"Ditador Coreano exemplo de esquerdista"
Lenin dizia que, quando você tirou do adversário a vontade de lutar, já venceu a
briga. Mas, nas modernas condições de “guerra assimétrica”, controlar a opinião
pública tornou-se mais decisivo do que alcançar vitórias no campo militar. A
regra leninista converte-se portanto automaticamente na técnica da “espiral do
silêncio”: agora trata-se de extinguir, na alma do inimigo, não só sua
disposição guerreira, mas até sua vontade de argumentar em defesa própria, seu
mero impulso de dizer umas tímidas palavrinhas contra o agressor.
O modo
de alcançar esse objetivo é trabalhoso e caro, mas simples em essência:
trata-se de atacar a honra do infeliz desde tantos lados, por tantos meios de
comunicação diversos e com tamanha variedade de alegações contraditórias, com
frequência propositadamente absurdas e farsescas, de tal modo que ele, sentindo
a inviabilidade de um debate limpo, acabe preferindo recolher-se ao silêncio.
Nesse momento ele se torna politicamente defunto. O mal venceu mais uma batalha.
A
técnica foi experimentada pela primeira vez no século XVIII. Foi tão pesada a
carga de invencionices, chacotas, lendas urbanas e arremedos de pesquisa
histórico-filológica que se jogou sobre a Igreja Católica, que os padres e
teólogos acabaram achando que não valia a pena defender uma instituição
venerável contra alegações tão baixas e maliciosas. Resultado: perderam a
briga. O contraste entre a virulência, a baixeza, a ubiquidade da propaganda
anticatólica e a míngua, a timidez dos discursos de defesa ou contra-ataque,
marcou a imagem da época, até hoje, com a fisionomia triunfante dos iluministas
e revolucionários. Pior ainda: recobriu-os com a aura de uma superioridade
intelectual que, no fim das contas, não possuíam de maneira alguma. A Igreja continuou
ensinando, curando as almas, amparando os pobres, socorrendo os doentes,
produzindo santos e mártires, mas foi como se nada disso tivesse acontecido.
Para vocês fazerem uma ideia do poder entorpecente da “espiral do silêncio”,
basta notar que, durante aquele período, uma só organização católica, a
Companhia de Jesus, fez mais contribuições à ciência do que todos os seus
detratores materialistas somados, mas foram estes que entraram para a História
– e lá estão até hoje – como paladinos da razão científica em luta contra o
obscurantismo. (Se esta minha afirmação lhe parece estranha e – como se diz no
Brasil – “polêmica”, é porque você continua acreditando em professores
semi-analfabetos e jornalistas semi-alfabetizados. Em vez disso, deveria tirar
a dúvida lendo John W. O’Malley, org., The Jesuits: Cultures, Sciences, and The
Arts, 1540-1773, 2 vols.,
University
of Toronto Press, 1999, e Mordecai Feingold, org., Jesuit Science and the
Republic of Letters, MIT Press, 2003).
Foi só
quase um século depois desses acontecimentos que Alexis de Tocqueville
descobriu por que a Igreja perdera uma guerra que tinha tudo para vencer.
Deve-se a ele a primeira formulação da teoria da “espiral do silêncio”, que, em
extensa pesquisa sobre o comportamento da opinião pública na Alemanha,
Elizabeth Noëlle-Neumann veio a confirmar integralmente em The Spiral of
Silence: Public Opinion, Our Social Skin (2ª. ed., The University of Chicago
Press, 1993). Calar-se ante o atacante desonesto é uma atitude tão suicida
quanto tentar rebater suas acusações em termos “elevados”, conferindo-lhe uma
dignidade que ele não tem. As duas coisas jogam você direto na voragem da
“espiral do silêncio”. A Igreja do século XVIII cometeu esses dois erros, como
a Igreja de hoje os está cometendo de novo.
A
sujidade, a vileza mesma de certos ataques são planejadas para constranger a
vítima, instilando nela a repulsa de se envolver em discussões que lhe soam
degradantes e forçando-a assim, seja ao silêncio, seja a uma ostentação de fria
polidez superior que não tem como não parecer mera camuflagem improvisada de
uma dor insuportável e, portanto, uma confissão de derrota. Você não pode parar
um assalto recusando-se a encostar um dedo na pessoa do assaltante ou
demonstrandolhe, educadamente, que o Código Penal proíbe o que ele está
fazendo.
As
lições de Tocqueville e Noëlle-Newman não são úteis só para a Igreja Católica.
Junto com ela, as comunidades mais difamadas do universo são os americanos e os
judeus. Os primeiros preferem antes pagar por crimes que não cometeram do que
incorrer numa falta de educação contra seus mais perversos detratores. Os
segundos sabem se defender um pouco melhor, mas se sentem inibidos quando os
atacantes são oriundos das suas próprias fileiras – o que acontece com
frequência alarmante. Nenhuma entidade no mundo tem tantos inimigos internos
quanto a Igreja Católica, os EUA e a nação judaica. É que viveram na “espiral
do silêncio” por tanto tempo que já não sabem como sair dela – e até a fomentam
por iniciativa própria, antecipando-se aos inimigos.
A
única reação eficaz à espiral do silêncio é quebrá-la – e não se pode fazer
isso sem quebrar, junto com ela, a imagem de respeitabilidade dos que a
fabricaram. Mas como desmascarar uma falsa respeitabilidade respeitosamente?
Como denunciar a malícia, a trapaça, a mentira, o crime, sem ultrapassar as
fronteiras do mero “debate de ideias”? Quem comete crimes não são ideias: são
pessoas. Nada favorece mais o império do mal do que o medo de partir para o
“ataque pessoal” quando este é absolutamente necessário. Aristóteles ensinava
que não se pode debater com quem não reconhece – ou não segue – as regras
da busca da verdade. Os que querem manter um “diálogo elevado” com criminosos
tornam-se maquiadores do crime. São esses os primeiros que, na impossibilidade
de um debate honesto, e temendo cair no pecado do “ataque pessoal”, se recolhem
ao que imaginam ser um silêncio honrado, entregando o terreno ao inimigo. A
técnica da “espiral do silêncio” consiste em induzi-los a fazer precisamente
isso.
