domingo, 17 de maio de 2015

HOMENS SAPOS E OS ARQUITETOS DA DESTRUIÇÃO




HOMENS SAPOS E OS ARQUITETOS DA DESTRUIÇÃO 

Há indivíduos que possuem uma característica em comum, achar que coisas desagradáveis nunca irão piorar a ponto de rasgar a sua bolha existencial ferindo sua efêmera zona de conforto. Chamarei tais indivíduos de "homens sapo". Esses acreditam que por mais que as coisas estejam ruins, elas nunca irão se tornar desesperadoras para as suas medíocres existências. Esquecem-se, os “sapos”, dos avisos incansáveis de imortais visionários da história como o primeiro ministro britânico Winston Churchill que declarou ao final da guerra que “uma cortina de ferro se abateu sobre o mundo”. Na ocasião, já deixava claro o fato de haver uma ameaça totalitária imperando sobre o orbe em devaneios megalomaníacos e psicopáticos.

A história é a maior inimiga da imprevisibilidade. Não é à toa que o inesquecível Winston Churchill foi pioneiro ao pregar no deserto contra os perigos do nazismo. No entanto, o flagelo de alienados foram representados pelo “homem sapo major”, o primeiro ministro, Neville Chamberlain, que prometeu paz a Europa, retornou do diálogo com o tirano sem ao menos possuir a previsibilidade das trevas que então já se anunciavam no horizonte. Sua falta de conhecimento da psicologia humana, sua estupidez e preguiça de vislumbrar os inúmeros exemplos históricos, conduziu a Europa, por omissão do típico “homem sapo”, aos horrores dos crimes contra a humanidade.

Homens Sapo sempre  pecam  pela omissão, excesso de otimismo e de imprevisibilidade então  estão a indicar  burocratas que se ajustam como parafusos perfeitos  da engrenagem do mal do estado , executando suas tarefas e se eximindo da humanidade e da culpa ao mal servir a comunidade .

A banalização do mal de Hanna Arendt é constatada na configuração de um estado totalitário. De forma gradual e sistemática pessoas estão perdendo sua capacidade de serem indivíduos éticos, estão submetendo sua consciência ao mal simplesmente por preguiça e osmose. A sujeição do indivíduo ao poder corrupto e criminoso, à engrenagem do mal, da qual agora já se tornam parte. Tornando-se mais engrenagens e menos indivíduos, contudo, como não são capazes de anular suas consciências irão responder por seus atos perante o tribunal da história.

Está chegando a infeliz hora de o brasileiro descobrir o que foram os campos de concentração e os gulags russos. Ficam os votos para que não renasça das cinzas do pecado deste ato consciente de omissão aliado a estupidez arrogante dos “homens sapos” outro holocausto ou “Holodomor” em terras tupiniquins.



Edmund Burke – “Para que o mal vença basta que os bons nada façam”.



Prof Daniel Rocha .

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