importante aqui: não espere que seu oponente o chame de racista antes partir para a ofensiva. Você pesquisou seu oponente, você conhece a estratégia, e sabe que ele te chamará de racista porque ele sempre chama seus oponentes de racistas. 

Então acerte-o primeiro, apontando sua tática viciosa. 

Isto foi o que fiz com Piers Morgan, da CNN, quando debati com ele sobre controle de armas (desarmamento). Piers Morgan tinha se tornado a face do movimento de controle de armas em seguida ao horrível massacre de Sandy Hook Elementary, e ele o fez provocando pessoas de direita e então sugerindo que eles eram maus por discordar dele. Ou, alternativamente, ele tinha provocado malucos como Alex Jones, esperado que eles se descontrolassem, e então sugerido que todos os proprietários de armas eram loucos furiosos esperando para disparar. Quando ele recebeu Larry Pratt, dos Proprietários de Armas da América, chamou-o de “homem inacreditavelmente estúpido” após Pratt ter apontado que o controle de armas falhou nos municípios através do país. Então ele acrescentou: “Você não tem absolutamente nenhum argumento coerente. Você realmente não dá a mínima para a taxa de assassinatos por armas de fogo na América”. 

Em consequência deste debate, escrevi um artigo no qual sugeri que Morgan tem estado “'fora dos trilhos’ por dias, na esteira do massacre de Sandy Hook”. Morgan convidou-me para debater o artigo. 

Aqui está como foi o debate : 

Piers Morgan, CNN Host: Meu próximo convidado tem palavras fortes para mim. Ele diz que estou “fora dos trilhos” a respeito de armas na América. Ben Shapiro é um importante editor em Breibart.com e autor de Bullies: How the Left's Culture of Fear and Intimidation Silences Americans (Intimidação: Como a Cultura de Medo e Intimidação da Esquerda Silencia os Americanos). Então, por que estou 'fora dos trilhos', Sr. Shapiro? 

Shapiro: Você sabe, honestamente Piers, você tem sido um tipo de intimidador nesta questão, devido ao que você faz, e tenho visto isto repetidamente no seu show. Eu assisto a seu show. E tenho visto isto repetidamente. O que você tende a fazer é demonizar as pessoas que diferem de você politicamente colocando-as nas sepulturas das crianças de Sandy Hook ao dizer que elas não parecem preocupar-se o suficiente a respeito das crianças mortas. Se elas se preocupassem mais, elas concordariam com você em política. Penso que podemos ter uma conversa racional, um debate político a respeito de contrabalançar direitos, riscos e recompensas de todas estas diferentes políticas, mas não penso que o que precisamos fazer seja demonizar pessoas que estejam no lado oposto como sendo insensíveis ao que aconteceu em Sandy Hook. 
 
Eu estava neste ponto ao que Morgan, nas palavras de John Nolte do Breitbart, agarrou as suas pérolas. 

Morgan: Como ousa acusar-me de sustentar-me nas sepulturas das crianças que morreram lá. Como você ousa... 

Shapiro: Tenho visto você repetidamente, Piers. 

Morgan: Eu digo, como você ousa... 

Shapiro: Bem, quero dizer, você pode continuar dizendo isto, mas você o fez repetidamente. O que você faz, e tenho visto você em seu programa, é o que você continua a dizer às pessoas se elas discordam de você politicamente, logo, de algum modo, isto é uma violação do que aconteceu em Sandy Hook. Posteriormente na entrevista, Piers retornaria a este ponto, depreciando-me porque ele tinha discordado de meus argumentos sobre os direitos da Segunda Emenda. De novo, martelei profundamente no ponto: Piers era um tagarela e um intimidador: 
 
Morgan: Você sabe quão absurdo você soa? 

Shapiro: Aqui é onde você entra no “absurdo” e a “Você é absurdo, você é estúpido”. Eu entendo … 

Morgan: Não estou intimidando (bullyng). 