Como a
esquerda vence o debate
Só a
vitória interessa.
Esta é
uma mensagem que parece ter sido perdida entre os conservadores, que estão
constantemente focados na virtude de suas mensagens, na honestidade intelectual
de sua causa, e na frustração de que ninguém se importa com ambas.
Mas é
devido aos conservadores não pensarem a respeito de como vencer que eles perdem
constantemente.
Tomemos,
por exemplo, a eleição de 2012.
Os
conservadores perderam a eleição de 2012 por uma razão flagrantemente óbvia.
Não foi apenas porque sua tecnologia não era boa, embora a campanha de Obama
possuísse uma evidente vantagem tecnológica. Não foi somente porque os
conservadores desenvolveram um trabalho pobre com a mídia, embora eles o tenham
feito de fato.
A
razão pela qual os conservadores perderam a eleição de 2012 foi espantosamente
simples: a maioria da população americana não acompanha a política tão de
perto. O que eles vêm sobre os vários candidatos é o que os candidatos dizem um
sobre o outro, e o que a mídia diz a respeito dos candidatos.
Então,
vamos assumir por um momento que você seja um típico eleitor Americano: você se
preocupa mais com Miley Cyrus dançando no Video Music Awards do que você com as
excentricidades do Obamacare. Vamos assumir que o que você realmente tenha
visto sobre as eleições foi a cobertura da principal corrente da imprensa e o
que os candidatos disseram um ao outro durante os debates.
O que
exatamente os candidatos disseram um do outro durante os debates?
Aqui
está o que o candidato Mitt Romney disse a respeito de Barack Obama: Barack
Obama não é um bom Presidente. Ele disse que Barack Obama não faz um bom
trabalho na economia, disse que a política externa de Obama tem um monte de
furos, disse que Obama tem feito um trabalho muito deficiente em todos os
sentidos do modelo bipartidário. Mas, Romney acrescentou, Obama é um bom
sujeito. Ele é um bom homem de família, um bom marido, um homem que acredita
nos princípios básicos esposados pela Declaração de Independência e a
Constituição. Ele não é alguém que você deveria temer de modo algum.
Essencialmente, o slogan de campanha de Romney foi: “Obama: bom sujeito, mau
Presidente”.
E aqui
está o que Barack Obama e seus representantes disseram sobre Mitt Romney: Mitt
Romney é o pior sujeito desde Mussolini. Mitt Romney é o sujeito que “prende
cachorros em cima dos carros”. Mitt Romney é o tipo de sujeito que deseja
“colocar todos vocês de volta na cadeia”. Mitt Romney está liderando um “guerra
contra as mulheres” e, na verdade, tem compilado uma pasta cheia de mulheres
que ele pode então usar para prosseguir em sua guerra. Mitt Romney é o tipo de
sujeito que demitiria especificamente um empregado, tanto que cinco anos antes
sua esposa (do funcionário) morreu de câncer graças a falta de um seguro de
saúde. Mitt Romney pegaria seu dinheiro e o depositaria em contas no exterior
especificamente para privar a população Americana de dinheiro. O slogan de
campanha de Obama: “Romney: Rico, Sexista, Idiota Racista”.
Agora,
voltemos ao eleitor Americano. Vamos assumir que você tenha assistido a esta
batalha de mensagens, e agora você tem duas escolhas: Barack Obama, um
presidente não muito bom vs Mitt Romney, o pior sujeito de todos os tempos. Em
quem você votaria? A maioria das pessoas escolheria “bom sujeito, mau político”
contra Mussolini. E eles o fizeram.
As
pesquisas finais mostraram que nas principais questões do dia, os Americanos
concordavam com Mitt Romney. Eles não gostaram dos antecedentes de Obama em
emprego, economia, Obamacare. Mas quando veio a questão chave – qual candidato
se preocupa mais com pessoas como eu? - Romney explodiu, 81% a 18%.
Agora,
isto não é devido a Barack Obama ser um cara afetuoso e suave. Mesmo aqueles
que cercam Barack Obama diariamente descrevem-no como um peixe frio. Obama não
é alguém que lhe trará uma tigela de sopa de galinha quando você estiver gripado:
não é nem mesmo o cara que te levará ao aeroporto quando isto o incomodar.
Ainda, de algum modo, ele foi considerado o mais simpático dos dois candidatos.
Por que? Porque Romney foi percebido como um homem maldito.
Nenhuma
surpresa que a esquerda procure evitar o debate político a qualquer custo. Por
que se preocupar? Os integrantes da esquerda não estão interessados em ter um
debate sobre política. Não estão interessados em debater o que é certo e errado
para o país. Estão interessados em debater você pessoalmente. Estão
interessados em castigá-lo como um ser humano nefasto porque ocorre de você
discordar. Isto é o faz dos esquerdistas... esquerdistas: um imerecido senso de
superioridade moral sobre você. E se eles puderem infundir aquele senso de superioridade
moral em outros tornando você o cara mau, eles o farão. As pessoas da esquerda
são ensinadas desde a infância que eles são melhores que os conservadores –
isto faz com que se sintam bem ao odiar conservadores. E que o ódio é
justificado porque, afinal, conservadores são intolerantes.
Por
isto é tão confortável ser de esquerda: aquele imerecido senso de superioridade
moral. Imerecido, porque as pessoas de esquerda não fizeram nada de positivo
por décadas. O senso moral de retidão dos estudantes colegiais não resulta de
realizações – resulta da crença de que você é uma pessoa má. Você é racista e
sexista, eles não. Isto faz deles bons sujeitos, mesmo que eles não façam
caridade, nunca tenham encontrado uma pessoa negra, apoiem políticas que empobrecem
comunidades minoritárias através dos EUA e fortaleçam os odiadores da América
ao redor do globo. Não importa se eles te apontarem como membro da KKK, você
terá que atravessar o terreno para nocauteá-los, a fim de que eles sejam
moralmente superiores você deve ser moralmente inferior. Chamar-te de racista e
sexista, intolerante e homofóbico, dá a eles um senso de satisfação com seu
status no universo, mesmo que eles nunca tenham ajudado um único ser humano
individual.
