A REVOLUÇÃO COMO UMA CRISE
A REVOLUÇÃO COMO UMA CRISE
O
atributo do pecado é individual. Coletivos quaisquer cometem crimes que, no
entanto, são praticados por pessoas impulsionadas pela fé na política e na
obediência a líderes messiânicos e carismáticos. Os crimes, assim como o
pecado, são cometidos por indivíduos. Os genocídios contra a humanidade, são
cometidos por pessoas valendo-se do poder que lhes confere um determinado
aparato burocrático. Pessoas se utilizam desse poder dado pelo estado para
manipular outros indivíduos, de forma a agirem sob seu comando obedecendo um
escopo de poder e sob a égide de determinada ideologia que a tudo justifica.
Genocídios
perpetrados por indivíduos sob o comando de governo marxista são vários na
história, como por exemplo os Hutus que assassinaram semelhantes pertencente à
etnia Tutsis em Ruanda. Crimes coletivos são perpetrados em nome da obediência
cega a um líder ou feiticeiro, em síntese. As pessoas se tornaram desumanizadas
por sofrerem como insumos o processo revolucionário gradual das
tendências-ideias e fatos. Indivíduos se transformaram em “ferramentas
automáticas” e autômatos de uma engrenagem burocrática governamental assassina.
Assassinatos perpetrados coletivamente são praticados por indivíduos que
abriram mão de sua individuação em nome de um coletivo qualquer.
Cito
genocídios e assassinatos já ocorridos no século XX para deixar bem claro aonde
a crise que descrevo nos poderá conduzir. Lembrando a citação de Edmund Burke:
“Para a vitória do mal apenas basta que os bons nada façam”. Mas que crise será esta?
Toda
ação coletiva é uma ação humana praticada por pessoas. O ser humano é um ser
social que interage e se relaciona no mais profundo mutualismo. Onde
influências de personalidades, vivências e troca de valores são realizadas em
uma quantidade praticamente infinita de informações. Daí pode se concluir que
apesar do pecado ser um atributo individual ele inspira outros a o cometer como
em uma cadeia de fatos, citando o exemplo do ilustre pensador católico Dr.
Plinio Correa de Oliveira, que descreve a crise revolucionaria como um incêndio
em uma floresta que apesar de ter um foco determinado espalha-se de tal forma
que se torna praticamente impossível determinar onde surgiu a faísca
responsável.
As
causas do comportamento humano se pautam em ações individuais praticadas por
pessoas. Estas nascem como bárbaros necessitando serem alimentados e educadas
dentro de uma tradição ética e moral que no mundo ocidental se pauta sobretudo
nos valores morais defendidos pela tradição moral do judeu-cristianismo.
Tradição esta que comprovadamente justifica a lei natural onde o ‘amor ao
próximo’ e o ‘não matarás’ são regras comuns da humanidade civilizada.
A
teoria de Rousseau, do bom selvagem, cai por terra, bem como a de todos os
“intelectuais ungidos”, lembrando assim a terminologia do intelectual americano
Thomas Sowell ao qualificar pensadores de esquerda. O ser humano não nasce bom
e nem a sociedade o corrompe. O ser humano nasce para ser polido e educado
dentro da ética e da moral. O ser humano sem educação não irá possuir elementos
para se defender e sobreviver recorrendo inevitavelmente à animalidade de seus
instintos primários que sem recursos interpessoais só lhe resta a violência.
Portanto, o recurso do pecado.
Para
se entender a crise que aqui chamo de revolução vejo a necessidade de citar o
pensador católico Prof. Plínio Correa de Oliveira em sua obra profética e
magistral “Revolução e Contrarrevolução: “O orgulho leva ao ódio a toda
superioridade, e, pois, à afirmação de que a desigualdade é em si mesma, em
todos os planos, inclusive e principalmente nos planos metafísico e religioso,
um mal. É o aspecto igualitário da Revolução. ”
“A
sensualidade, de si, tende a derrubar todas as barreiras. Ela não aceita freios
e leva à revolta contra toda autoridade e toda lei, seja divina ou humana,
eclesiástica ou civil. É o aspecto liberal da Revolução. ”
A
crise que dissertamos é igualitária e liberal e nasce do orgulho. O ódio
resultante da hierarquia, da monarquia, da autoridade é impulsionado pelo
orgulho que deriva outros sentimentos em cadeia como o ressentimento. Este
último tão bem usado por líderes populistas que jogam nações contra nações,
raças contra raças e classes contra classes com o fim apenas de concentrar
poder orgulhosamente para si mesmo e de forma eterna.
A
natureza humana não é perfeita nem em moral e nem em ética, portanto suas
sociedades são indubitavelmente imperfeitas. A Moral e a Ética socialmente
edificadas estão em conflito com os instintos vis e primários do homem. Toda
vez que o indivíduo peca ele agride a lei natural e a tradição ocidental. O
pecado é a abolição do próprio homem. O homem se animaliza no pecado, portanto,
fé na política e em uma sociedade idílica perfeita se traduz em sua prática
administrativa em hecatombes vistas no século passado.
Utopias
diversas visam manipular sentimentos do orgulho, da sensualidade e do
ressentimento. Esse foco de incêndio revolucionário está nas tendências
demasiadamente humanas do pecado.
A
crise da revolução nasce nas tendências humanas contra a retidão da ética e da
moral. Citando Prof Plínio Corre de Oliveira: “Como vimos, essa Revolução é um
processo feito de etapas, e tem sua origem última em determinadas tendências
desordenadas que lhe servem de alma e de força propulsora mais íntima”
“Assim,
podemos também distinguir na Revolução três profundidades, que cronologicamente
até certo ponto se interpenetram. ”
“A
primeira, isto é, a mais profunda, consiste em uma crise nas tendências. Essas
tendências desordenadas, que por sua própria natureza lutam por realizar-se, já
não se conformando com toda uma ordem de coisas que lhes é contrária, começam
por modificar as mentalidades, os modos de ser, as expressões artísticas e os
costumes, sem desde logo tocar de modo direto - habitualmente, pelo menos - nas
ideias. ”
Quando
o psiquiatra e escritor Theodore Dalrymple em suas inúmeras visitas a presídios
destaca que o criminoso no que se refere a seus crimes em sua grande maioria
apenas lamenta sua situação se vitimando sem demonstrar arrependimento algum.
Apenas ressentimento e contorcionismo cerebral para justificar o crime que cometera.
Demonstra o quão profunda é a análise do intelectual católico ao descrever que
é nas tendências que se situa a fonte de todo mal, ou seja, no próprio pecado
que é cometido individualmente. É na justificação desta brutalidade do orgulho
e do ressentimento que em sua acepção mais profunda nasce o arcabouço
ideológico das utopias ou das religiões seculares que pregam a idolatria ao
estado justificando assim todo o mal.