Shapiro: É claro que está. 

Morgan: Não sou eu que vim aqui e acusou-o de sustentar-se nas sepulturas de crianças mortas... 

Shapiro: Porque você é o sujeito que está fazendo isto. Estou revidando em dobro.
Morgan: Isto é o que eu chamo de intimidar (bullying).
Shapiro: Você sabe como eu chamo isto? Revidar em dobro, nas palavras do Presidente Obama.
Morgan: Isto é o que chamo bullying. 

Shapiro: Isto é surpreendente. 

Morgan: O que é surpreendente? 

Shapiro: O que é surpreendente a respeito disto é que por semanas você tem dito que qualquer um discorde de sua posição é absurdo, idiota e não se importa com as crianças mortas em Sandy Hook. E então quando eu digo que isto é uma tática de intimidação você vira-se e diz que eu estou te intimidando por afirmar isto. Isto é absurdo. Isto é ridículo. 

É importante fazer isto. A esquerda não tem uma cartilha. Eles têm um movimento. Um único movimento. O movimento: você é um idiota. Eles têm um movimento. Um movimento! O movimento é: você é desagradável. Tire isto deles, e eles não terão nada. Não há literalmente nada que Piers Morgan pudesse dizer, porque ele não tinha fatos ou evidências a sua disposição, a menos não para os argumentos que ele estava construindo. 

Quando tirei aquela tática de Piers, ele estava essencialmente acabado. 

A entrevista transcorreu durante dois segmentos. 

Durante o intervalo, um dos produtores de Piers “sacou” de uma vítima de disparos. Sem dúvida ele estava preparando-se para girar a câmera – pude na verdade ver o câmera preparando-se para fazê-lo – e forçar-me a apresentar meus argumentos pró armas a alguém que tinha sido ferido com um tiro. Mas porque eu já tinha condenado suas táticas intimidatórias, aquele estratagema estava fora da mesa. No momento em que ele sacasse aquela tática, eu teria dito a ele que ele estava perfeitamente confortável não apenas em apoiar-se nas sepulturas das crianças de Sandy Hook, mas apoiar-se na cadeira de rodas de uma vítima de disparo. Eu teria dito, “Por que você tem que usar vítimas para ilustrar sua posição? Por que você não pode apenas me convencer com base em evidências de que o que você está propondo é a solução correta para a América?” 
 
É suficiente dizer, Piers estava bastante descontente durante o debate. 

 Regra #4: Enquadre o debate. A esquerda é especialista no enquadramento de debates. Eles têm chavões e os usam para dirigir o debate em direção a posições que você não pode vencer. Eles são tolerantes, diversos, defensores da justiça social. Se você se opõe a eles, por contraste, você é intolerante, xenófobo e a favor da injustiça. 

Agora, todos estes termos são, para ser educado, uma asneira, se considerados como valores morais absolutos. A esquerda é extremamente intolerante em relação aos conservadores e pessoas religiosas, é por isso que eles são interessados em forçar confeiteiros Cristãos a fornecer para casamentos homossexuais. Eles são avessos à diversidade intelectual, particularmente nos setores da vida Americana nas quais eles predominam, por isto eles reprimem o conservadorismo nos campus e na mídia. E na justiça social, se social é presumido como oposto a individual, então a justiça social é por definição injusta. O uso de chavões mágicos da esquerda te coloca num canto, contra supostos valores universais ou sustentados universalmente. 

É importante que você neutralize estes chavões rapidamente, pois de outra maneira você estará argumentando contra termos sem sentido que podem ser usados contra você. Você não pode argumentar contra termos vazios. Então não aceite as premissas dos argumentos deles, que são amplamente baseados em chavões. Quanto ao casamento homossexual, a questão não é como o casamento homossexual prejudica o seu casamento, esta é uma questão estúpida e sem sentido, é como indagar como a escravização de outros te fere pessoalmente. A questão é se uma criança precisa de uma mãe e de um pai. A questão não é se a duas pessoas que se amam deva ser dado a aprovação estatal, mesmo a esquerda reconhece que tal definição é ampla demais, dado que ela incluiria relacionamentos incestuosos. A questão é porque o casamento deveria ser redefinido, e como o casamento homossexual fortalecerá a instituição do casamento. 
 