Esta é
uma tática intimidadora (bullying). Quando alguém te chama de racista, sexista,
intolerante e homofóbico devido ao fato de você discordar dele a respeito de
política tributária, ou casamento homossexual ou aborto, é bullying. Quando
alguém te insulta porque acontece de você discordar dele a respeito de mudanças
climáticas ou paralisação do governo, é bullying. Quando alguém te rotula como
um ser humano mal porque ele discorda de você, ele está te intimidando
(bullying). Estão atacando seu caráter sem justificativa. Isto é asqueroso. Na
verdade, isto torna-os asquerosos.
O
controle Institucional
As
intimidações esquerdistas têm tomado o controle da maioria das instituições dos
EUA.
O
sistema universitário tem sido monopolizado por um grupo de pessoas que
acreditam não ser mais necessário debater a evidência das taxas de impostos, ou
se a curva de Laffer está correta, ou se as políticas Keynesianas realmente
promovem crescimento econômico. Eles não desejam debater estas questões. O que
eles desejam ensinar de fato é que você é pessoalmente ignorante, intolerante,
corrupto, e isto significa que você discorda deles. As opiniões deles não são
opiniões, são fatos.
Isto é
distintivo de estar preso numa bolha. As pessoas que se ocupam da docência não
tiveram que trabalhar num trabalho real – um trabalho com consequências no
mundo real – por mais de trinta anos. Eles têm vivido num campus onde todos
concordam com eles, convencendo-os de que suas crenças são sustentadas
universalmente. Qualquer um que discorde é um “adepto da terra plana”. Qualquer
um que discordar é um monstro. Você é um monstro.
Eles
costumam chamar isto de síndrome Pauline Kael. Pauline Kael foi colunista do
New Yorker. No passado, em 1972, escrevendo sobre a vitória esmagadora na
eleição George McGovern/ Richard Nixon, ela observou famosamente: “ Vivo num mundo
bastante especial. Só conheço uma pessoa que votou em Nixon. Onde eles estão eu
não sei. Eles estão fora da minha compreensão. Mas às vezes quando estou no
teatro posso senti-los”. Ela podia sentir o mal fluindo daquelas pessoas.
No
nível universitário esta perspectiva é lugar comum – e isto conduz à
discriminação ideológica. Esta discriminação geralmente não se manifesta como
propositadamente dando notas ruins para os conservadores, a maioria dos
professores tenta ficar fora disto, exceto por umas poucas, mas não tão raras,
exceções. Os professores avaliarão para baixo, entretanto, as perspectivas
conservadoras, inconscientemente, porque eles acreditam que tais perspectivas
estão erradas, e as pessoas que as defendem são más. É por isso que quando eu
estava no colégio, escrevia como um comunista em meus exames – obrigado Deus
pelos almanaques! Eu colocaria meu número de registro de estudante em meus
almanaques, e eu seria agora indistinguível de um membro do Spartacus Club.
Recomendo esta estratégia a todos os alunos conservadores em organizações e
universidades de esquerda: não há razão para sacrificar suas notas porque o
professor é um idiota.
Este
tipo de intimidação não está presente apenas na universidade. Ele assumiu a
mídia indiscriminadamente. Para a mídia, todos os argumentos são argumentos de
caráter. Se você discorda dos membros da mídia a respeito de algo, você é
fundamentalmente um mau ser humano. O mesmo é eminentemente verdade em
Hollywood, onde a narrativa moral é o “coração” do negócio. Hollywood é
incrivelmente engenhosa a respeito de promover sua narrativa. Eles criaram um
conjunto de personagens nos quais você acredita, gosta e deseja sair para
passear com eles; você deseja voltar e sair junto com aqueles personagens
semana após semana. Então, Hollywood distorce seus amigos recém-descobertos em
exemplos de comportamento absolutamente irresponsável, representantes de um
comportamento que você pessoalmente descobre intragável. Mas você gosta do
personagem – e então, o apelo emocional de Hollywood estende-se, você imagina
gostar do que ele ou ela fazem. Este é o argumento de Hollywood para o
casamento homossexual: você gosta de certos personagens, logo se você não gosta
do comportamento deles é porque
você é maldoso e desagradável. Isto é o que Hollywood faz melhor.
Se
você assiste Friends, por exemplo, e você não acha que é moral para Rachel ser
promíscua e ter uma criança fora do casamento – especialmente porque ela está
na verdade apaixonada pelo pai de sua criança – então é porque você é
intolerante. Se você acha que quando Murphy Brown tem uma criança fora do
casamento é errado pintá-la como uma santa, como apontou Dan Quayle, se você
diz que Murphy Brown incitou a mentira de que não há consequências negativas
reais na vida por criar um bebê sem um marido, você é castigado como sendo um
ignorante intolerante, como Quayle foi. Agora, vinte anos depois, Candice
Bergen que interpretou Murphy Brown, admitiu que Quayle estava certo, mas à
época, Quayle estva concorrendo à reeleição, então ele tinha que estar errado. A esquerda
não mais constrói argumentos a respeito de efetividade das políticas. Seu único
argumento é o assassinato do caráter.
Quando
debater com um esquerdista
Antes
de chegar a como debater como um esquerdista, a primeira questão a ser
levantada é por que debater com um esquerdista. Nem toda luta vale a pena. Você
deve selecionar suas lutas, há apenas determinadas horas num dia, se você
gastá-las combatendo seu ex companheiro de quarto hippie da Universidade
Estadual da Califórnia, você lamentará em seu leito de morte ter gasto aquelas
horas.
Existem
apenas três situações nas quais vale a pena debater com algum esquerdista.
Primeiro, você deve: sua nota depende disso, ou seu garçom ameaça dividir sua
refeição a menos que você diga a ele porque o casamento homossexual é
prejudicial à civilização Ocidental. Segundo, você encontrou um esquerdista
honesto verdadeiramente desejoso de ser convencido por uma argumentação sólida.