Voltando
ao Dr. Plínio Correa De Oliveira:
A REVOLUÇÃO NAS IDÉIAS
“Assim,
inspiradas pelo desregramento das tendências profundas, doutrinas novas
eclodem. Elas procuram por vezes, de início, um modus vivendi com as antigas, e
se exprimem de maneira a manter com estas um simulacro de harmonia que
habitualmente não tarda em se romper em luta declarada. ”
Aqui
temos o desdobramento das tendências como o orgulho que seriam as ideias
revolucionárias. Impressionante que a dissonância cognitiva do igualitarismo,
das utopias e das ideologias visam, todas, desconstruir a ética moral do
judeu-cristianismo chegando a radicalizar-se a tal ponto, por exemplo, de
justificar atos inúmeros contra a vida como defender o terrorismo inspirado
pela heresia fundamentalista do islamismo somente por esta almejar em vão
desconstruir o pilar ético e moral do Judeu-Cristianismo, ou seja, do mundo
ocidental.
As
ideias revolucionárias surgem, pois, para dar justificativas às tendências
desordenadas da natureza humana. O interesse em sobrevalorizar a originalidade
dar triunfo à superficialidade das ideias e aos instintos primários.
O
homem bestializado não possui a independência necessária para realizar escolhas
da ação humana enquanto indivíduo livre dotado de maturidade adulta logo
necessita ser tutelado como uma criança mimada. Entrega ao estado, não apenas
sua alma, mas a sua liberdade.
Daí
nasce a cultura da mediocridade que tem em sua raiz o orgulho e a sensualidade
de si mesmo. Os meios de comunicação e profissionais diversos por preguiça
mesmo incentivam a difusão de uma revolução da soberba que ao sobrevalorizar a
originalidade rompem com a tradição expondo o prazer do avilte ao decoro e as
virtudes do bom senso e da cordialidade do trato humano.
Toda a
revolução no campo das ideias necessita impor seu desprezo pela tradição e pela
moral. Ao desconstruir com falácias o que foi construído por séculos pela
tradição judaico-cristã, as utopias revolucionárias buscam impor fé na política
construindo sua visão de mundo uma cosmovisão verdadeiramente totalitária.
O
estado de bem-estar social promete o maná para esses indivíduos perturbados e
vis que almejam serem tutelados. Estes lobotomizados na mediocridade coletiva
almejam receber benefícios sociais e privilégios pelo simples fato de sentirem
ressentidos e vitimados como se o mérito de alguns outros fosse uma agressão a
suas pusilânimes existências.
Ao
assumir as rédeas do poder, os agentes da revolução buscam a tudo planejar em
um verdadeiro caminho da servidão citando Frederick Von Hayek que afirma em seu
famoso livro de mesmo nome que ao buscar planejar a vida econômica da sociedade
o estado na verdade começa progressivamente o processo de solapar gradualmente
as liberdades e garantias individuais.
Em
nome de minorias manipuladas pelo ressentimento os agentes revolucionários
concentram poder em mãos do seu líder messiânico e do seu deus pagão [O estado
de bem-estar social]. Este, por sua vez, irá por sua vez concentrar privilégios
nas mãos de seus agentes revolucionários distribuindo com seu assistencialismo
o maná do “homem-gado”. Isso através do confisco e dos impostos sobre os
indivíduos que restam ainda livres e independentes que geram a riqueza através
de suas ações individuais. O estado agigantado e hipertrofiado, em nome de uma
função social qualquer, rouba dos indivíduos dotados de mérito a dignidade da
pessoa humana a despersonalizando.
Para
entendimento da crise revolucionária deixo a excelente discrição do Filósofo
Prof Brasileiro Olavo de Carvalho: “Essa crise, evidentemente, não afeta
somente a alta cultura, mas afeta profundamente a vida pessoal. Não é só uma
crise de inteligência superior, não. É uma crise de entendimento da vida no dia
a dia. A pessoa não entende o que está acontecendo; não entende a sua própria
vida, e, portanto, não chega ao mínimo de maturidade para tomar decisões,
entender o que se passa. O resultado é o estado permanente de exasperação
emocional. Onde todo mundo se sente ofendido o tempo todo. E todo mundo fica
buscando compensações. E a vida, com isso, vai piorando cada vez mais. O pior,
essa imaturidade, essa exasperação emocional hoje é explorada politicamente.
São correntes políticas que estão interessadas em fazer as pessoas se sentirem
cada vez mais oprimidas, cada vez mais injustiçadas para dizer: ‘eu vou
proteger vocês; eu vou defendê-los dos malvados, etc.’ E com isso estão criando
um inferno. Estão transformando o ódio de todos contra todos. E para perceber
isso, e perceber qual é a raiz do mal, a gente precisa ter alguma maturidade,
alguma experiência de vida. ”
Do
campo das ideias surge os fatos. Da fé na política e da imaginação totalitária
surge o banho de sangue da revolução. O caminho deste grande incêndio que é a
revolução nasce nas tendências humanas que são justificadas pelas ideias e em
seu terceiro estado os fatos à ação - A revolução propriamente dita.
A
sobrevalorização da originalidade sem elos com a tradição e sem identidade
alguma com os costumes conduz ao avilte a moral ocidental. A agressão
revolucionária das rupturas se locupleta de neologismos para escamotear sua
verdadeira finalidade que é a tomada de poder.
A
mente esquerdista orgulhosa e ressentida busca a acomodação infantil da tutela
do aparelho burocrático assistencialista. Tudo o que deseja os agentes da
revolução gado em vez pessoas, crianças mimadas em vez de adultos.
O
banho de sangue das incontáveis vidas humanas das revoluções como a Francesa e
a Russa não se justificam em nenhuma hipótese. Traçando um paralelo com a
Revolução Inglesa que buscou soluções dentro da tradição e da identidade
nacional alcançando seus objetivos na constitucionalidade da Monarquia
propiciando, pois, à nação inglesa o advento da revolução industrial. Muito
diferente da ruptura, da falta de empatia e do triunfo da superficialidade das
revoluções.
REVOLUÇAO NOS FATOS – A REVOLUÇAO RUSSA
As
ideologias utópicas que idealizam sociedades perfeitas para um homem imperfeito
foram premissas de contestações que buscaram rupturas com identidades culturais
além do rompimento total e brusco da tradição, dos hábitos e da continuidade do
desenvolvimento que estas culturas iriam construindo durante séculos.