No controle de armas, utilizei esta regra contra Piers Morgan quando redefini o debate para porque os Americanos precisam de um tipo particular de arma, uma questão idiota, dado que os Americanos não precisam de muitas das coisas que consideramos manifestações essenciais da liberdade, e direcionando a questão para como ajustar a Segunda Emenda com as demandas de segurança pública. Para este fim, entreguei a Morgan uma cópia da Constituição. Disse a ele que eu estava feliz em discutir a evidência do controle de armas, feliz em discutir riscos, direitos e recompensas de políticas específicas. Mas tínhamos que trazer a Constituição para dentro do debate. “Eu realmente gostaria de ouvir suas prescrições políticas a respeito de armas porque você disse respeitar a Segunda Emenda. Você sabe, entreguei este exemplar a você de modo que você possa lê-lo”, disse a ele. O ponto era compelir Morgan numa área em que ele estava desconfortável. Mais tarde Morgan lançaria aquela cópia da Constituição chamando-a de “seu livrinho”. Rejeitando um enquadramento universal para discutir o controle de armas e atirando isto na face do povo Americano. Apenas um ano depois, Piers estava fora do ar. 

Esta tática, forçar a esquerda a debater dentro de contextos que os desagradam, é utilizável em virtualmente todas as frentes. Quando você está discutindo mudanças climáticas, por exemplo, a questão adequada não é se o homem está causando as mudanças climáticas. A questão é se o homem pode estabelecer as mudanças climáticas, uma questão para a qual a resposta universalmente conhecida é essencialmente não, a menos que desejemos retornar à época pré-industrial. Esta é uma questão muito utilizável, e também evita o argumento preferido da esquerda no debate sobre aquecimento global, que é uma variante de sua linha de argumentação preferida no controle de armas: “O aquecimento global é causado pelo homem. Não concorda? Isto é porque você é estúpido e odiável”. De maneira geral, as três linhas de ataque favoritas da esquerda são: 1) você é estúpido; 2) você é mau; 3) você é corrupto. Sarah Palin é supostamente estúpida; Mitt Romney é supostamente mau; Dick Cheney é supostamente corrupto. Tire deles estas linhas de ataque e observe o desconforto acionado. 
 
Regra #5: Localize as inconsistências nos argumentos da esquerda. Os argumentos da esquerda são cheios de inconsistências. Inconsistências internas – inconsistências que são inerentes à visão de mundo da esquerda em geral. Isto se dá porque pouquíssimas pessoas na esquerda admitirão a verdadeira agenda da esquerda, que é inteiramente extremada. Esquerdistas preferem argumentar com medidas paliativas nas quais eles não acreditam. Por exemplo, eles dizem querer banir armas de assalto para impedir assassinatos por armas de fogo. Mas este argumento é absurdo, porque armas de mão são mais utilizadas para matar pessoas do que as chamadas armas de assalto. E ainda, a esquerda não argumentará a favor da proibição geral de armas, porque eles sabem que perderão. 

Para tomarmos um outro exemplo, em relação à saúde pública, a esquerda sugere que seu objetivo é tornar o acesso aos serviços médicos disponível para todos. Mas eles não exigem que uma certa porcentagem da população vá para as escolas de medicina. Isto porque a fim de que o governo garanta a disponibilidade de um produto, o governo deve ou empregar trabalhadores ou forçar trabalhadores a ingressarem numa determinada indústria. A contratação de trabalhadores pelo governo requer que o governo pague por médicos, e a esquerda argumenta que os médicos já ganham dinheiro demais. E a esquerda não deseja argumentar abertamente o que eles de fato preferem: forçar pessoas a praticar medicina para aquelas pessoas que o governo considera merecedoras. A menos que você esteja querendo usar a lei para forçar pessoas a ingressar na escola de medicina, você não pode ter um sistema de saúde universal. Isto é o que eles estão descobrindo na Inglaterra, Canadá e Israel.