Parabéns! Você encontrou-o. Ele verdadeiramente deseja sentar-se e ter com você
um diálogo baseado em evidências, e você deseja ter com ele uma conversa
baseada em evidências. Tudo é verdadeiramente satisfatório! Então você iniciará
sua separação dos
unicórnios.Terceiro,
você deveria debater com um esquerdista se houver uma audiência. O objetivo do
debate não será vencer ou convencer o esquerdista, ou ser amigável com ele.
Aquela pessoa já discorda de você, e eles não serão convencidos por suas
palavras de sabedoria e sua reluzente e florida retórica. O objetivo é demolir
e destruir tão publicamente como for humanamente possível.
Aqui
está como você fará isto.
As
onze regras para debater com um esquerdista Regra
#1: Caminhe em direção ao fogo. Esta é uma regra que aprendi com meu antigo
mentor Andrew Breitbard. Ele era um estrategista engenhoso que entendia a luta
a nível visceral: ele entendeu que política é uma guerra por outros meios, e
você tem que lidar com ela como numa guerra.
Andrew
costumava dizer que você tem que abraçar a luta, caminhar em direção ao fogo.
Ele explicaria que você será atingido pelos estilingues e flechas de maneira
ultrajante não importa que caminho você tome. Você pode tentar esconder-se dos
ataques da esquerda, você pode tentar fugir deles, tentar ignorá-los, fingir
que a esquerda tenha alcançado algum tipo de “quase consenso no qual eles
vivem” e deixam viver. Isto vai durar até que manifestantes estejam na porta de
sua empresa, reguladores do governo estejam na porta de sua casa, ou os
administradores estejam dentro da sala de aula de seus filhos. Então você
perceberá que enquanto você esteve desejando deixar viver, a esquerda
simplesmente não estava.
Não há
trégua. Trégua não existe. Não importa quão agradável ou educado você seja,
eles virão atrás de você. Mitt Romney aprendeu isto da maneira difícil. Mitt
Romney é uma dos sujeitos mais corteses que já concorreu à presidência. Isto
não impediu Mitt Romney de ser acusado de ser o pior ser humano do mundo. John McCain
é grande amigo de pessoas como o Senador Chuck Schumer (NY) – e isto não teve a
importância de uma vírgula quando chegou a hora de McCain concorrer. McCain foi
chamado de direitista radical e foi pintado como um insano velho maluco para a
vasta maioria do público Americano.
A
esquerda sabe que isto é uma guerra. E eles sabem que você é o inimigo. Você
será castigado. Você será esmurrado. E será desta maneira porquê é deste modo
que a esquerda vence: através da intimidação e da crueldade. Você tem que
assimilar o golpe, você tem que menosprezá-lo. Você tem que estar desejando
assimilar o golpe.
Regra
#2: Ataque primeiro. Não leve o primeiro golpe. Ataque primeiro. Ataque forte.
Ataque onde importa. Mike Tyson costumava dizer: “Todo mundo tem um plano até
que leve um soco”. Isto é rigorosamente correto. Mas lançar o primeiro golpe
requer estratégia. Atravessando a porta, você tem uma tacada – uma! - para
derrubar alguém e abrir a contagem no início do debate. Se feito adequadamente,
qualquer debate de um simples tópico pode terminar dentro de trinta segundos.
Isto
exige pesquisa. Você tem que conhecer seu oponente. Você tem que saber o que
ele dirá, quais são suas táticas preferidas, e qual será sua posição
predefinida. Você precisa entender seu opositor pelo avesso. Se você puder
praticar com um dublê antes de um debate, faça-o: há uma razão para que ambos,
Romney e Obama, tenham feito isto antes dos debates presidenciais. Na maioria
dos debates, que não são presidenciais, seu oponente se dedicará igualmente ao
debate com clareza. Não há substituto para a preparação. Conheça as tendências
de seu oponente, particularmente se ele tem uma tendência a baixar a guarda. É
onde você ataca.
Regra
#3: Enquadre seu oponente: Tenho argumentado que a cartilha inteira da esquerda
consiste numa simples peça: personificar a oposição. Isto é inacreditavelmente
eficaz. E o único modo de ficar acima de argumentos ad hominem é enquadrar seu
oponente – faça com que seja nocivo para seu oponente difamar você. Então,
esperançosamente, você pode deslocar o debate para território mais
significativo.
Este
primeiro passo é vital. É o único primeiro passo. Esta é a razão pela qual a
direita consistentemente perde os votos dos negros e hispânicos – não porque as
políticas de direita sejam detestáveis para negros e hispânicos, mas porque
negros e hispânicos foram ensinados por gerações que conservadores os odeiam.
Não há
modo de convencer alguém de que você não o odeia. Você pode convencêlo,
entretanto, que seu oponente é mentiroso e odioso. Quando um esquerdista chama
um conservador de racista, a tendência conservadora é defender-se explicando o
motivo de não ser um racista. Esta é uma
batalha perdida. Na verdade, você perdeu o argumento no momento em que se
engajou nele. A resposta adequada a uma acusação de racismo é não, “eu não sou
racista”. Nunca fui. Tenho amigos negros, chefes negros, empregados
negros”. Você ainda terá recebido
suprimentos por dignificar a acusação com uma resposta. A resposta adequada
para uma acusação de que você bate em sua esposa não é explicar que você não
bate em sua esposa e na verdade é um feminista ardente: é apontar que fazer
acusações sem evidências faz de seu oponente um pedaço de lixo. A verdade é que
seu oponente, que te rotula de racista sem evidência, é o verdadeiro racista: é
ele que dilui o termo racismo até que perca o significado para rotular como
racista qualquer argumento com o qual
ele discorde.