Na
Revolução Russa vimos primeiro uma tradição monárquica de três séculos se
acabar de forma brusca inicialmente por erros da autocracia ultrapassada de uma
família real: a família Romanov que não soube gerir sua derrota na guerra
contra o Japão, depois sua entrada equivocada na Primeira Guerra Mundial aliada
ao seu sistema econômico interno baseado em latifúndios e com sua
industrialização ainda incipiente. Além desses fatores políticos e econômicos a
má gerência em administrar conflitos por parte do Czar Nicolau II, que sequer
teve visão política ao não deter a violência de seus cossacos no conhecido
domingo sangrento.
Em
fevereiro de 1917 tivemos a primeira ruptura com a deposição do Czar Nicolau II
e a implantação de uma república parlamentarista encabeçada pelo socialista moderado
Alexander Kerensky que amenizou o problema da fome devido ao fim do inverno, no
entanto manteve a Rússia na guerra. Esse governo tíbio foi o combustível que
faltava para que o ódio ideológico contra as classes médias, “burguesas”, se
desencadeasse por populares organizados então sobre os “sovietes” conselhos
manipulados pelo partido bolchevique, este inspirado pelo ideário marxista –
leninista do seu líder Lenin.
Em 17
outubro de 1917, contrariando os autores da religião política do utopismo socialista,
como afirma Richard Pipes em seu livro “História concisa da Revolução Russa”
dá-se o golpe político naquele país. Os bolcheviques chegam ao poder obrigando
o líder menchevique fugir para a Inglaterra.
De
imediato o líder Lenin porta voz do discurso ideológico do marxismo organiza
sua polícia política assassina, a Cheka, e fuzila imediatamente intelectuais,
poetas, membros da classe média, produtores rurais. O seu governo toma para si
todas as empresas e, no campo, as fazendas. Obriga civis a trabalharem forçado
nas fazendas coletivas do estado. E para iniciar seu período de governo que
levou à morte milhares pela fome assassina e por fuzilamento toda a família
real, sendo quatro princesas adolescentes (Olga, Tatiana, Maria, Anastácia), a
Czarina Alexandra, o Czar Nicolau II e o, então hemofílico, príncipe herdeiro
Alexis com 13 anos de idade.
A
revolução não considera a individualidade da vida humana e em nome de uma
ideologia utópica que busca o paraíso na terra tenta remodelar com violência a
realidade ao implantar sua engenharia social utilizando de pessoas como
verdadeiras “massas de modelar”.
Ao
morrer, Lenin deixa preparado todo o aparelho repressivo da burocracia estatal.
Bastando que o paranoico Stalin, então secretário geral do partido Bolchevique,
assumisse o poder após sua morte para então implantar o pior genocídio da
história causado pelo terrorismo estatal e pela fome sendo responsável por 40
milhões de mortes. Infelizmente as ideologias que prometiam o paraíso terrestre
nos trouxe apenas o inferno.
Havendo,
como na Inglaterra, a promulgação de uma constituição que proclamasse a
igualdade jurídica, a democracia e a monarquia parlamentar, não teríamos a
ruptura e a violência características das ideologias que desumanizam
individualidades por categoriza-las em raças ou classes e sim a continuidade do
desenvolvimento nacional com respeito e tolerância a religiões e opiniões além
de manter a sua cultura e tradição então seculares.
A
democracia e a liberdade de mercado não são perfeitas, porém não prometem um
paraíso terrestre e sequer perseguem aqueles que não se enquadram no perfil das
ideologias que os manipulam. O respeito à liberdade de expressão, à liberdade
religiosa, à tolerância, à diversidade, à propriedade privada, ao livre mercado
e, em suma, à defesa das garantias e liberdade individuais, poderiam evitar o
genocídio do século passado que, segundo O Livro Negro do Comunismo, ceifou 100
milhões de vidas.
CARACTERISTICAS DA CRISE
De
acordo com o intelectual católico Plinio Correa de Oliveira em sua magistral
obra, “Revolução e Contra Revolução”, a revolução teria como características:
“É TOTAL
Considerada
em um dado país, essa crise se desenvolve numa zona de problemas tão profunda,
que ela se prolonga ou se desdobra, pela própria ordem das coisas, em todas as
potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios, enfim,
da ação do homem.
É DOMINANTE
Encarados
superficialmente, os acontecimentos dos nossos dias parecem um emaranhado
caótico e inextricável, e de fato o são sob muitos pontos de vista.
Entretanto,
podem-se discernir resultantes, profundamente coerentes e vigorosas, da
conjunção de tantas forças desvairadas, desde que estas sejam consideradas do
ângulo da grande crise de que tratamos.
Com
efeito, ao impulso dessas forças em delírio, as nações ocidentais vão sendo
gradualmente impelidas para um estado de coisas que se vai delineando igual em
todas elas, e diametralmente oposto à civilização cristã. ”
É
PROCESSIVA - Essa crise não é um fato espetacular e isolado. Ela constitui,
pelo contrário, um processo crítico já cinco vezes secular, um longo sistema de
causas e efeitos que, tendo nascido, em momento dado, com grande intensidade,
nas zonas mais profundas da alma e da cultura do homem ocidental, vem
produzindo, desde o século XV até nossos dias, sucessivas convulsões. ”
O Prof
Plinio Correa De Oliveira destaca também o caráter Uno e Total do processo
revolucionário. Uno pois nasce no pecado que é um atributo individual, mas que
se alastra a todo ser, gerando as ideologias e filosofias desconstrucionistas
que pelejam em implantar a revolução cultural na tentativa de justificar todo o
desregramento das paixões que sonham em destruir o pilar ético e moral da
civilização ocidental. Abolindo o homem de si para sensualizar e hipervalorizar
a brutalidade de si.
Essa
crise dominada pelo utopismo, por ideologias coletivistas e filosofias
desconstrucionistas, visam destruir os pilares do homem ocidental que são a
moral e a ética judaico-cristã, a filosofia grega e a herança clássica da
civilização e do direito romano. O afã de destruir a civilização ocidental
permitiu a seus agentes revolucionários a tudo justificar e a criar doutrinas
que tornem justificáveis, por exemplo, o atentado a vida. Pois para os agentes
das ideologias exóticas a única coisa que lhes valem é a causa revolucionária.
A
revolução segue duas velocidades, a saber, a cruenta e a incruenta. A rápida
caracterizada por rupturas na ordem anteriormente constituída e a gradual.
Exemplo de revolução cruenta temos a tomada de poder na revolução de outubro de
1917, na Rússia, que em suas práxis fora um golpe. Porém em respeito à
terminologia aqui usada foi uma revolução. Antes da revolução bolchevique
tivemos a revolução incruenta dos mencheviques que destituíram o Czar e mantiveram
as instituições do czarismo, porém preparou o terreno pela sua inação e tibieza
a revolução cruenta dos bolcheviques.