– todos países nos quais a medicina privada está em ascensão, legal ou ilegalmente, fora dos auspícios do governo. 

Saúde pública e controle de armas não são o único exemplo. No casamento homossexual, a esquerda proclama que não é assunto do estado regular a vida privada de alguém, a não ser que a esquerda esteja simultaneamente proclamando que o estado deva penalizar a atividade privada de alguém. No aborto, a esquerda diz que é uma escolha, mas ignora as escolhas do bebê. 

Quase que invariavelmente há inconsistências intransponíveis nas posições afirmadas publicamente pela esquerda que estão em conflito com os reais princípios fundamentais da esquerda. Seu objetivo é, pela exposição de suas inconsistências, fazer a esquerda admitir de uma vez por todas no que eles acreditam sobre política. 

Regra #6: Force os Esquerdistas a Responder Perguntas: Esta regra é na verdade apenas o corolário da Regra #4. Esquerdistas estão confortáveis apenas quando estão te forçando a responder perguntas. Se eles têm que responder perguntas, eles começam a coçar a cabeça. As questões que eles preferem responder é sobre o teu caráter, as questões que eles preferem não responder são sobre o caráter deles. Pelo contrário, eles gostam de se esquivar de questões que apoiem aqueles argumentos de caráter. 

Se você forçar um esquerdista a responder se ele ou ela preferiria desistir de papai ou mamãe em nome do politicamente correto - afinal, todas as famílias são iguais, então que diferença faz? - eles fugirão. Se você forçar um esquerdista a responder se eles obrigariam igrejas a realizar casamentos gays, eles fugirão. Se você forçar um esquerdista a responder porque nós deveríamos renunciar a nossos belos carros enquanto Chineses e Russos continuam a despejar resíduos tóxicos na atmosfera, eles fugirão. 

Forçar a esquerda a responder perguntas é, quase sempre, como tentar prender pudim na parede – confuso e quase impossível. Mas é desconfortável para eles estar
na defensiva. 

Regra#7: Não se distraia. Você pode notar, quando argumentar com alguém da esquerda, que toda vez que você começa a destacar um ponto, este esquerdista começa a disparar contra George Bush. É como a Síndrome de Tourette Esquerdista. “Por que Obama estourou o orçamento?” “BUUUUUUUUUSHHHHH!!!!” 

Não se deixe enganar. Você não precisa seguir o coelho idiota até sua toca de coelho lotada. O mesmo se aplica ao casamento gay, o qual os esquerdistas mencionam não importa o contexto. Você não gosta da taxa de impostos? Bem, você provavelmente pensa que aqueles impostos são tão elevados devido à Regra #8 (Você não tem que defender as pessoas do seu lado ). 

Argumentar com a esquerda é como tentar pregar gelatina na parede. É escorregadio, confuso e um desperdício de recursos. Você deve forçá-los a responder perguntas. Então da próxima vez que eles mencionarem Bush, sua reposta deveria ser, “WILLIAM MCKINLEY” (LULA!). Bush não tem a ver com isto. 