Nenhuma
conversação racional é possível com alguém que insiste que você não é digno do
debate. Na verdade, se o seu oponente pensa que você não é digno do debate, ele
não é digno do debate. Se o seu oponente deseja ingressar num mundo no qual
podemos ter conversações racionais a respeito de custos e benefícios de
políticas particulares, você está feliz por fazê-lo. Se não, a conversação
acabou. Não haverá diálogo no qual você me acusa de racista, e eu explico
porquê não sou. Esta é uma conversa para idiotas.
Agora,
há um outro ponto importante aqui: não espere que seu oponente o chame de
racista antes partir para a ofensiva. Você pesquisou seu oponente, você conhece
a estratégia, e sabe que ele te chamará de racista porque ele sempre chama seus
oponentes de racistas.
Então
acerte-o primeiro, apontando sua tática viciosa.
Isto
foi o que fiz com Piers Morgan, da CNN, quando debati com ele sobre controle de
armas (desarmamento). Piers Morgan tinha se tornado a face do movimento de
controle de armas em seguida ao horrível massacre de Sandy Hook Elementary, e
ele o fez provocando pessoas de direita e então sugerindo que eles eram maus
por discordar dele. Ou, alternativamente, ele tinha provocado malucos como Alex
Jones, esperado que eles se descontrolassem, e então sugerido que todos os
proprietários de armas eram loucos furiosos esperando para disparar. Quando ele
recebeu Larry Pratt, dos Proprietários de Armas da América, chamou-o de “homem
inacreditavelmente estúpido” após Pratt ter apontado que o controle de armas
falhou nos municípios através do país. Então ele acrescentou: “Você não tem
absolutamente nenhum argumento coerente. Você realmente não dá a mínima para a
taxa de assassinatos por armas de fogo na América”.
Em
consequência deste debate, escrevi um artigo no qual sugeri que Morgan tem
estado “'fora dos trilhos’ por dias, na esteira do massacre de Sandy Hook”.
Morgan convidou-me para debater o artigo.
Aqui
está como foi o debate :
Piers
Morgan, CNN Host: Meu próximo convidado tem palavras fortes para mim. Ele diz
que estou “fora dos trilhos” a respeito de armas na América. Ben Shapiro é um
importante editor em Breibart.com e autor de Bullies: How the Left's Culture of
Fear and Intimidation Silences Americans (Intimidação: Como a Cultura de Medo e
Intimidação da Esquerda Silencia os Americanos). Então, por que estou 'fora dos
trilhos', Sr. Shapiro?
Shapiro:
Você sabe, honestamente Piers, você tem sido um tipo de intimidador nesta
questão, devido ao que você faz, e tenho visto isto repetidamente no seu show.
Eu assisto a seu show. E tenho visto isto repetidamente. O que você tende a
fazer é demonizar as pessoas que diferem de você politicamente colocando-as nas
sepulturas das
crianças de Sandy Hook ao dizer que elas não parecem preocupar-se o suficiente
a respeito das crianças mortas. Se elas se preocupassem mais, elas concordariam
com você em política. Penso que podemos ter uma conversa racional, um debate
político a respeito de contrabalançar direitos, riscos e recompensas de todas
estas diferentes políticas, mas não penso que o que precisamos fazer seja
demonizar pessoas que estejam no lado oposto como sendo insensíveis ao que
aconteceu em Sandy Hook.
Eu
estava neste ponto ao que Morgan, nas palavras de John Nolte do Breitbart,
agarrou as suas pérolas.
Morgan:
Como ousa acusar-me de sustentar-me nas sepulturas das crianças que morreram
lá. Como você ousa...
Shapiro:
Tenho visto você repetidamente, Piers.
Morgan:
Eu digo, como você ousa...
Shapiro:
Bem, quero dizer, você pode continuar dizendo isto, mas você o fez
repetidamente. O que você faz, e tenho visto você em seu programa, é o que você
continua a dizer às pessoas se elas discordam de você politicamente, logo, de
algum modo, isto é uma violação do que aconteceu em Sandy Hook. Posteriormente
na entrevista, Piers retornaria a este ponto, depreciando-me porque ele tinha
discordado de meus argumentos sobre os direitos da Segunda Emenda. De novo,
martelei profundamente no ponto: Piers era um tagarela e um intimidador:
Morgan:
Você sabe quão absurdo você soa?
Shapiro:
Aqui é onde você entra no “absurdo” e a “Você é absurdo, você é estúpido”. Eu
entendo …
Morgan:
Não estou intimidando (bullyng).
Shapiro:
É claro que está.
Morgan:
Não sou eu que vim aqui e acusou-o de sustentar-se nas sepulturas de crianças
mortas...
Shapiro:
Porque você é o sujeito que está fazendo isto. Estou revidando em dobro.
Morgan:
Isto é o que eu chamo de intimidar (bullying).
Shapiro:
Você sabe como eu chamo isto? Revidar em dobro, nas palavras do Presidente
Obama.
Morgan:
Isto é o que chamo bullying.
Shapiro:
Isto é surpreendente.
Morgan:
O que é surpreendente?
Shapiro:
O que é surpreendente a respeito disto é que por semanas você tem dito que
qualquer um discorde de sua posição é absurdo, idiota e não se importa com as
crianças mortas em Sandy Hook. E então quando eu digo que isto é uma tática de
intimidação você vira-se e diz que eu estou te intimidando por afirmar isto. Isto
é absurdo. Isto é ridículo.
É
importante fazer isto. A esquerda não tem uma cartilha. Eles têm um movimento.
Um único movimento. O movimento: você é um idiota. Eles têm um movimento. Um
movimento! O movimento é: você é desagradável. Tire isto deles, e eles não
terão nada. Não há literalmente nada que Piers Morgan pudesse dizer, porque ele
não tinha fatos ou evidências a sua disposição, a menos não para os argumentos
que ele estava construindo.
Quando
tirei aquela tática de Piers, ele estava essencialmente acabado.
A
entrevista transcorreu durante dois segmentos.
Durante
o intervalo, um dos produtores de Piers “sacou” de uma vítima de disparos. Sem
dúvida ele estava preparando-se para girar a câmera – pude na verdade ver o
câmera preparando-se para fazê-lo – e forçar-me a apresentar meus argumentos
pró armas a alguém que tinha sido ferido com um tiro. Mas porque eu já tinha
condenado suas táticas intimidatórias, aquele estratagema estava fora da mesa.