Através
das ferramentas da guerra político-ideológica, do marketing político e da
baldeação ideológica inadvertida. A revolução gradualmente vai ganhando o
espaço vital para seus desmandos. Tudo para o poder e pelo poder.
Ao
notar que a noção do bem se relativiza e a fascinação do mal e de sua torpeza
se engrandecem na turba. A revolução se torna mais rápida e cruenta. Ela sempre
age de forma a dar “dois passos para frente uma para trás. ”
[“A
REVOLUÇÃO, O ORGULHO E A SENSUALIDADE - OS VALORES METAFÍSICOS DA REVOLUÇÃO”
Segue
em sua magistral obra, (Revolução e contra Revolução) Dr Plinio Correa De
Oliveira;
“... Duas noções concebidas como valores
metafísicos exprimem bem o espírito da Revolução: a igualdade absoluta,
liberdade completa. E duas são as paixões que mais a servem: o orgulho e a
sensualidade...”
“Orgulho
e Igualitarismo”
“... A
pessoa orgulhosa, sujeita à autoridade de outra, odeia primeiramente o jugo que
em concreto pesa sobre ela...”
“....
Num segundo grau, o orgulhoso odeia genericamente todas as autoridades e todos
os jugos, e mais ainda o próprio princípio de autoridade, considerado em
abstrato...”
“...E
porque odeia toda autoridade, odeia também toda superioridade, de qualquer
ordem que seja...”
“....
Este ódio a qualquer desigualdade tem ido tão longe que, movidas por ele,
pessoas colocadas em alta situação a têm posto em grave risco e até perdido, só
para não aceitar a superioridade de quem está mais alto...”
“....
Mais ainda. Num auge de virulência o orgulho poderia levar alguém a lutar pela
anarquia, e a recusar o poder supremo que lhe fosse oferecido. Isto porque a
simples existência desse poder traz implícita a afirmação do princípio de
autoridade, a que todo o homem enquanto tal - e o orgulhoso também - poder ser
sujeito...”
“...O
orgulho pode conduzir, assim, ao igualitarismo mais radical e completo...”
“...Igualdade econômica: nada pertence a
ninguém, tudo pertence à coletividade. Supressão da propriedade privada, do
direito de cada qual ao fruto integral de seu próprio trabalho e à escolha de
sua profissão...”
“...Igualdade
nos aspectos exteriores da existência: a variedade redunda facilmente em
desigualdade de nível. Por isso, diminuição quanto possível da variedade nos
trajes, nas residências, nos móveis, nos hábitos etc.”
“...Igualdade
de almas: a propaganda como que padroniza todos as almas, tirando-lhes as
peculiaridades, e quase a vida própria. Até as diferenças de psicologia e
atitude entre sexos tendem a minguar o mais possível. Por tudo isto, desaparece
o povo que é essencialmente uma grande família de almas diversas, mas
harmônicas, reunidas em torno do que lhes é comum. E surge a massa, com sua
grande alma vazia, coletiva, escrava...”
“...Igualdade na ordem internacional: o Estado é constituído por um povo independente exercendo domínio pleno sobre um território. A soberania é, assim, no Direito Público, a imagem da propriedade. Admitida a ideia de povo, com características que o diferenciam dos outros, e a de soberania, estamos forçosamente em presença de desigualdades: de capacidade, de virtude, de número etc. Admitida a ideia de território, temos a desigualdade quantitativa e qualitativa dos vários espaços territoriais. Compreende-se, pois, que a Revolução, fundamentalmente igualitária, sonhe em fundir todas as raças, todos os povos e todos os Estados em uma só raça, um só povo e um só Estado...”
“...Igualdade na ordem internacional: o Estado é constituído por um povo independente exercendo domínio pleno sobre um território. A soberania é, assim, no Direito Público, a imagem da propriedade. Admitida a ideia de povo, com características que o diferenciam dos outros, e a de soberania, estamos forçosamente em presença de desigualdades: de capacidade, de virtude, de número etc. Admitida a ideia de território, temos a desigualdade quantitativa e qualitativa dos vários espaços territoriais. Compreende-se, pois, que a Revolução, fundamentalmente igualitária, sonhe em fundir todas as raças, todos os povos e todos os Estados em uma só raça, um só povo e um só Estado...”
“...as
desigualdades provenientes de acidentes como a virtude, o talento, a beleza, a
força, a família, a tradição, etc., são justas e conformes à ordem do
universo...”
“...Ora,
essa liberdade para o mal é precisamente a liberdade para o homem enquanto
“revolucionário” em seu interior, isto é, enquanto consente na tirania das
paixões sobre sua inteligência e sua vontade...”
“...liberdade
engendrará a desigualdade, a Revolução, por ódio a esta, deliberou sacrificar
aquela. Daí nasceu sua fase socialista. Esta fase não constitui senão uma
etapa. A Revolução espera, em seu termo final, realizar um estado de coisas em
que a completa liberdade coexista com a plena igualdade...”
“...assim,
historicamente, o movimento socialista é um mero requinte do movimento liberal.
O que leva um liberal autêntico a aceitar o socialismo é precisamente que,
neste se proíbem tiranicamente mil coisas boas, ou pelo menos inocentes, mas se
favorece a satisfação metódica, e por vezes com aspectos de austeridade, das
piores e mais violentas paixões, como a inveja, a preguiça, a luxúria. E de
outro lado, o liberal entrevê que a ampliação da autoridade no regime socialista
não passa, dentro da lógica do sistema, de meio para chegar à tão almejada
anarquia final...”
“...os
entrechoques de certos liberais ingênuos ou retardados, com os socialistas,
são, pois, meros episódios superficiais no processo revolucionário, inócuos que
pro quo que não perturbam a lógica profunda da Revolução, nem sua marcha
inexorável num sentido que, bem vistas as coisas, é ao mesmo tempo socialista e
liberal...”