Em nosso debate sobre controle de armas, Piers Morgan tentou exatamente esta tática. Durante o intervalo, um de seus Oompa-Loompas apressou-se com diversas caixas de Sudafed (anti gripal). Sendo da Califórnia pensei, é claro, que estávamos nos preparando para “cozinhar” alguns cristais de metanfetamina. Mas o que estava para suceder era menos lucrativo. Ele tentou argumentar que eu era inconsistente por haver restrições à quantidade de Sulfed que você pode comprar, mas não à quantidade de munição. Declarei simplesmente que não via relação entre as duas leis, que estaria feliz em discutir ambas em separado, mas considerava a conexão desnecessária e confusa. Ele teve que avançar.
Regra #8: Você não tem que defender as pessoas do seu lado. Você não tem que defender alguém apenas por estar do seu lado da discussão. Os conservadores são rotineiramente apanhados neste ardil, porque eles imaginam que o inimigo de seu inimigo é seu amigo: se a esquerda está atacando alguém, ele merece ser defendido. 

Mas isto não é verdade. Eu gostava de George W. Bush, mas seu segundo mandato foi uma zona de desastre. E assim foi muito de seu primeiro mandato. Não sinto necessidade de defender sua política para o Irã, porque ela foi terrível. Pausa. 

Ronald Reagan não foi um deus. Ele próprio teria dito isto. Não siga pessoas. Siga princípios. 

Regra #9: Se você não sabe algo, admita. Lembro-me de certa vez quando eu era mais jovem e estava numa reunião de negócios com um cliente e estava tentando convencê-lo a investir. O cliente perguntou-me se eu sabia a respeito de algo que ele havia escrito. Acenei distraidamente, ele então perguntou-me o que eu achava. Tentei uma resposta enganosa, mas falhei miseravelmente. Mais tarde, alguém mais velho e mais sábio me levou a uma incumbência. 

Desde então fiz disto uma missão, reconhecer se não sei o suficiente sobre alguma coisa. Não seja pego na armadilha de acreditar que você sabe tudo a respeito de tudo. Seu oponente, sem dúvida, saberá algo que você não sabe. É honesto declarar simplesmente: “Eu não sei isto, mas estarei feliz em pesquisar e te retornar”. 

Uma outra nota aqui: não mencione um tópico com o qual você não seja extremamente familiarizado. 

Mitt Romney teria sido beneficiado por esta estratégia. Quando ele mencionou Bengazi no debate de Candy Crowley, estava claro que não tinha fluência no tópico. O resultado: ele foi pego de calças curtas publicamente, embora ele estivesse correto. 

Regra #10: Deixe que o outro lado obtenha vitórias sem sentido. Este é um “truque de salão” que você pode usar com grande efeito com seus amigos esquerdistas. Esquerdistas valorizam moderação artificial acima de tudo mais, concedendo a eles um ponto ou dois, você pode convencê-los de que você não é de modo algum um direitista radical. Afinal, qualquer um pode admitir que ambas as partes são terríveis! 

Estes são pontos que não significam nada. Você não perde nada declarando que ambos os partidos, Democratas e Republicanos, são péssimos – e eles parecem imoderados por recusar-se a reconhecer o mesmo. O mesmo se aplica em relação à linguagem de esquerda. 

Se a esquerda te atrai para a reforma da imigração, sua resposta deveria ser sempre que você é pela reforma da imigração. Agora, como eles definem a reforma da imigração? Esta é a questão chave.  Mas porque você já concedeu a premissa de que você aprecia a reforma da imigração, você não parece imediatamente um opositor . A verdade é que, como muitos chavões políticos, reforma da imigração pode, virtualmente, significar nada: pode significar construir um fosso na fronteira, ou conceder anistia geral. O debate é sem sentido até que você force a esquerda a definir os termos. Até então, podemos concordar com platitudes inúteis. 

Regra #11: A linguagem corporal é importante. Lembra-se de 2008 quando John McCain estava debatendo com Barack Obama? As imagens eram relativamente horríveis para os Republicanos. Você tinha um cara negro, de relativa boa aparência, versus um cara baixo, curvado, de olhar enfezado, careca, refugiado branco do elenco de Imperador Palpatine. Durante o debate ridículo, John McCain apertou o microfone como se fosse estrangulá-lo. Qualquer um que pareça furioso num debate perderá. Imediatamente. E durante o DNC, Obama parecia um deus Grego descendo das nuvens numa carruagem Olímpica, enquanto que McCain parecia ter sido encontrado perdido em frente a uma tela verde de um estúdio pornô em San Fernando Valley. 