No momento em que ele sacasse aquela tática, eu teria dito a ele que ele estava
perfeitamente confortável não apenas em apoiar-se nas sepulturas das crianças
de Sandy Hook, mas apoiar-se na cadeira de rodas de uma vítima de disparo. Eu
teria dito, “Por que você tem que usar vítimas para ilustrar sua posição? Por
que você não pode apenas me convencer com base em evidências de que o que você
está propondo é a solução correta para a América?”
É
suficiente dizer, Piers estava bastante descontente durante o debate.
Regra #4: Enquadre o debate. A esquerda é especialista
no enquadramento de debates. Eles têm chavões e os usam para dirigir o debate
em direção a posições que você não pode vencer. Eles são tolerantes, diversos,
defensores da justiça social. Se você se opõe a eles, por contraste, você é
intolerante, xenófobo e a favor da injustiça.
Agora,
todos estes termos são, para ser educado, uma asneira, se considerados como
valores morais absolutos. A esquerda é extremamente intolerante em relação aos
conservadores e pessoas religiosas, é por isso que eles são interessados em
forçar confeiteiros Cristãos a fornecer para casamentos homossexuais. Eles são
avessos à diversidade intelectual, particularmente nos setores da vida
Americana nas quais eles predominam, por isto eles reprimem o conservadorismo
nos campus e na mídia. E na justiça social, se social é presumido como oposto a
individual, então a justiça social é por definição injusta. O uso de chavões
mágicos da esquerda te coloca num canto, contra supostos valores universais ou
sustentados universalmente.
É
importante que você neutralize estes chavões rapidamente, pois de outra maneira
você estará argumentando contra termos sem sentido que podem ser usados contra
você. Você não pode argumentar contra termos vazios. Então não aceite as
premissas dos argumentos deles, que são amplamente baseados em chavões. Quanto
ao casamento homossexual, a questão não é como o casamento homossexual
prejudica o seu
casamento, esta é uma questão estúpida e sem sentido, é como indagar como a
escravização de outros te fere pessoalmente. A questão é se uma criança precisa
de uma mãe e de um pai. A questão não é se a duas pessoas que se amam deva ser
dado a aprovação estatal, mesmo a esquerda reconhece que tal definição é ampla
demais, dado que ela incluiria relacionamentos incestuosos. A questão é porque
o casamento deveria ser redefinido, e como o casamento homossexual fortalecerá
a instituição do casamento.
No
controle de armas, utilizei esta regra contra Piers Morgan quando redefini o
debate para porque os Americanos precisam de um tipo particular de arma, uma
questão idiota, dado que os Americanos não precisam de muitas das coisas que
consideramos manifestações essenciais da liberdade, e direcionando a questão
para como ajustar a Segunda Emenda com as demandas de segurança pública. Para
este fim, entreguei a Morgan uma cópia da Constituição. Disse a ele que eu
estava feliz em discutir a evidência do controle de armas, feliz em discutir
riscos, direitos e recompensas de políticas específicas. Mas tínhamos que
trazer a Constituição para dentro do debate. “Eu realmente gostaria de ouvir
suas prescrições políticas a respeito de armas porque você disse respeitar a
Segunda Emenda. Você sabe, entreguei este exemplar a você de modo que você
possa lê-lo”, disse a ele. O ponto era compelir Morgan numa área em que ele
estava desconfortável. Mais tarde Morgan lançaria aquela cópia da Constituição
chamando-a de “seu livrinho”. Rejeitando um enquadramento universal para
discutir o controle de armas e atirando isto na face do povo Americano. Apenas
um ano depois, Piers estava fora do ar.
Esta
tática, forçar a esquerda a debater dentro de contextos que os desagradam, é
utilizável em virtualmente todas as frentes. Quando você está discutindo
mudanças climáticas, por exemplo, a questão adequada não é se o homem está
causando as mudanças climáticas. A questão é se o homem pode estabelecer as
mudanças climáticas, uma questão para a qual a resposta universalmente
conhecida é essencialmente não, a menos que desejemos retornar à época
pré-industrial. Esta é uma questão muito utilizável, e também evita o argumento
preferido da esquerda no debate
sobre aquecimento global, que é uma variante de sua linha de argumentação
preferida no controle de armas: “O aquecimento global é causado pelo homem. Não
concorda? Isto é porque você é estúpido e odiável”. De maneira geral, as três
linhas de ataque favoritas da esquerda são: 1) você é estúpido; 2) você é mau;
3) você é corrupto. Sarah Palin é supostamente estúpida; Mitt Romney é
supostamente mau; Dick Cheney é supostamente corrupto. Tire deles estas linhas
de ataque e observe o desconforto acionado.
Regra
#5: Localize as inconsistências nos argumentos da esquerda. Os argumentos da
esquerda são cheios de inconsistências. Inconsistências internas –
inconsistências que são inerentes à visão de mundo da esquerda em geral. Isto
se dá porque pouquíssimas pessoas na esquerda admitirão a verdadeira agenda da
esquerda, que é inteiramente extremada. Esquerdistas preferem argumentar com
medidas paliativas nas quais eles não acreditam. Por exemplo, eles dizem querer
banir armas de assalto para impedir assassinatos por armas de fogo. Mas este
argumento é absurdo, porque armas de mão são mais utilizadas para matar pessoas
do que as chamadas armas de assalto. E ainda, a esquerda não argumentará a
favor da proibição geral de armas, porque eles sabem que perderão.