“Com
efeito, a utopia anárquica do marxismo consiste em um estado de coisas em que a
personalidade humana teria alcançado um alto grau de progresso, de tal maneira
que lhe seria possível desenvolver-se livremente numa sociedade sem Estado nem
governo. ”
“Afirmamos,
isto sim, que, historicamente, esta Revolução teve sua primeira origem em uma violentíssima
fermentação de paixões. E estamos longe de negar o grande papel dos erros
doutrinários nesse processo. ”
“Quando
esse ódio começou a dirigir as tendências mais profundas da História do
Ocidente, teve início a Revolução cujo processo hoje se desenrola e em cujos
erros doutrinários ele imprimiu vigorosamente sua marca. Ele é a causa mais
ativa da grande apostasia hodierna. Por sua natureza, é ele algo que não pode
ser reduzido simplesmente a um sistema doutrinário: é a paixão desregrada, em
altíssimo grau de exacerbação”
“Afirmamos
tão somente que o processo revolucionário, considerado em seu conjunto, e
também em seus principais episódios, teve por germe mais ativo e profundo o
desregramento das paixões. ”
“Pelo
contrário, à medida que o homem decai na virtude e se entrega ao jugo dessas
paixões, vai minguando nele a objetividade em tudo quanto com as mesmas se
relacione. De modo particular, essa objetividade fica perturbada quanto aos
julgamentos que o homem formule sobre si mesmo”
“Por
isto, em concreto, é necessário reconhecer que a democratização geral dos
costumes e dos estilos de vida, levado aos extremos de uma vulgaridade
sistemática e crescente, e a ação proletarizante de certa arte moderna,
contribuíram para o triunfo do igualitarismo tanto ou mais do que a implantação
de certas leis, ou de certas instituições essencialmente políticas. ”
AGENTES DA REVOLUÇÃO
Os
agentes da revolução integram a seita política esquerdista, pois têm crença na
política como se esta tivesse a capacidade de resolver todos os problemas e
implantar o paraíso terrestre junto à adoração ao estado. Fé na política e
idolatria estatal é o binômio dogmático desta seita.
Os
agentes revolucionários de forma bem clara se dividem em categorias: os
primeiros, no ápice da pirâmide seriam os narcisos que cheios de si ambicionam
o poder a todo custo, são os líderes totalitários carismáticos e populistas.
Seguidos então pelos bajuladores intelectuais que se acreditam em ungidos de
uma revelação qualquer embebecidos da vaidade se veem como donos de uma visão
irrestrita disseminam suas doutrinas ideológicas visando justificar pela
propaganda a maldade de seus líderes. Na base da pirâmide temos a turba de
repetidores que cheios de ressentimentos e orgulho se submergem na mediocridade
pusilânime de suas vidas fazendo ecoar sua adoração ao estado na esperança de
em troca de suas liberdades receberem as migalhas do seu deus estatal. Entidade
está que devora seus próprios filhos nas tiranias totalitárias assim como
Belial recebia seus crentes em sacrifício na outrora Sodoma e Gomorra.
Destaco
aqui o papel de “intelectuais” como agentes da revolução como citado em várias
obras de verdadeiros intelectuais como Thomas Sowell em (INTELECTUAIS E A
SOCIEDADE e CONFLITO DE VISÕES). Assim como o historiador inglês Paul Johnson,
(OS INTELECTUAIS), temos o de Tony Judt (PASSADO IMPERFEITO, UM OLHAR CRÍTICO SOBRE
A INTELECTUALIDADE FRANCESA NO PÓS-GUERRA) e para finalizar a excelente obra de
Jean Servillia, (O TERRORISMO INTELECTUAL: DE 1945 AOS NOSSOS DIAS). Todas
estas obras citadas acima deixam mais que evidente o papel de “intelectuais”
como agentes revolucionários que justificavam regimes criminosos.
Tony
Judt descreve, por exemplo, o “intelectual “ Sartre no livro citado acima.
Sartre escreveu: "Nós podemos ficar indignados ou horrorizados diante da
existência desses campos [de concentração soviéticos]; nós podemos até ficar
obcecados por eles, mas por que eles deveriam nos constranger?" Mais
tarde, em 1973, o maoísta Sartre ainda é mais "coerente": "Um
regime revolucionário deve descartar um certo número de indivíduos que o
ameaçam, e não vejo outro meio para isso, a não ser a morte. Sair de uma prisão
sempre é possível. Os revolucionários de 1793 provavelmente não mataram o
suficiente". Antes, em 1950, Sartre distorcia a história: "Eu
procurei, mas não consigo encontrar qualquer evidência de um impulso agressivo
por parte dos russos nas últimas três décadas". Na mesma obra Tony Judt
ainda absolve outro intelectual que servira a causa socialista o Albert Camus,
em 1949, segundo a autora ele escreveu: "Uma das coisas que lamento é ter
feito concessões demais à objetividade. A objetividade é, às vezes, uma
acomodação. Hoje, as coisas estão claras, e temos que chamar de
‘concentracional’ o que o é, mesmo que se trate do socialismo. Em um certo
sentido, eu nunca mais serei polido". Camus se arrependia, publicamente,
de ter sido cordeiro dos comunistas.
Foram
poucos intelectuais que fizeram autocrítica como o Albert Camus em sua grande
maioria eram adeptos da estatolatria termo este alcunhado por Pio XI na
encíclica “Mit. Brennender Sorge” de 1937.
“Intelectuais”
se submetiam às benesses de regimes criminosos em troca de luxo e conforto
quando em visita a estes “presídios-nação” divulgação de suas obras nestas e
por estas tiranias e por fim recebiam dinheiro pago pelos tiranetes como
divulgação e propaganda dos seus ponerológicos regimes. Citando a obra de
Andrew N. Loobaczewski (PONEROLOGIA - PSICOPATAS NO PODER).
Lamento
que “intelectuais” não sejam responsabilizados criminalmente por serem
cúmplices de regimes criminosos e manipuladores. O Intelectual americano Thomas
Sowell deixa claro que estes “intelectuais que são ‘ungidos’ por uma revelação
qualquer, portanto adeptos de uma visão irrestrita possuem a forte crença que o
estado tudo pode resolver e que através da engenharia social, o igualitarismo e
a planificação econômica se chega a justiça social dos paraísos utópicos. No
entanto a história já demonstrou o caos que foram essas filosofias com os
genocídios do século XX. Foram verdadeiras distopias. ”
Não
podemos deixar citar o agente revolucionário; “Antônio Gramsci” tão em voga
hoje no continente americano graças ao Foro de São Paulo. Organização esta que
visa, reunindo as organizações de esquerda implantar a União de Nações
Sul-Americanas (UNASUL), de caráter “bolivariana e socialista” que não seria da
mais que uma espécie de ‘União Soviética’, pós 1989, na América do Sul.
Cadernos do Cárcere
Antônio Gramsci foi um dos fundadores do
Partido Comunista Italiano, em 1921. Cadernos do Cárcere é sua obra-prima,
escrita durante sua prisão na Itália, de 1926 a 1935. “Esta publicação,
difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que
viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar
o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como
ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coreia do Norte, no
Camboja e no Vietnã do Norte. (...)”.