Nixon perdeu o debate televisionado com Kennedy em 1960, mas venceu o debate no rádio. Os debates foram os mesmos. Apenas Nixon parecia péssimo na TV . 

A esquerda é especialista em aparência. A direita não é, porque a direita falsamente acredita que a aparência superficial pode ser superada com substância de argumentos. O que tem funcionado fabulosamente para cada grande atriz que possui 130 Kg em Hollywood  - tanto imagem quanto conteúdo estão em funcionamento. 

Todos riram de Marco Rubio bebendo sofregamente uma garrafa de água durante sua resposta no State of the Union, a direita protestou que tais risadas não foram justas. Mas a verdade é que foram justas.  O grande gole de água disse duas coisas: que Marco Rubio estava nervoso e que o partido |Republicano foi incompetente demais para colocar uma garrafa de água no pódio diante dele. Imagem é importante. 

Bill Clinton sabia que imagem corporal importa. Ele mordeu o lábio inferior, porque isto expressava emoção e controle. Ele tinha variados tipos de aperto de mão para vários níveis de potenciais doadores (e ele tinha um aperto de mão especial para Monica Lewinsky). Ele gesticulava como que apertando o botão do elevador: um punho com o polegar adiante, comunicando poder e gentileza. Ele usa movimentos amplos e abertos com os braços. 

Há uma razão para que a maioria dos candidatos Democratas trabalhem com Hollywood. O presidente Obama – então Senador Obama – foi o primeiro candidato a usar teleprompter em sua vitória na convenção partidária em Iowa. Ele sabia que estava falando com a população Americana e não apenas com as pessoas no auditório. As pessoas no auditório podem ter zombado dele. Ele sabia superar. Ted Cruz deveria ter encarado a câmera durante sua obstrução. E ele deveria ter mordido seus lábios quando leu Green Eggs and Ham. 

Você deve parecer uma pessoa legal a fim de que as pessoas acreditem que você é uma pessoa legal. Estudos científicos mostram que as pessoas literalmente te julgarão dentro de milissegundos ao te verem. Faça-as ver o que você deseja que elas vejam.
Conclusão. Em fevereiro de 2014, cerca de um ano após Piers e eu termos debatido o controle de armas em seu show, a CNN anunciou que ele seria afastado do programa. Estou contente por ter dado uma mão em desmascarar sua nefasta linha de argumentação. Mas, honestamente, debater com aqueles à esquerda é uma habilidade que qualquer um pode aprender. Se você deseja dedicar-se a isto obtenha conhecimento de seus
próprios argumentos, e obtenha ainda mais conhecimento sobre os argumentos da esquerda. 

Você será arrastado para dentro destes debates. Você será arrastado para um combate. Mas não tem que odiá-lo. Na verdade, isto pode ser um sopro absoluto. O momento em que você não liga a mínima para o que eles dizem sobre você, porque você percebe que eles estão mentindo, é o momento em que você deve ter a mão erguida. 

É vibrante quando você sabe como responder a alguém que te chama de racista sem evidência. É vibrante prosseguir na ofensiva. E é duplamente vibrante quando você sabe que o futuro do país está em risco e você está desempenhando um papel vital ao reagir. 

Em 2009 o substituto de Obama, Jim Messina, disse aos Senadores Democratas que eles poderiam defender Obama tão estridentemente quanto possível, porque no final das contas “Se vocês baterem”, disse Messina, “nós revidaremos com o dobro da força”. 

Por décadas os conservadores têm sido atacados por intimidadores. E só há uma maneira de lidar com intimidadores. Nas palavras da Casa Branca, revide com o dobro da força.

BEN SHAPIRO.

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