Para
tomarmos um outro exemplo, em relação à saúde pública, a esquerda sugere que
seu objetivo é tornar o acesso aos serviços médicos disponível para todos. Mas
eles não exigem que uma certa porcentagem da população vá para as escolas de
medicina. Isto porque a fim de que o governo garanta a disponibilidade de um
produto, o governo deve ou empregar trabalhadores ou forçar trabalhadores a
ingressarem numa determinada indústria. A contratação de trabalhadores pelo
governo requer que o governo pague por médicos, e a esquerda argumenta que os
médicos já ganham dinheiro demais. E a esquerda não deseja argumentar
abertamente o que eles de fato preferem: forçar pessoas a praticar medicina
para aquelas pessoas que o governo considera merecedoras. A menos que você esteja
querendo usar a lei para forçar pessoas a ingressar na escola de medicina, você
não pode ter um sistema de saúde universal. Isto é o que eles estão descobrindo
na Inglaterra, Canadá e Israel.
–
todos países nos quais a medicina privada está em ascensão, legal ou
ilegalmente, fora dos auspícios do governo.
Saúde
pública e controle de armas não são o único exemplo. No casamento homossexual,
a esquerda proclama que não é assunto do estado regular a vida privada de
alguém, a não ser que a esquerda esteja simultaneamente proclamando que o
estado deva penalizar a atividade privada de alguém. No aborto, a esquerda diz
que é uma escolha, mas ignora as escolhas do bebê.
Quase
que invariavelmente há inconsistências intransponíveis nas posições afirmadas
publicamente pela esquerda que estão em conflito com os reais princípios
fundamentais da esquerda. Seu objetivo é, pela exposição de suas
inconsistências, fazer a esquerda admitir de uma vez por todas no que eles
acreditam sobre política.
Regra
#6: Force os Esquerdistas a Responder Perguntas: Esta regra é na verdade apenas
o corolário da Regra #4. Esquerdistas estão confortáveis apenas quando estão te
forçando a responder perguntas. Se eles têm que responder perguntas, eles
começam a coçar a cabeça. As questões que eles preferem responder é sobre o teu
caráter, as questões que eles preferem não responder são sobre o caráter deles.
Pelo contrário, eles gostam de se esquivar de questões que apoiem aqueles
argumentos de caráter.
Se
você forçar um esquerdista a responder se ele ou ela preferiria desistir de
papai ou mamãe em nome do politicamente correto - afinal, todas as famílias são
iguais, então que diferença faz? - eles fugirão. Se você forçar um esquerdista
a responder se eles obrigariam igrejas a realizar casamentos gays, eles
fugirão. Se você forçar um esquerdista a responder porque nós deveríamos
renunciar a nossos belos carros enquanto Chineses e Russos continuam a despejar
resíduos tóxicos na atmosfera, eles fugirão.
Forçar
a esquerda a responder perguntas é, quase sempre, como tentar prender pudim na
parede – confuso e quase impossível. Mas é desconfortável para eles estar
na
defensiva.
Regra#7:
Não se distraia. Você pode notar, quando argumentar com alguém da esquerda, que
toda vez que você começa a destacar um ponto, este esquerdista começa a
disparar contra George Bush. É como a Síndrome de Tourette Esquerdista. “Por
que Obama estourou o orçamento?” “BUUUUUUUUUSHHHHH!!!!”
Não se
deixe enganar. Você não precisa seguir o coelho idiota até sua toca de coelho
lotada. O mesmo se aplica ao casamento gay, o qual os esquerdistas mencionam
não importa o contexto. Você não gosta da taxa de impostos? Bem, você
provavelmente pensa que aqueles impostos são tão elevados devido à Regra #8
(Você não tem que defender as pessoas do seu lado ).
Argumentar
com a esquerda é como tentar pregar gelatina na parede. É escorregadio, confuso
e um desperdício de recursos. Você deve forçá-los a responder perguntas. Então
da próxima vez que eles mencionarem Bush, sua reposta deveria ser, “WILLIAM
MCKINLEY” (LULA!). Bush não tem a ver com isto.
Em
nosso debate sobre controle de armas, Piers Morgan tentou exatamente esta
tática. Durante o intervalo, um de seus Oompa-Loompas apressou-se com diversas
caixas de Sudafed (anti gripal). Sendo da Califórnia pensei, é claro, que
estávamos nos preparando para “cozinhar” alguns cristais de metanfetamina. Mas
o que estava para suceder era menos lucrativo. Ele tentou argumentar que eu era
inconsistente por haver restrições à quantidade de Sulfed que você pode
comprar, mas não à quantidade de munição. Declarei simplesmente que não via
relação entre as duas leis, que estaria feliz em discutir ambas em separado,
mas considerava a conexão desnecessária e confusa. Ele teve que avançar.
Regra
#8: Você não tem que defender as pessoas do seu lado. Você não tem que defender
alguém apenas por estar do seu lado da discussão. Os conservadores são
rotineiramente apanhados neste ardil, porque eles imaginam que o inimigo de seu
inimigo é seu amigo: se a esquerda está atacando alguém, ele merece ser
defendido.
Mas
isto não é verdade. Eu gostava de George W. Bush, mas seu segundo mandato foi
uma zona de desastre. E assim foi muito de seu primeiro mandato. Não sinto
necessidade de defender sua política para o Irã, porque ela foi terrível.
Pausa.
Ronald
Reagan não foi um deus. Ele próprio teria dito isto. Não siga pessoas. Siga
princípios.
Regra
#9: Se você não sabe algo, admita. Lembro-me de certa vez quando eu era mais
jovem e estava numa reunião de negócios com um cliente e estava tentando
convencê-lo a investir. O cliente perguntou-me se eu sabia a respeito de algo
que ele havia escrito. Acenei distraidamente, ele então perguntou-me o que eu
achava. Tentei uma resposta enganosa, mas falhei miseravelmente. Mais tarde,
alguém mais velho e mais sábio me levou a uma incumbência.
Desde
então fiz disto uma missão, reconhecer se não sei o suficiente sobre alguma
coisa. Não seja pego na armadilha de acreditar que você sabe tudo a respeito de
tudo. Seu oponente, sem dúvida, saberá algo que você não sabe. É honesto
declarar simplesmente: “Eu não sei isto, mas estarei feliz em pesquisar e te
retornar”.
Uma
outra nota aqui: não mencione um tópico com o qual você não seja extremamente
familiarizado.