Gramsci
professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu
na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e
gradualmente, a ideia revolucionária. (...) A originalidade da tese de Gramsci
reside na substituição da noção de ‘ditadura do proletariado’ por ‘hegemonia do
proletariado’ e ‘ocupação de espaços’, cuja classe, por sua vez, deveria ser,
ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só
pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser,
primeiramente, político e intelectual.
Outro
conjunto de “intelectuais” revolucionários ficaram conhecidos como a Escola de
Frankfurt adeptos da revolução incruenta. A “Escola de Frankfurt” - Famosa
escola (de pau) de pesquisa sociológica alemã, da década de 1920, deu ênfase,
entre outras pesquisas, à “personalidade autoritária” da sociedade e à “teoria
crítica” ou contracultura, de modo a destruir instituições tradicionais, como a
família e a religião, dentro do conceito do “politicamente correto”. Tinha
entre seus teóricos Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Eric Fromm, Walter
Benjamin, Marx Horkheimer, Jürgen Habermas, Eric Hobsbawn, Umberto Eco. Tomando
como ideal o “homem livre” (um tema sem teor científico, um mero sonho),
deveria explicar por que, depois do Iluminismo e de Marx – agora, que pela
primeira vez na história, a sociedade industrial estava finalmente organizada
socialmente –, o mundo produzia ainda tantas personalidades autoritárias,
líderes e seus vassalos. A chamada “Escala F” do livro Personalidade
Autoritária (coproduzido por Max Horkheimer) “media” os traços da personalidade
autoritária: 1) passividade automática ante os valores convencionais; 2) cega
sujeição à autoridade; 3) inimigo da introspeção; 4) rígido; 5) pensamento
mediante clichês; enfim, tudo se destinava a determinar e quantificar o
antissemitismo, o racismo, o conservadorismo econômico etc. Horkheimer e Adorno
foram diretores da Escola. Na década de 1930, a Escola transferiu suas
atividades para os EUA, fugindo do Nazismo, primeiro para a Universidade de
Colúmbia, em Nova York, e depois para a Califórnia. Após a II Guerra Mundial, a
Escola voltou a seu lugar de origem, Frankfurt. A Escola de Frankfurt foi
“erguida com o dinheiro de Hermann Weil, capitalista e explorador do trigo (e
da mão-de-obra barata) argentino. Da cátedra da Escola, os seus integrantes
mais notáveis (alguns deles filhos de banqueiros e milionários), diante da
crescente supremacia do capitalismo, atiram sofisticados petardos contra o que
julgam ser a ‘estrutura dominante’ da sociedade industrial contemporânea. Um
dos seus mais destacados mentores, Theodor Adorno (1903-1969) -, era taxativo
em afirmar (Dialética Negativa, 1966), por meio da ‘ênfase dramática’, que o
mundo e as consciências viviam alienados e não tinham mais salvação, apontando
a concentração do capital, como forças destruidoras das liberdades individuais.
Apontam sempre o capitalismo como a raiz de todos os males pois é justamente
este sistema sócio econômico que preserva as garantias e liberdades individuais
e a ética do homem ocidental.
Agentes
da revolução apontam a concentração e o capital como fonte de todos os males
quando não uma categoria humana qualquer seja uma raça ou classe social
esquecendo de má fé que é o estado em seu aparelho burocrático que concentra
armas e mata.
AGENTES REVOLUCIONÁRIOS NA IGREJA CATÓLICA
8 de
setembro de 1907 o Papa Pio XI em sua, “Enclica Pascendi Dominici” condena o
que chama ser a síntese de todas as heresias o Modernismo. Seguindo Pio XI [
“Os “modernistas” rejeitaram submeter-se à autoridade...
“Os
modernistas representam o sumo da obstinação, e com eles são inúteis as medidas
brandas: Esperávamos que os modernistas algum dia se emendassem. Por isto, de
início, usamos em relação a eles medidas suaves, como se faz com filhos, e
depois medidas severas; por fim, e muito a contragosto, empregamos repreensões
públicas. Não ignorais, Veneráveis Irmãos, a esterilidade de Nossos esforços:
eles curvam por momentos a cabeça, para a levantar novamente com orgulho ainda
maior”. Enclica Pascendi Dominici Pio XI
Uma
das raízes mais importantes deste lamentável estado de espírito, com efeito, é
o orgulho:
“O
orgulho! Ele está, na doutrina dos modernistas, como em sua própria casa; aí
encontra ele por toda parte algum alimento, e se expande então em todos os seus
aspectos. Orgulho, por certo, esta confiança em si mesmos, que os leva a se
erigirem em regra universal. Orgulho, essa vanglória que os apresenta a seus
próprios olhos como os únicos detentores da sabedoria; que os leva a dizer,
arrogantes e repletos de si mesmos: não somos como os outros homens; e que,
para realmente não serem como os outros, os impele às mais absurdas novidades.
Orgulho, o que os faz repelir toda sujeição e os leva a uma conciliação da
autoridade com a liberdade. Orgulho, essa pretensão de reformar o próximo,
esquecendo-se de si mesmos; essa absoluta falta de consideração para com a
autoridade, inclusive a autoridade suprema. Não, realmente, nenhum caminho há
que conduza mais rápida e diretamente ao modernismo do que o orgulho. Que nos
deem um leigo, ou um sacerdote, que tenha perdido de vista o princípio
fundamental da vida cristã — a saber, que devemos renunciar a nós mesmos, se
queremos seguir Jesus Cristo — e que não tenha extirpado de seu coração o
orgulho: esse leigo, esse sacerdote estará maduro para todos os erros do
modernismo. Eis por que, Veneráveis Irmãos, vosso primeiro dever é resistir a
esses homens soberbos, e empregá-los em funções ínfimas e obscuras: que sejam
postos tanto mais baixo quanto mais alto pretendam subir, e que seu próprio
rebaixamento lhes tire a ocasião de fazer mal”. Enclica Pascendi Dominici, Pio
XI
Assim
agem os agentes da revolução se infiltrando, caluniando e disseminando a
dúvida. A história da Igreja Católica é um exemplo disto primeiro os modernistas.
Depois da revolução de outubro de 1917 a então KGB organiza e dissemina dentro
da Igreja a Teologia da Libertação criação intelectual da antiga URSS. Todas as
teorias revolucionárias visam justificar o orgulho e descontruir a civilização
ocidental abolindo o homem do próprio homem.
Um
ex-membro do Serviço Secreto da Romênia comunista que fugiu para o Ocidente nos
anos 1970, Ion Pacepa autor do livro (DESINFORMAÇÃO) na qual descreve como a
KGB (serviço secreto e polícia política soviética) teria criado a Teologia da
Libertação. Desinformação, Ion Pacepa.
“O
movimento nasceu na KGB e tinha um nome inventado pela KGB: Teologia da
Libertação”, afirma Pacepa. E conta como Krushev e um general russo infiltraram
agentes no Conselho Mundial das Igrejas e por esse meio manobraram um grupo de
bispos sul-americanos reunidos em Medellin, Colômbia, em 1968. ”
Embora
não se possa descartar a ação de Moscou na difusão desse movimento
revolucionário, a realidade, no entanto, é muito mais complexa: a Teologia da
Libertação foi fruto de um longo processo no interior de setores da Igreja,
trabalhados pelo Modernismo acima descrito e pelas filosofias imanentistas
modernas, bem como pela influência do protestantismo libertário.
AGENTES DA REVOLUÇÃO OS PSICOPATAS NARCISOS.
“A
soberba precede à ruína e o orgulho, à queda “
O
orgulho de si mesmo é a fonte de todo o mal na pessoa humana. Aqui não poderia
ser diferente, a conduta antissocial tem origem no próprio orgulho. O
Narcisismo psicopático é a incapacidade em estabelecer relações empáticas, não
existe capacidade de identificar valores morais, não existe capacidade de
compromisso com os outros, não há sentimento de culpa. Manifestam-se condutas
antissociais regularmente. E suas características gerais são:
1 - Encanto superficial e manipulação (nem todos os psicopatas são encantadores,
mas é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e,
consequentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de
sobrevivência social.
Através
do encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e
quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta
usada. Talvez seja esse processo de coisificação a chave para compreendermos a
absoluta falta de sentimentos do psicopata para com seus semelhantes ou para
com os sentimentos de seu semelhante. Transformando seu semelhante numa coisa,
ela deixa de ser seu semelhante.
O
encanto, a sedução e a manipulação são fenômenos que se sucedem no psicopata.
Partindo do princípio de que não se pode manipular alguém que não se deixe
manipular, só será possível manipular alguém se esse alguém foi antes seduzido.
2. -
Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.
Embora
qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira
psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho.
Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando
mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e
relaxada.
O psicopata
não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de
alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha
ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas
vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.
Normalmente
o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele
pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações
vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando
tentativas de suicídio, etc.
É
comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais.
Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o
mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar à realidade à
sua imaginação, a sua personagem do momento, de acordo com a circunstância e
com sua personalidade narcisística. Esse indivíduo pode se converter na
personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso,
propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem
verdadeiro.
3. -
Ausência de Sentimentos Afetuosos
Desde
criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um
caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou
sensibilidade por nada e se mantém normalmente indiferente aos sentimentos
alheios.
Os
laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além
disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros,
mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente
desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista
emocional.
4. -
Amoralidade
Os
psicopatas são portadores de grande insensibilidade moral, faltando-lhes
totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.
5. -
Impulsividade
Também
por debilidade do Superego e por insensibilidade moral, o psicopata não tem
freios eficientes à sua impulsividade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas,
unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer
brutalidades, crueldades e crimes.
Essa
impulsividade reflete também um baixo limiar de tolerância às frustrações,
refletindo-se na desproporção entre os estímulos e as respostas, ou seja,
respondendo de forma exagerada diante de estímulos mínimos e triviais. Por
outro lado, os defeitos de caráter costumam fazer com que o psicopata demonstre
uma absoluta falta de reação frente a estímulos importantes.
6. -
Incorrigibilidade
Dificilmente
ou nunca o psicopata aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da
correção. Podem dissimular, como dissemos, durante algum tempo seu caráter
torpe e antissocial, entretanto, na primeira oportunidade volta à tona com as
falcatruas de praxe.
7.
Falta de Adaptação Social
Já nos
primeiros contatos sociais o psicopata, desde criança, manifesta uma certa
crueldade e tendência a atividades delituosas. A adaptação social também fica
comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo
e egoísmo, características estas percebidas pelos demais e responsável pelas
dificuldades de sociabilidade. Mesmo no meio familiar o psicopata tem
dificuldades de adaptação. Durante o período escolar tornam-se detestáveis
tanto pelos professores quanto pelos colegas, embora possam dissimular seu
caráter sociopático durante algum tempo. Nos empregos a inconstância é a
característica principal.
Traços
comuns entre os líderes totalitários e tiranos diversos como o Robespierre,
Mao, Pol Pot, Hitler, Stalin e tantos outros na história infeliz da humanidade.
Andrew Lobaczewski em seu excelente livro PONEROLOGIA: PSICOPATAS NO PODER, nos
deixa partes importantíssimas das quais destaco a seguir:
Sobre
a manipulação dos inocentes úteis, ele diz: “Em uma civilização deficiente no
conhecimento psicológico, indivíduos hiperativos direcionados pelas suas
dúvidas internas, que são causadas por uma sensação de ser diferente, encontram
facilmente um eco pronto nas consciências pouco desenvolvidas de outras
pessoas. Tais indivíduos sonham em impor seu poder e seus diferentes modos de
experimentar sobre seus ambientes e sua sociedade. Infelizmente, em uma
sociedade ignorante psicologicamente, seus sonhos têm uma boa chance de se
tornar realidade para eles e um pesadelo para os outros”
Aqui o
autor destaca a ferramenta utilizada pelos psicopatas das doutrinas utópicas e
revolucionárias: “Essas doutrinas e ideologias mostram suas falhas básicas, no
tocante ao entendimento das personalidades humanas e das diferenças entre as
pessoas, de maneira muito clara se observadas à luz da nossa linguagem natural
dos conceitos psicológicos, e mais ainda à luz da linguagem objetiva”
“...tal
indivíduo se sente então traído e inundado de dúvidas que podem impedi-lo de
atingir a auto realização. Seus pensamentos desviam-se das suas dúvidas para um
mundo de fantasia, ou para assuntos que são de maior interesse para ele; no seu
mundo de devaneios, ele é o que deveria e o que merece ser. Tal pessoa sempre
sabe se o seu ajustamento social ou profissional tomou uma direção descendente;
ao mesmo tempo, contudo, se ela falha em desenvolver uma capacidade crítica
saudável em relação aos limites superiores de seus próprios talentos, seus
devaneios podem “entender” uma visão de mundo injusto onde “tudo o que você
necessita é poder”. As ideias revolucionárias e radicais encontram um solo
fértil entre tais pessoas em adaptações sociais descendentes”.