Mitt
Romney teria sido beneficiado por esta estratégia. Quando ele mencionou Bengazi
no debate de Candy Crowley, estava claro que não tinha fluência no tópico. O
resultado: ele foi pego de calças curtas publicamente, embora ele estivesse
correto.
Regra
#10: Deixe que o outro lado obtenha vitórias sem sentido. Este é um “truque de
salão” que você pode usar com grande efeito com seus amigos esquerdistas.
Esquerdistas valorizam moderação artificial acima de tudo mais, concedendo a
eles um ponto ou dois, você pode convencê-los de que você não é de modo algum
um direitista radical. Afinal, qualquer um pode admitir que ambas as partes são
terríveis!
Estes
são pontos que não significam nada. Você não perde nada declarando que ambos os
partidos, Democratas e Republicanos, são péssimos – e eles parecem imoderados
por recusar-se a reconhecer o mesmo. O mesmo se aplica em relação à linguagem
de esquerda.
Se a
esquerda te atrai para a reforma da imigração, sua resposta deveria ser sempre
que você é pela reforma da imigração. Agora, como eles definem a reforma da
imigração? Esta é a questão chave. Mas
porque você já concedeu a premissa de que você aprecia a reforma da imigração,
você não parece imediatamente um opositor . A verdade é que, como muitos chavões
políticos, reforma da imigração pode, virtualmente, significar nada: pode
significar construir um fosso na fronteira, ou conceder anistia geral. O debate
é sem sentido até que você force a esquerda a definir os termos. Até então,
podemos concordar com platitudes inúteis.
Regra
#11: A linguagem corporal é importante. Lembra-se de 2008 quando John McCain
estava debatendo com Barack Obama? As imagens eram relativamente horríveis para
os Republicanos. Você tinha um cara negro, de relativa boa aparência, versus um
cara baixo, curvado, de olhar enfezado, careca, refugiado branco do elenco de
Imperador Palpatine. Durante o debate ridículo, John McCain apertou o microfone
como se fosse estrangulá-lo. Qualquer um que pareça furioso num debate perderá.
Imediatamente. E durante o DNC, Obama parecia um deus Grego descendo das nuvens
numa carruagem Olímpica, enquanto que McCain parecia ter sido encontrado
perdido em frente a uma tela verde de um estúdio pornô em San Fernando Valley.
Nixon
perdeu o debate televisionado com Kennedy em 1960, mas venceu o debate no
rádio. Os debates foram os mesmos. Apenas Nixon parecia péssimo na TV .
A
esquerda é especialista em aparência. A direita não é, porque a direita
falsamente acredita que a aparência superficial pode ser superada com
substância de argumentos. O que tem funcionado fabulosamente para cada grande
atriz que possui 130 Kg em Hollywood -
tanto imagem quanto conteúdo estão em funcionamento.
Todos
riram de Marco Rubio bebendo sofregamente uma garrafa de água durante sua
resposta no State of the Union, a direita protestou que tais risadas não foram
justas. Mas a verdade é que foram justas.
O grande gole de água disse duas coisas: que Marco Rubio estava nervoso
e que o partido |Republicano foi incompetente demais para colocar uma garrafa
de água no pódio diante dele. Imagem é importante.
Bill
Clinton sabia que imagem corporal importa. Ele mordeu o lábio inferior, porque
isto expressava emoção e controle. Ele tinha variados tipos de aperto de mão
para vários níveis de potenciais doadores (e ele tinha um aperto de mão
especial para Monica Lewinsky). Ele gesticulava como que apertando o botão do
elevador: um punho com o polegar adiante, comunicando poder e gentileza. Ele
usa movimentos amplos e abertos com os braços.
Há uma
razão para que a maioria dos candidatos Democratas trabalhem com Hollywood. O
presidente Obama – então Senador Obama – foi o primeiro candidato a usar
teleprompter em sua vitória na convenção partidária em Iowa. Ele sabia que
estava falando com a população Americana e não apenas com as pessoas no
auditório. As pessoas no auditório podem ter zombado dele. Ele sabia superar.
Ted Cruz deveria ter encarado a câmera durante sua obstrução. E ele deveria ter
mordido seus lábios quando leu Green Eggs and Ham.
Você
deve parecer uma pessoa legal a fim de que as pessoas acreditem que você é uma
pessoa legal. Estudos científicos mostram que as pessoas literalmente te
julgarão dentro de milissegundos ao te verem. Faça-as ver o que você deseja que
elas vejam.
Conclusão. Em
fevereiro de 2014, cerca de um ano após Piers e eu termos debatido o controle
de armas em seu show, a CNN anunciou que ele seria afastado do programa. Estou
contente por ter dado uma mão em desmascarar sua nefasta linha de argumentação.
Mas, honestamente, debater com aqueles à esquerda é uma habilidade que qualquer
um pode aprender. Se você deseja dedicar-se a isto obtenha conhecimento de seus
próprios
argumentos, e obtenha ainda mais conhecimento sobre os argumentos da esquerda.
Você
será arrastado para dentro destes debates. Você será arrastado para um combate.
Mas não tem que odiá-lo. Na verdade, isto pode ser um sopro absoluto. O momento
em que você não liga a mínima para o que eles dizem sobre você, porque você
percebe que eles estão mentindo, é o momento em que você deve ter a mão
erguida.
É
vibrante quando você sabe como responder a alguém que te chama de racista sem
evidência. É vibrante prosseguir na ofensiva. E é duplamente vibrante quando
você sabe que o futuro do país está em risco e você está desempenhando um papel
vital ao reagir.
Em
2009 o substituto de Obama, Jim Messina, disse aos Senadores Democratas que
eles poderiam defender Obama tão estridentemente quanto possível, porque no
final das contas “Se vocês baterem”, disse Messina, “nós revidaremos com o
dobro da força”.
Por
décadas os conservadores têm sido atacados por intimidadores. E só há uma
maneira de lidar com intimidadores. Nas palavras da Casa Branca, revide com o
dobro da força.
BEN SHAPIRO.