Sobre
a capacidade manipuladora se apercebe os psicopatas e continua o autor; “Uma
das coisas mais perturbadoras que as pessoas normais têm que lidar em relação
aos psicopatas é o fato de que eles aprendem, muito cedo, como suas
personalidades podem ter efeitos traumatizantes sobre as personalidades
daquelas outras pessoas normais, e como levar vantagem desse terror com o
propósito de atingir os seus objetivos. Essa dicotomia de mundos é permanente e
não desaparece, mesmo se eles forem bem-sucedidos em realizar o seu sonho de
juventude, ganhando poder sobre a sociedade das pessoas normais”
O
paraíso revolucionário e falta de tolerância as imperfeiçoes humanas fazem
parte do arcabouço da mente narcisa-psicopática segue Lobaczweski: “No
psicopata, um sonho emerge como um tipo de utopia de um mundo “feliz” e de um
sistema social que não os rejeite, nem os force a se submeter a leis e costumes
cujo significado é incompreensível para eles. Eles sonham com um mundo no qual
seu modo simples e radical de experimentar e perceber a realidade fosse o modo
dominante, onde eles poderiam, é lógico, garantir segurança e prosperidade.
Nesse sonho utópico, eles imaginam que aqueles “outros”, diferentes, mas também
tecnicamente mais habilidosos do que eles, deveriam ser colocados para
trabalhar de forma a atingir esse objetivo para os psicopatas e outros do seu
tipo. “Nós”, eles dizem, “afinal de contas, criaremos um novo governo, de
justiça”.
Desta
forma os psicopatas seguem construindo governos, em seu afã revolucionário
arquitetam planejar e controlar todos os setores da vida econômica, social e
até mesmo privada das pessoas. Instigando a delação de uns para com outros,
manipulando ressentimentos assim como minorias marginalizadas, estimulando a
autocomiseração, impondo o terror, e moldando as vidas humanas a seu bel
proveito já que para os psicopatas do poder estas nada valem.
Parai
implantar sua engenharia social assassina, os agentes revolucionários narcisos
buscam manipular os ressentidos. Estes através da vitimização escondem seus
fracassos pessoais colocando culpa no meio social em que vivem.
O
marxismo buscou lançar operários contra os burgueses, porém com o aumento da
qualidade de vida da classe trabalhadora devido ao progresso significativamente
das economias capitalistas. Este setor social foi ficando cada vez mais avesso
ao discurso socialista. Daí que os psicopatas, utilizando da cultura ideológica
do marxismo, apropriaram o seu discurso às minorias marginalizadas usando-as
como receptoras de suas falácias, por exemplo os homossexuais.
Aumentando
o palavreado, criando eufemismos e neologismos, valendo-se de palavras como
homofobia, heteronormatividade, empoderamento etc. desconstrói a ética
ocidental lançando esta minoria contra a sociedade e as instituições.
Não
podemos deixar de destacar que os homossexuais sofreram atentados contra a vida
no nazismo e em vários países comunistas a exemplo da Rússia e em Cuba. O
revolucionário Che Guevara era um assassino declarado de homossexuais.
O caso
mais gritante é o do mundo Islâmico onde extremistas islamitas enforcam e
lançam por cima de prédios os homossexuais. Porém, no Ocidente por parte de
homossexuais manipulados nada se diz, nenhum grito de condenação, apenas
absoluto silêncio. É de se observar daí que a revolução em seu processo valora
acima da vida humana à sua causa que é a destruição do mundo ocidental em seus
valores éticos, a destruição do livre mercado assim como das garantias e
liberdades individuais existentes no estado-nação.
OBJETIVOS DA Revolução: ENGENHARIA SOCIAL DA ANIMALIZAÇÃO.
O
professor Plinio Correa De Oliveira escreve em seu livro (REVOLUÇÃO E CONTRA
REVOLUÇÃO);
[“Revolução
e tribalismo: uma eventualidade”
“Como?
- É impossível não perguntar se a sociedade tribal sonhada pelas atuais
correntes estruturalistas dá uma resposta a esta indagação. O estruturalismo vê
na vida tribal uma síntese ilusória entre o auge da liberdade individual e do
coletivismo consentido, na qual este último acaba por devorar a liberdade.
“Segundo tal coletivismo, os vários “eus” ou as pessoas individuais, com sua
inteligência, sua vontade e sua sensibilidade, e consequentemente seus modos de
ser, característicos e conflitantes, se fundem e se dissolvem na personalidade
coletiva da tribo geradora de um pensar, de um querer, de um estilo de ser
densamente comuns. ”
“Bem
entendido, o caminho rumo a este estado de coisas tribal tem de passar pela
extinção dos velhos padrões de reflexão, volição e sensibilidade individuais,
gradualmente substituídos por modos de pensamento, deliberação e sensibilidade
cada vez mais coletivos. É, portanto, neste campo que principalmente a
transformação se deve dar. ”
“A
crescente ojeriza a tudo quanto é raciocinado, estruturado e metodizado só pode
conduzir, em seus últimos paroxismos, à perpétua e fantasiosa vagabundagem da
vida das selvas, alternada, também ela, com o desempenho instintivo e quase
mecânico de algumas atividades absolutamente indispensáveis à vida. ”
“A
aversão ao esforço intelectual, notadamente à abstração, à teorização, ao
pensamento doutrinário, só pode induzir, em última análise, a uma hipertrofia
dos sentidos e da imaginação”]
Muito
bem descrito nos excertos acima, o objetivo da revolução é implantar uma
sociedade onde a noção de bem e mal, a sensualidade, a animalização do homem em
seus instintos primários e o regresso a uma vida tribal sem a complexidade e o
conforto de uma vida civilizada. Da mesma forma, visa à valoração da
espiritualidade animista e da idolatria pagã ao deus-estado e aos sacerdotes,
os seus agentes psicopatas.
O
Estado-Nação constituído com seu conjunto de leis organicamente constituído
pelos costumes e tradições daria ao lugar; “A Republica Universal” governada
por um grande bloco burocrático. Sonho este de praticamente todos utopistas e
agentes revolucionários.
A
mediocridade, a superficialidade, a vulgaridade, a ruptura das tradições e a
selvageria escatológica tidas como espontaneidades traçam o perfil da nova
sociedade abjeta que se edifica na nova hegemonia edificada pela revolução
cultural.
Neste
mundo de perfeição revolucionária o homem se comprazeria de si mesmo se
deleitando na sensualidade do seu próprio orgulho. Bestializado seria governado
por narcisos psicopatas. A consciência individual se permitiria sucumbir na
vontade desregrada da turba coletiva e o valor da vida humana se desintegraria
no prazer de seus líderes psicopatas assim que a engrenagem animalizada da
engenharia social fosse acionada.
“Qual
é o rumo espontâneo do caos senão uma indecifrável acentuação de si próprio? ” Prof Plínio Correa De Oliveira.